terça-feira, 15 de novembro de 2016

O QUE É SER UM BABALORIXÁ / YALORIXÁ

O significado e tradução do titulo Babalorixá é "pai dos segredos do Orixa";
Baba =pai;  Olo= segredo; Orisà =Orixá.
Yalorixá é "mãe dos segredoS do Orixá",
Ya = mãe; ola= segredo;  Orisà = Orixá.
Escrevo Baba/Yalorixa com "X" porque no vocábulo português não tem a letra S com pontuação em baixo que da o som de X como no Yoruba.
O babalorixa ou yalorixa não é pai ou mãe dos Eleguns, ogãs e ekedys e principalmente não são reis ou rainhas, eu com certeza não sou, rsrsrs...
Ogã= auxiliar, são os auxiliares na casa para tudo, fazem muito alem de apenas tocar Atabaque e cantar, eles são encarregados de todo trabalho pesado e intelectual em uma casa de Axé e com o passar dos anos se merecer pode ganhar algum titulo sacerdotal, EX: Alabé; Um Ogã não é "pai" é também um mero sacerdote e merece respeito pelo seu posto.
Ekedy= sem tradução, são também auxiliares e diversos assuntos dentro de uma casa de Candomblé e com o passar dos anos se merecer podem receber um titulo, Ex; Yamorò; Uma Ekedy não é "mãe"  é também uma mera sacerdotisa e merece respeito pelo seu posto.
Um(a) babalorixa/yalorixa são sacerdotes/ministros religiosos e como tão merecem respeito, respeito é não veneração ou submissão.
 Somos uma família no Candomblé? R: Sim, somos mas no sentido figurado, devemos nos ajudar mutuamente é não nos unirmos para venerarmos um "pai/mãe de santo" afinal 'pai/mãe," acho desproporcional toda a pompa e cerimonia que se faz para a chegada "da comitiva" de algum sacerdote, comitiva e uma aparato real e não sacerdotal, reitero, "respeito" não é submissão ou veneração.
Hoje virou moda recebermos convites (que agora só chegam via Facebook ou Whats) com os dizeres "Fulano de tão e sua comitiva junto com fulano o convidam," qual o sentido de se auto-proclamarem reis/rainhas!?
Os Orixás são os únicos que devem ser venerados e obedecidos, são eles nossos pilares, nossa energia, nossos Deuses ou se preferirem nossos "REIS E RAINHAS".
Sou Babalorixá a 9 anos e não aceito que os Eleguns me tratem como realeza ou mesmo me tenha o mesmo respeito que tem com seus pais, afinal sou apenas o líder religioso deles até o dia que eles quiserem e minha palavra nunca será maior que a de seus pais ou a de seu próprio Ori e Orixá.
Uma casa de Candomblé deve funcionar como uma cooperativa onde todos tem tarefas, obrigações e benefícios, o sacerdote é o coordenador de tudo e não deve ser um DITADOR, um verdadeiro líder deve sempre perguntar, ouvir, pedir sugestões, criar um conselho interno para que todas as decisões sejam levadas a votação para que assim todos sintam-se contemplados e parte integrante da "família", o pensamento de que "A CASA É MINHA E SOU EU QUEM MANDA" não cabe mais nos dias atuais, um Elegun não pode mais ser tratado como um escravo, sem direito a falar; "eu faço como fizeram comigo" não pode mais ser feito!!
O grande numero de adeptos das religiões que estão migrando para o cristianismo é devido as suas desilusões e um dos motivos é o fato de ter sido por muito tempo tratado como um servição ou como um "caixa eletrônico" pelos seus sacerdotes, sei que muitos defendem o que acreditam ser tradição mas há sim muitos erros que não podem mais ser repetidos, fomos todos irmão e assim devemos nos tratar, com cordialidade, respeito e cooperativismo para o crescimento de nossas religiões e fortalecimento de nossa união.
Um Babalorixa ou Yalorixa não são orientadores ou conselheiros, eles não são psicólogos ou terapeutas, não são preparados para isso é não devem exercer tais funções. a obrigação de um sacerdote é o de ouvinte e transmissor dos Orixas, se uma neófilo precisa de orientação o sacerdote tem o dever de pergunta através do Oraculo o que o Ori e o Orixa da pessoa o orienta, e se possível no momento que o Omo precisa e não quando lhe da vontade, o sacerdócio é um oficio, um obrigação e um carma é não um dom, nascemos para servir e não para sermos servidos!!
Um(a) sacerdote não é e nunca será maior que um Orixá muito menos mais "velho", quando iniciamos um novo neófilo no culto fazemos o processo de renascimento onde o neófilo de modo figurado morre da vida profana e renasce para o sagrado e nesse ritual ele é apresentado a seu novo guardião e passa a ser um Yawo, um noviço, ele é não o Orixá ao qual foi iniciado, então e imoral um Orixá incorporado em um elegun se prostrar diante de um sacerdote, quem da Abobà (encosta a cabeça no chão em forma de reverencia) para um sacerdote é o omo Orixá, no caso sempre faremos isso diante de nosso sacerdote e não o Orixa; somos nos que SEMPRE DEVEMOS NOS PROSTRAR DIANTE DOS ORIXÁS.
Não estou aqui pregando o anarquismo, apenas expondo minha humilde opinião sobre o assunto, esse é meu ponto de vista e não ha imponho a ninguém, acredito totalmente no poder de transformação que meu Baba Exu provoca na vida das pessoas e isso me mantem firme como sacerdote do Candomblé!!

Ò dábò!

JOGO DE BÚZIOS;
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sigilo absoluto!!
Babalorixa Ricardo de Laalu.
F:055-11-96787.9019 - Whattsapp
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Site: https://www.pairicardodelaalu.com/
Skype: Ricardo de Laalu

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