sábado, 30 de junho de 2012

Yemanja



IyemanjáYemanjáYemayaIemoja,Iemanjá ou Yemoja é um orixá africano, cujo nome deriva da expressão Iorubá Yèyé omo ejá ("Mãe cujos filhos são peixes"), identificada no jogo do merindilogun pelos odus ejibe e ossá. É representado no candomblé através do assentamento sagrado denominado igba yemanja.
Na Mitologia Yoruba, a dona do mar é Olokun, que é mãe de Yemanjá, sendo ambas de origem Egbá. Yemojá é saudada como Odò ("rio") ìyá("mãe") pelo povo Egbá, por sua ligação com Olokun, orixá do mar (masculino no Benim e feminino em Ifé), referida como sendo a "rainha do mar" em outros países. É cultuada no Rio Ògùn, em Abeokuta.
Pierre Verger, no livro Dieux D'Afrique, registrou: "Iemanjá é o orixá dos Egbá, uma nação iorubá estabelecida outrora na região entre Ifé e Ibadan, onde existe ainda o Rio Yemanja. As guerras entre nações iorubás levaram os Egbá a emigrar na direção oeste, para Abeokuta, no início do século XIX. Não lhes foi possível levar o rio, mas transportaram consigo os objetos sagrados, suportes do axé da divindade. O Rio Ògùn, que atravessa a região, tornou-se, a partir de então, a nova morada de Iemanjá. Este Rio Ògùn não deve, entretanto, ser confundido com o orisà Ògún.
No Brasil, a orixá goza de grande popularidade entre os seguidores de religiões afro-brasileiras e até por membros de religiões distintas.
Em Salvador, ocorre anualmente, no dia 2 de fevereiro, a maior festa do país em homenagem à "Rainha do Mar". A celebração envolve milhares de pessoas que, trajadas de branco, saem em procissão até ao templo-mor, localizado próximo à foz do rio Vermelho, onde depositam variedades de oferendas, tais como espelhos, bijuterias, comidas, perfumes e toda sorte de agrados. Todavia, na cidade de São Gonçalo, os festejos acontecem no dia 10 de fevereiro.
Outra festa importante dedicada a Iemanjá ocorre durante a passagem de ano no Rio de Janeiro. Milhares de pessoas comparecem e depositam, no mar, oferendas para a divindade. A celebração também inclui o tradicional "banho de pipoca" e as sete ondas que os fiéis, ou até mesmo seguidores de outras religiões, pulam como forma de pedir sorte à orixá.
No ano de 2008, dia 3 de fevereiro, a Festa de Iemanjá do Rio Vermelho, na Bahia, coincidiu com o carnaval. Os desfiles de trios elétricos foram desviados da região até o fim da tarde, para que as duas festas acontecessem ao mesmo tempo.
Antecedendo o réveillon de 2008, devotos da Orixá das águas, estiveram nesse momento, com suas preces dirigidas a um arranha-céus, em forma de um monólito negro, na Praia do Leme, em Copacabana, onde era costume, no último minuto do ano, surgir uma cascata de fogo, no topo desse monólito, iluminando o entorno bem como as oferendas.
Todo réveillon, principalmente na cidade do Rio de Janeiro, no bairro de Copacabana, milhares de pessoas se reúnem para cantar e presentear Iemanjá, jogando presentes e rosas no mar.
Além da grande diversidade de nomes africanos pelos quais Iemanjá é conhecida, a forma portuguesa Janaína também é utilizada, embora em raras ocasiões. A alcunha, criada durante a escravidão, foi a maneira mais branda de "sincretismo" encontrada pelos negros para a perpetuação de seus cultos tradicionais sem a intervenção de seus senhores, que consideravam inadimissíveis tais "manifestações pagãs" em suas propriedades. Embora tal invocação tenha caído em desuso, várias composições de autoria popular foram realizadas de forma a saudar a "Janaína do Mar" e como canções litúrgicas. Pela primeira vez, em 2 de Fevereiro de 2010, uma escultura de uma sereia negra, criada pelo artista plástico Washington Santana, foi escolhida para representação de Iemanjá no grande e tradicional presente da festa do Rio Vermelho, em Salvador, na Bahia, no Brasil, em homenagem à Àfrica e à religião afrodescendente.
Festa do Rio Vermelho
A tradicional Festa de Iemanjá na cidade de Salvador, capital da Bahia, tem lugar na praia do Rio Vermelho todo dia 2 de Fevereiro. Na mesma data, Iemanjá também é cultuada em diversas outras praias brasileiras, onde lhe são ofertadas velas e flores, lançadas ao mar em pequenos barcos artesanais.   A festa católica acontece na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, na Cidade Baixa, enquanto os terreiros de candomblé e umbanda fazem divisões cercadas com cordas, fitas e flores nas praias, delimitando espaço para as casas de santo que realizarão seus trabalhos na areia.
No Brasil, Iemanjá, na versão de Pierre Verger, representa a mãe que protege os filhos a qualquer custo.
Em Porto Alegre
A Festa de Nossa Senhora dos Navegantes em Porto Alegre é a maior festa religiosa da cidade brasileira do sul do Brasil, e homenageia Nossa Senhora dos Navegantes e seu sincretismo afro-brasileiro. É realizada no dia 2 de fevereiro de cada ano desde 1870. Originalmente constava de uma procissão fluvial, com embarcações que singravam o Lago Guaíba desde o cais do porto, levando a imagem da santa do centro da cidade até a Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes. Hoje, por determinação impeditiva da Capitania dos Portos, a procissão é terrestre, levando a imagem desde a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, no centro da cidade, até a Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes.Os organizadores da festa consideram que esta é a segunda maior romaria religiosa do País, ficando atrás apenas do Círio de Nazaré realizada em Belém do Pará. Com uma grande participação popular tanto na realização da festa, como nas comemorações.
  • Dia: sexta-feira.
  • Data: 2 de fevereiro.
  • Metal: prata e prateados.
  • Cor: prata transparente, azul, verde água e branco.
  • Comida: manjar branco, acaçá, peixe de água salgada, bolo de arroz, ebôya, ebô e vários tipos de furá, melancia, cocada branca.
  • Folhas mais usadas: 
    aloísia, azedinha do brejo, agrião d àgua, bétis branco, bredo,batata doce, coqueiro, chuchu, folha da riqueza, golfo de flor (qualquer que seja a cor), lírio do brejo, milho, melão d àgua,melancia, manjericão, maricotinha, mostarda, lágrimas denossa senhora, mãe boa, pimenta de macaco, pariparoba,quiabo, rosa branca, salsa da praia, tajá, vassourinha de oxum,uva, verbena e maçã
Arquétipo
Seus filhos e filhas são serenos, maternais, sinceros e ajudam a todos sem exceção. Gostam muito de ordem, hierarquia e disciplina. São ingênuos e calmos até demais, mas, quando se enfurecem ,são como as ondas do mar, que batem sem saber onde vão parar. São vaidosos mais com os cabelos. Suas filhas sabem seduzir e encantar com a beleza e mistérios de uma sereia. Geralmente, as filhas de Iemanjá têm dificuldade em ter filhos, pois já são mães de coração de todos.

Itan (lenda):

Odô Iyá Yemanjá Ataramagbá,
ajejê Lodô, ajejê nilê!

Iemanjá era a filha de Olokun, a deuda do mar.
Em Ifé, ela tornou-se a esposa de Olofin-Odudua,
com o qual teve muitos filhos.
De tanto amamentar seus filhos, os seios de Iemanjá tornaram-se imensos.
Cansada da sua estadia em Ifé,
Iemanjá fugiu na direção do "entardecer-da-terra",
como os iorubas designam o Oeste, chegando a Abeokutá.
Ao norte de Abeokutá, vivia Okere, rei de Xaki.
Iemanjá continuava muito bonita.
Okere desejou-a e propôs-lhe casamento.
Iemanjá aceitou mas, impondo uma condição, disse-lhe:
"Jamais você ridicularizará da imensidão dos meus seios."
Okere, gentil e polido, tratava Iemanjá com consideração e respeito.
Mas, um dia, ele bebeu vinho de palma em excesso.
Voltou para casa bêbado e titubeante.
Ele não sabia mais o que fazia.
Ele não sabia mais o que dizia.
tropeçando em Iemanjá, esta chamou-o de bêbado e imprestável.
Okere, vexado, gritou:
"Você, com seus seios compridos e balançantes!
Você, com seus seios grandes e trêmulos!"
Iemanjá, ofendida, fugiu em disparada.
Certa vez, antes do seu primeiro casamento,
Iemanjá recebera de sua mãe, Olokun,
uma garrafa contendo uma poção mágica pois, dissera-lhe esta:
"Nunca se sabe o que pode acontecer amanhã."
Em caso de necessidade, quebre a garrafa, jogando-a no chão."
Em sua fuga, Iemanjá tropeçou e caiu.
A garrafa quebrou-se e dela nasceu um rio.
As águas tumultuadas deste rio levaram Iemanjá em direção ao oceano,
residência de sua mãe Olokun.
Okere, contrariado, queria impedir a fuga de sua mulher.
Querendo barrar-lhe o caminho, ele transformou-se numa colina,
chamada ainda hoje, Okere, e colocou-se no seu caminho.
Iemanjá quis passar pela direita, Okere deslocou-se para a direita.
Iemanjá quis passar pela esquerda, Okere deslocou-se para a esquerda.
Iemanjá, vendo assim bloqueado seu caminho para a casa materna,
chamou Sàngô.
Kawo Kabiyesi Sàngo, Kawo Kabiyesi Obá Kossô!
"Saudemos o Rei Sàngô, saudemos o Rei de Kossô!"
Sàngô veio com dignidade e seguro do seu poder.
Ele pediu uma oferenda de um carneiro e quatro galos,
um prato de "amalá", preparado com farinha de inhame,
e um prato de "gbeguiri", feito com feijão e cebola.
E declarou que, no dia seguinte, Iemanjá encontraria por onde passar.
Nesse dia, Xangô desfez todos os nós que prendiam as amarras sa chuva.
Começaram a aparecer nuvens dos lados da manhã e da tarde do dia.
Começaram a aparecer nuvens da direita e da esquerda do dia.
Quando todas elas estavam reunidas, chegou Xangô com seu raio.
Ouviu-se então: Kakará rá rá rá...
Ele havia lançado seu raio sobre a colina Okere.
Ela abriu-se em duas e, suichchchch...
Iemanjá foi-se para o mar de sua mãe Olokun.
Aí ficou e recusa-se, desde então, a voltar em terra.
Seus filhos chamam-na e saúdam-na:
"Odô Iyá, a Mãe do rio, ela não volta mais.
Iemanjá, a rainha das águas, que usa roupas cobertas de pérolas."
Ela tem filhos no mundo inteiro.
Iemanjá está em todo lugar onde o mar vem bater-se com suas ondas espumantes.
Seus filhos fazem oferendas para acalmá-la e agradá-la.

Odô Iyá, yemanjá, Ataramagbá
Ajejê lodô! Ajejê nilê!
"Mãe das águas, Iemanjá, que estendeu-se ao longe na amplidão.
Paz nas águas! Paz na casa!"

Epítetos (qualidades):
Yemanjá Asagba ou Sobá: Ligada a Airá, lufã e Orunmilá, fia algodão, usa corrente de prata no tornozelo, carrega abebé e sua energia é a espuma branca do mar e rio, veste branco com prata.
Yemanjá Akurá: Vive nas espumas do mar, aparece vestida com lodo do mar e coberta de algas marinhas. Muito rica e pouco vaidosa. Adora carneiro, ligada a Nanã, veste branco aperolado.
Yemanjá Iyá Odo – Vive as margens dos rios, ligada a Oxun e suas peculiaridades.
Yemanjá Iya Awoyò : É uma das mais velha, possui ligação com Oxalá, Oxumarê e Xangô,  Veste branco perolado e cristal, responsavel pelas marés.

Yemanjá Malèlèo ou Maylewo: Esta Yemanjá vive nos grandes lagos, tímida, não se pode tocar no rosto do Iyawò, veste verde claro ebranco parateado.

Yemanjá Iyágunté: Mãe do rio ógun, esta Yemanjá guerreira usa espada e tem ligação com Ogun e Oxaguian, carrega abebé, veste azul claro e Branco perolado.

Yemanjá Sessu,  Iyasessu:  Voluntariosa e respeitável, ligada a  Olokun,  vive nas águas agitadas da costa e come inhame, suas contas são verdes translúcido, veste verde e branco. Teremos ainda outras Yemanjás com nomes, títulos e cultos extintos:

Yemanjá Olossá ou Oloxá: Ligada a com Oxum e Nanã. Veste verde-clara e suas contas são branco cristal. É a Yemanjá mais velha da terra de Egbado, não há iniciados no Brasil.

Yemanjá Iya Massê: que é a mãe de xangô

YINAÉ ou MALELÉ Ou YNAÊ MARABÔ É aquela que os filhos sempre serão peixes, também conhecida como MARABÔ, mora nas águas mais profundas , é a Yemanjá que vira um tubarão e arrasta os infiéis para o fundo do mar, ligada a reprodução dos peixes , vem sempre a beira do mar apanhar suas oferendas . Ligada a Oxalá e Exú. Também conhecida como a Yemanjá das conchas, é ela que presenteia seus filhos com os tesouros do mar!

Yemanjá KONLÉ ou KONLÁ: A da espuma. Está na ressaca da maré; enreda e envolta em um mato de algas e limo. Por ser navegante, vive bem no fundo dos oceanos, também veste azul anil e cristal, não tolera mentiras, tem forte ligação a Exú e a Ogum , usa peitaça, braceletes e uma linda coroa. Também mostra aos filhos os tesouros do mar. 
Yemanjá Iyakú,
Iya Atará Mobá , 
Iya Ewá, 
Iyá Tapá,
 Iya Tonà, etc.

Oriki:
Oríkì ti Yemoja:
Yemoja mo pe 
Yèyé awon eja mo pe 
Eniti nso agan di olomo mo pe 
Eniti nso talaka di olowo mo pe 
Inu re ni Olokun ti jade 
Inu re ni Òsóòsí ti jade 
Inu re ni Ode ti jade 
Inu re ni Olosa ti jade 
Ko wa gbo igbe ebe mi. 


tradução:
Yemoja eu te chamo 
Mãe dos filhos peixes eu te chamo 
A pessoa que tornou aquela mulher fértil para ter filhos, eu te chamo 
A pessoa que tornou pobre em rico, eu te chamo 
Dentro de você, saiu Olokun 
Dentro de você, saiu Oxossí 
Dentro de você, saiu Odé 
Dentro de você, saiu Olosá 
Para você ouvir o meu grito de clamor. 
Báálé 
Yemoja ágbódò dáhùn ire 
Ìyá mi. 
Aseperiola. 
Abèrìn èye lénu 
Iwo l'oko mi 
Abìrìn iyì lésè méjèjì 
Olówó orí mi 
Omi owó kò wón nílé wa 
Omi là bureke 
Iyemoja a tó f'ara tì bí òkè 
O l'ómi nílé bí egbele 
Òrìsà tí nfi omi tútù wo àrùn 
A wo àrùn fún olomo má gba èjé 
Yemoja a tún orí eni tí kò sunwòn se 
Túbò tún orí mi se kalé o. 



tradução
Báálé ! 
Yemanjá, de dentro das água, responde com o bem. 
Minha mãe, 
Que pode ser chamada para trazer prosperidade. 
A que sorri elegantemente. 
Você é minha senhora. 
Louváveis são os passos de seus pés. 
Dona do meu orí. 
A água que traz prosperidade não falta em nossa casa. 
Água em abundância. 
Yemanjá,firme como a montanha,nela podemos nos apoiar. 
Possui casa formada por muitas águas. 
Orixá que cura doenças com água fria. 
Que cura as doenças sem pedir sangue aos familiares do doente. 
Yemanjá, que melhora o mau ori. 
Melhora mais e mais o meu ori, até o fim da minha vida. 

Agbe ni igbe're ki Yemoja Ibikeji odo. 
Aluko ni igbe're k'losa, ibikeji odo. 
Ogbo odidere i igbe're k'oniwo. 
Omo at'Orun gbe 'gba aje ka'ri w'aiye. 
Olugbe-rere ko, Olugbe-rere ko, Olugbe-rere ko, 
Gbe rere ko ni olu-gbe-rere 
tradução:
É o pássaro que leva fortuna boa ao Espírito da Mãe da Pesca, a Deusa do Mar. 
É o pássaro Aluko que leva fortuna boa ao Espírito da Lagoa, o Assistente para a Deusa do Mar. 
É o papagaio que leva fortuna boa ao Chefe de Iwo. 
É crianças que trazem fortuna boa de Céu para Terra. 
Ó Grande que dá coisas boas, Ó Grande que dá coisas boas, Ó Grande que dá coisas boas. 
Me dê Coisas Boas do Grande que dá Coisas Boas 

Ase! 



Ò dábò!

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Babalorixa Ricardo de Laalu.
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Danças do Candomblé!

O candomblé é uma religião afro-brasileira que cultua os orixás, divindades da natureza. A dança é uma forma de expressão e devoção aos ori...