domingo, 1 de setembro de 2013

Os Àgbàgbà

Os Àgbàgbà


Os "dezesseis" àgbàs (anciões) que vieram com Odùduwà para criar o Àiyé, que por este motivo se tornou Olófin Odùduwà, o Àjàlàiyé.

1. Òrúnmìlà ou Àgbónmìrégún : "Senhor do Oráculo de Ifá", foi o primeiro companheiro e o Chefe Conselheiro de Odùduwà, um primeiro ministro, orientando sobre tudo e a todos, inclusive em assuntos governamentais de Ilê-Ifé.

2. Obàtálá : também chamado de Òrìsànlá : considerado o primeiro e principal artesão, por modelar os corpos dos seres humano, é aclamado como Alámòrere, "Senhor da boa argila", por extensão, o patrono dos artistas, principalmente dos escultores.

3. Olúorogbo ou Òrìsà Aláse : foi o terceiro àgbà em importância depois de Odùduwà, aquele que foi o "Salvador do Mundo", que fez chover numa grande seca, pois foi o chefe mensageiro entre o Oba Orún e o Oba Àiyé, ou seja entre Olódùmarè e Odùduwà.

4. Obamèri : também chamado de Alapa-Aharemadà : foi o seu "general".

5. Orèlúéré ou Orè (Oré) : Olóde Orè, o chefe dos caçadores e guardião das tradições e da moral. Para uns, após Odudùwà ter criado o mundo, o primeiro a pisar na terra e depois explora-la, foi Olóde Orè, antes de qualquer um, como manda a tradição era uma das funções dos caçadores, por isto é também aclamado como Onílè, "Senhor da terra". Dizem que mais tarde, ele se tornou um dos companheiros de Òbàtálá.

6. Obasìn ou Èsù Obasin : Era quem controlava os intempéries da natureza, e mais tarde, tornou-se o principal assistente de Òrúnmìlà.

7. Obàgèdè ou Obàgîdî : foi o chefe mensageiro de Obamèrì.

8. Ògún : foi o chefe dos guerreiros.

9. Obamakin : sem dados ………………………

10. Obawinni Oreluko : também chamado de Oro-Apasa ,que mais tarde se tornou se tornou um dos companheiros de Òbàtálá, foi ele quem tornou Òbàtálá o 1º Oba dos Ìgbò, quando da retirada deles de Ilê-Ifé, imposta por Obamèri. Depois que Òbàtálá se foi, ele os liderou e se tornou o 2º Oba dos Ìgbò.

11. Aje Sàlugá : "Senhor ou senhora da Riqueza", foi o "financeiro" de Odùduwà. Outras fontes dizem que foi uma filha de Olóòkun com Odùduwà. É interessante notar, que como divindade masculino, seu símbolo seja uma grande concha marinha, que estranhamente é também um dos símbolos de Olóòkun.

12. Èrìsilè : sem dados ……………………..

13. Élésìje: Foi um ervanário, que iniciou a pratica da medicina tradicional.

14. Olósé : sem dados ……………………..

15. Alajó :  sem dados ……………………..

16. Èsìdálè : que cuida daqueles que morrem tragicamente, como mulheres que morrem ao dar à luz, inclusive os suicidas.

Outros, incluem na comitiva :

Olóòkun : A primeira e favorita esposa de Odùduwà. A Deusa do Mar.
algumas fontes dizem que a unica Yaba Irunmolé que venho na comitiva foi Osun que depois se torna a Unica e até hoje esposa de Urunmila.

Òrìsàtéko Ìjùgbè ou Obaresé : um grande guerreiro e companheiro muito ligado a Obàtálá.

Yemowo : que foi a única esposa de Obàtálá.

Outros não consideram Obàtálá como um dos 16, pois chegou somente após os 16, porém, antes da segunda vinda de Odùduwà.

Uns dos seus partidários, dos 16, foram Orèlúéré e Obawinni.


Conceito Yorùbá:

A religião dos Òrìsà é um culto tradicionalista, vindo da República da Nigéria e República de Benin, países vizinhos no Oeste Africano.
É uma doutrina monoteísta ( possui somente um Deus Supremo – Olóòrun) e várias outras divindades, que auxiliam o Supremo Criador em sua obra.
É um culto direcionado para as forças da Natureza, representada pelos Òrìsà, cada um deles como elementos de um todo, o Òrun ( Universo).
Para cada elemento desta Natureza Divina foi criado um arquétipo, uma personalidade, um caráter, uma forma humana, simplesmente para que fosse mais fácil sua compreensão e entendimento. Estes elementos são os Òrìsà. Porém os Òrìsà nunca existiram na Terra como seres humanos.
Exceção feita à Sòngó, divindade do Trovão e dos Raios, que foi Rei ( Àlàáfin) em Òyó, Nigéria, aproximadamente em 1450 a C, e posteriormente divinizado pelos seus feitos.
O homem faz parte de uma totalidade (Òrun – Universo), onde coexistem o humano e o divino. Ao contrário do paraíso cristão, que está situado em uma esfera somente acessível após a morte. Na religião dos Òrìsà o homem e as divindades estão integrados e se complementam. Os Òrìsà são os intermediários, como elo da ligação entre os dois estágios de vibração, o visível e o invisível.
Portanto nesta visão “o Paraiso, ou o inferno , podem ser vividos aqui e agora.
Um provérbio Yorubá diz:
bi o s´enia, imolè o si , se a humanidade não existisse, as divindades não existiriam.
Quando se cultua as águas, para simbolizá-las, são realizados rituais para Òsun, Yemoja, Obà e outros. Todas elas divindades que representam as águas em vários de seus habitat naturais. As águas doces dos rios, as águas salgadas do mar, ou as águas das lagoas respectivamente. São rituais de agradecimento à Deus que nos permitiu a existência delas, ou para que delas possamos extrair suas forças e energias em benefício de um objetivo pretendido. Não podemos esquecer que o corpo humano é, em sua maioria, composto por líquidos, e o globo terrestre é ¾ água. Ninguém é inimigo da água.!!!
Quando são feitos cultos para Ògún, é aos metais que se louva.
Deus concedeu ao homem os metais e hoje eles estão contidos em quase tudo para facilitar a vida no planeta. Nas construções, nos veículos, nas máquinas operatrizes, nos instrumentos cirúrgicos, enfim, o que seria do homem sem os metais?
Òòsàálá é o ar, a atmosfera que envolve o Mundo, e que a todo instante o homem coloca para dentro de si pelos movimentos da respiração.
E por que não citar o mais polêmico dos Òrìsà. Sim, é de Èsù a quem me refiro. Em nosso País ele é tão mal visto, e divulgado pelos ignorantes, como sendo um demônio. Devo salientar que a Doutrina dos Òrìsà não possui demônios , pois crê que tudo o que Deus criou foi para o bem estar do homem, e não para sua destruição. Èsú é a divindade do movimento, da ação da vida. Nada acontece sem ele. Para que possamos caminhar, ou seja, dar um passo à diante, esta ação é permitida por Èsù. O coração bombeia sangue durante toda vida para nosso corpo. Esta ação é possível pela força de Èsù. O movimento das marés, que não permite a deterioração das águas dos Oceanos, é um movimento de Èsù. Note que tudo iria parar se não houvesse o movimento causado por Èsù. Ele foi o primeiro ser criado por Deus, assim como para os católicos foi criado Adão. Nasceu do sopro Divino de Olóòrun sobre um monte de barro.
Qualquer outra interpretação dada para esta divindade é criação de ignorantes, ou daqueles que pretendem deturpar a verdadeira Religião dos Òrìsà.
É claro que não posso aqui explicar toda esta bela Religião cheia de metáforas e dotada de uma mitologia milenar composta de 4096 lendas, mas posso tentar mostrar que ela é a mais ecológica Doutrina religiosa que o homem já conheceu. Nela a Natureza é a Divindade Maior que Deus legou ao homem em seu benefício. Preservar, manter, equilibrar, honrar, cultuar a Natureza é o que a Religião dos Orisas tem como princípio básico, pois se tomamos estes atos como objetivo de vida, automaticamente estaremos agradando a Deus.
Cultuar a natureza é preservar a Vida.
Além dos rituais para a natureza, a religião dos Yorubás cultua os Ancestrais ( awon Àgbá – Egúngún) através de uma enorme gama de procedimentos.
Eles sim são seres espirituais que vivem no Órun e que à nós se apresentam como nossos conselheiros, trazendo-nos suas experiências e conhecimentos como seres que já passaram por várias reencarnações.

Cada homem que renasce sobre a terra é regido por um elemento da Natureza (òrìsà).

AXÉ!




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