segunda-feira, 9 de julho de 2012

IROKO

Iroko (Chlorophora excelsa) - Árvore africana, também conhecido como RôcoIrôco, é um orixá, cultuado no candomblé do Brasil pela nação Ketu e, como Loko, pela nação Jeje. Corresponderia ao Nkisi Tempo na Angola/Congo.

No Brasil, Iroko é considerado um orixá e tratado como tal, principalmente nas casas tradicionais de nação ketu. É tido como orixá raro, ou seja, possui poucos filhos e raramente se vê Irôko manifestado. Para alguns, possui fortes ligações com os orixá chamados Iji, de origem daomeana: Nanã, Obaluaiyê, Osumarê. Para outros, está estreitamente ligado a Sangô. Iroko também guarda estreita ligação com as ajés, as senhoras do passaro. Seja num caso ou noutro, o culto a Irôko é cercado de cuidados, mistérios e muitas histórias.

No Brasil, Iroko habita principalmente a gameleira branca, cujo nome científico é ficus religiosa. Na África, sua morada é a árvore iroko, nome científico chlorophora excelsa, que, por alguma razão, não existia no Brasil e, porém recentemente fora constatada a existência de 5 árvores deste tipo raro, 1 no Gantois em Salvador, 1 no Ilê Obá Nila no Rio de Janeiro, 1 na Casa Branca do Engenho Velho também em Salvador, as demais não foram confirmadas sua originalidade ainda, apesar dos relatos.
Para o povo yorubá, Iroko é uma de suas quatro árvores sagradas normalmente cultuadas em todas as regiões que ainda praticam a religião dos orixás. No entanto, originalmente, Iroko não é considerado um orixá que possa ser "feito" na cabeça de ninguém.
Para os yorubás, a árvore Iroko é a morada de espíritos infantis conhecidos ritualmente como "abiku" e tais espíritos são liderados por Oluwere. Quando as crianças se vêem perseguidas por sonhos ou qualquer tipo de assombração, é normal que se faça oferendas a Oluwere aos pés de Iroko, para afastar o perigo de que os espíritos abiku levem embora as crianças da aldeia. Durante sete dias e sete noites o ritual é repetido, até que o perigo de mortes infantis seja afastado.
O culto a Iroko é um dos mais populares na terra yorubá e as relações com esta divindade quase sempre se baseiam na troca: um pedido feito, quando atendido, sempre deve ser pago pois não se deve correr o risco de desagradar Iroko, pois ele costuma perseguir aqueles que lhe devem.
Iroko está ligado à longevidade, à durabilidade das coisas e ao passar do tempo pois é árvore que pode viver por mais de 200 anos.

Citações de pesquisadores



Bosman, em 1698 - "Ele era considerado o segundo "fetiche" em importância em Ouidah"

Le Hérissé, em 1910, deu indicações mais pertinentes sobre essa devoção. Uma das principais árvores cultuadas era Loko (Chlorophora excelsa, Moraceae), que em si, não é uma árvore sagrada, apenas o sendo quando serve de assento a uma divindade. Seu nome no Daomé está sempre ligado ao do Vodun que lhe deu este caráter.

Bosman, p.394 - Existem, entre eles, três Divindades principais conhecidas em todo o país...a segunda são árvores (as outras duas são as serpentes e o mar) extraordinariamente altas e que parecem ser a obra-prima da natureza. Contentam-se em fazer-lhes oferendas em caso de doenças e, sobretudo, nas ocasiões em que há febres.

Padre Labat, t.II: 163 - Não custa tanto (ver sacrifícios ao mar) totnar favoráveis as árvores, que são as divindades da segunda espécie. Habitualmente são os doentes que recorrem a elas. Seu poder, como todo homem de bom senso percebe facilmente, é bem pequeno ou, melhor , não é nenhum, mas cura-se a imaginação oferecendo-lhes um sacrifício.. Como, frequentemente, a imaginação é a sede da doença, a partir do momento que esta é curada, é inevitável que o doente se sinta melhor. Sacrificam-se às árvores apenas pães de milhete, de milho ou arroz; o Marabu coloca-os ao pé da árvore para com a qual o doente tem devoção e ali os deixa durante algum tempo. Leva-os embora em seguida, a menos que o doente se entenda com ele para abandonar ali as oferendas, até que os cachorros, aves e porcos a comam.

Guillaume Smith, p. 141 - "Suas divindades de segunda ordem são as árvores muito velhas, pelas quais eles tem grande veneração"... Pruneau Pommegorge, p.197 - "Grandes árvores, que são árvores fetiches; o povo as reverencia e ninguém ousaria cortá-las, sem temer as piores desgraças para o país".

Richard Burton, t. 4:92 - O segundo deus (após a serpente) é representado por árvores soberbas, em cuja formação a Mãe Natureza parece ter exprimido sua grande arte. Fazem-lhe orações e oferendas nas épocas de doença e, sobretudo, de febres. As mais reverenciadas são a Hun-tin ou paineira (Ceiba petandra, Bombacaceae), cujas mulheres, a ela dedicadas, igualam em número as mulheres da serpente, e o Loko, o ordálio Edum, árvore venenosa, bem conhecida na Costa Ocidental Africana. Esta última tem poucas Loko-si ou mulheres de Loko, mas, de outro lado, possui seus próprios potes-fetiche, que podem ser adquiridos em qualquer mercado.

Skertchely, p.467 - A próxima divindade em importância é Atin-bodun cuja forma terrestre é a de diversas árvores, enquanto sua morada se situa em alguns espécimens curiosos das artes e da cerâmica, como por exemplo, uma panela vermelha, com vários orifícios, enterreda no chão e emborcada, com o fundo aparecendo, em um pequeno degrau de terra, aos pés de algum arbusto ou árvore nova, que cresce na porta de uma casa. À direita encontra-se um recipiente em forma de cabaça, com garganta e geralmente pintado de branco na parte exterior. O culto à Atin-bodun consiste na fé em seu poder de prevenção e cura das doenças, sobretudo a febre, e em oferendas de água derramada no pote. Desnecessário dizer que ele é o patrono de todos os médicos. Considera-se que qualquer árvore de grande porte é habitada por essa divindade, mas, para eles, são especialmente sagrados o Hun ou cincho, e o Lokoou árvore do veneno. Uma infusão de suas folhas é usado como ordálio para detectar todo crime oculto.

J. B. Ellis, p.49 - Copia com muita exatidão as informações de Burton e acrescenta: As árvores que são as moradas especiais desses deuses - pois não são todas as árvores dessas duas variedades (Huntin e Loko) que são honradas - são cingidas por uma guirlanda de folhas de palmeira...
Uma árvore rodeada por uma guirlanda de folhas de palmeira não pode ser cortada ou maltratada de forma alguma e até mesmo os "cinchos e Odum" que não são animados por Huntin e Loko não podem ser abatidos sem que certas cerimônias sejam realizadas. Considera-se que pertencem ao deus em algum grau ou estão sob sua proteção. Um negro que deseje cortar uma dessas árvores deve, antes de mais nada, oferecer um sacrifício de frangos e de azeite-de-dendê.
Le Hérissé - Escreve ele (p.114): "Loko ou Roco - Existem tantas lendas sobre Roco quanto sobre os Vodun, sob cujo nome aparece esta árvore: Adanloko, Atanloko, Lokozoun etc. " .
Melville J. Herskovits,  t.II:108 situa seu estudo particularmente em Abomé e encara Loko sob o estrito ponto de vista dos integrantes do "Panteão do céu" , onde, diz ele:
...este deus é importante para a compreensão da religião daomeana, na medida em que oferece uma visão das inter-relações dos diversos cultos no Daomé. Entre as divindades do céu, Loko é encarregado de cuidar das árvores que se encontram na terra e suas funções são de tal modo significativas que ele tem como assistente seu jovem irmão , Medje.
As árvores têm alma e são associadas aos espíritos denominados Aziza, que, por um lado, dão a magia aos homens, por outro, são associados ao culto dos antepassados.
Que Loko seja o deus das árvores e que as árvores tenham uma alma explica a importância do emprego das folhas na prática medicinal e religiosa no Daomé e estabelece a declaração de um informante, sacerdote: "Se alguém souber o nome e a história de todas as folhas da mata, saberá tudo o que existe para saber a respeito da religião daomeana".
Alexandre Adandê  indica que no bairro de Tenji, em Abomé, Alantan Loko seria o Orísa Oko dos yoruba.
Pierre Verger - Não pude apurar muita coisa sobre os cultos realizados pelos fon aos Vodun cujo nome é associado ao de Loko, a não ser o fato de que eles parecem desempenhar um papél secundário, acompanhando um Vodun mais importante, ao mesmo título que Legba, Gun ou Dan e dos quais trazem o nome, seguido de Loko. Iroko, até certo ponto, parece estar ligado a Esu Elegba. Cantigas para Esu fazem alusão a Iroko e à sua ação calmante". No entanto, não sei muitas coisas mais.
Nina Rodrigues,  p.53, no Brasil, diz que: A fitolatria africana na Bahia parece ter duplo sentido. A árvore pode ser um verdadeiro fetiche animado ou, ao contrário, mal representa a morada ou altar de um santo. A gameleira branca (Chlorofora excelsa), árvore abundante neste Estado, é o tipo da planta deus. Com o nome de Iroco é objeto de um culto fervoroso. Mais de uma mãe de terreiro exortou-me a jamais permitir que se abatesse uma gameleira em um terreiro de minha propriedade, pois tal sacrilégio foi causa de grandes infortúnios para muita gente...

Dia da Semana: Terça-feira.

Cores: Branco, Verde (ou Cinza)castanho

Símbolo: tronco

Domínios: Ancestralidade

Saudação: Iroko Issó! Eró!Iroko Kissilé.




Iroko é um Orixá muito antigo. Iroko foi à primeira árvore plantada e pela qual todos os restantes Orixás desceram à Terra. Iroko é a própria representação da dimensão Tempo. Iroko é o comandante de todas as árvores sagradas, o vanguardeiro, os demais Osa Iggi devem-lhe obediência porque só ele é Iggi Olórun, a árvore do Senhor do Céu.
Em todas as reuniões dos Orixás está sempre presente Iroko, calado num canto, anotando todas as decisões que implicam diretamente na sua acção eterna. É um Orixá pouco conhecido dos seres vivos ou mortos, nascidos ou por nascer. Toda a criação está nos seus desígnios.
É o Orixá Iroko, implacável e inexorável, que governa o Tempo e o Espaço, que acompanha, e cobra, o cumprimento do Karma de cada um de nós, determinando o início e o fim de tudo.
Conhecido e respeitado na Mesopotâmia e Babilónia como Enki, o Leão Alado, que acompanha todos os seres do nascimento ao infinito; cultuado no Egipto como Anúbis, o deus Chacal que determina a caminhada infinita dos seres desde o nascimento até atravessar o Vale da Morte. Também venerado como Teotihacan entre os Incas e Viracocha entre os Maias como o Senhor do Início e do Fim; também presente no Panteão Grego e Romano, onde era conhecido e respeitado como Cronus, o Senhor do Tempo e do Espaço, que abriga e conduz a todos inexoravelmente ao caminho da Eternidade.
É o Tempo também das mudanças climáticas, as variações do tempo-clima. Guardião das florestas centenárias é o colectivo das árvores grandiosas, guardião da ancestralidade.
Em África, a sua morada é a árvore iroko, Milicia excelsa (antes classificada como Chlorophora excelsa), chamada “amoreira africana” na África de língua portuguesa. É uma árvore majestosa, encontrada da Serra Leoa à Tanzânia, que atinge 45 metros de altura e até 2,7 metros de diâmetro.
Iroko é um Orixá pouco cultuado tanto no Brasil como em Portugal, e os seus filhos também são muito raros. Os seus filhos, no entanto, são sempre muito protegidos pelo seu Orixá.
Características dos filhos de Iroko
Os filhos de Iroko são tidos como eloquentes, ciumentos, camaradas, inteligentes, competentes, teimosos, turrões e generosos.
Gostam de diversão: dançar e cozinhar; comer e beber bem.
Apaixonam-se com facilidade e gostam de liderar.
Dotados de senso de justiça, são amigos queridos, mas também podem ser inimigos terríveis, no entanto, reconciliam-se facilmente.
Um defeito grande, é o facto de não conseguirem guardar segredos.
Iroko Kisselé; Eró Iroko issó, eró!
ITANS:
" ...No começo dos tempos, a primeira árvore plantada foi Iroko. Iroko foi a primeira de todas as árvores, mais antiga que o mogno, o pé de obi e o algodoeiro. Na mais velha das árvores de Iroko, morava seu espírito. E o espírito de Iroko era capaz de muitas mágicas e magias. Iroko assombrava todo mundo, assim se divertia. À noite saia com o alugbongbo na mão, assustando os caçadores. Quando não tinha o que fazer, brincava com as pedras que guardava nos ocos de seu tronco. Fazia muitas mágicas, para o bem e para o mal. Todos temiam IroKo e seus poderes e quem o olhasse de frente enlouquecia até a morte.Numa certa época, nenhuma das mulheres da aldeia engravidava. Já não havia crianças pequenas no povoado e todos estavam desesperados. Foi então que as mulheres tiveram a idéia de recorrer aos mágicos poderes de Iroko. Juntaram-se em círculo ao redor da árvore sagrada, tendo o cuidado de manter as costas voltadas para o tronco. Não ousavam olhar para a grande planta face a face, pois, os que olhavam Iroko de frente enlouqueciam e morriam. Suplicaram a Iroko, pediram a ele que lhes desse filhos.
Ele quis logo saber o que teria em troca.                                                                      

As mulheres eram, em sua maioria, esposas de lavradores e prometeram a Iroko milho, inhame, frutas, cabritos e carneiros. Cada uma prometia o que o marido tinha para dar. Uma das suplicantes, chamada Olurombi, era a mulher do entalhador e seu marido não tinha nada daquilo para oferecer.
 Olurombi não sabia o que fazer e, no desespero, prometeu dar a IroKo o primeiro filho que tivesse.
Nove meses depois a aldeia alegrou-se com o choro de muitos recém-nascidos. As jovens mães, felizes e gratas, foram levar a Iroko suas prendas. Em torno do tronco de Iroko depositaram suas oferendas. Assim Iroko recebeu milho, inhame, frutas, cabritos e carneiros. Olurombi contou toda a história ao marido, mas não pôde cumprir sua promessa.                                 Ela e o marido apegaram-se demais ao menino prometido. No dia da oferenda, Olurombi ficou de longe, segurando nos braços trêmulos, temerosa, a filhinha tão querida.
E o tempo passou. Olurombi mantinha a criança longe da árvore. Mas um belo dia, passava Olurombi pelas imediações do Iroko, entretida que estava, vindo do mercado, quando, no meio da estrada, bem na sua frente, saltou o temível espírito da árvore.
Disse Iroko: "Tu me prometeste a menina e não cumpriste a palavra dada. Transformo-te então num pássaro, para que vivas sempre aprisionada em minha copa." E transformou Olurombi num pássaro e ele voou para a copa de Iroko para ali viver para sempre.
Olurombi nunca voltou para casa, e o entalhador a procurou, em vão, por toda parte. Ele mantinha a menina em casa, longe de todos. Todos os que passavam perto da árvore ouviam um pássaro que cantava, dizendo o nome de cada oferenda feita a Iroko. Até que um dia, quando o artesão passava perto dali, ele próprio escutou o tal pássaro, que cantava assim:
"Onikaluku jeje euwre,euwre,euwre
Onikaluku jeje agutan,agutan,bolojo
Olurombi jeje Omo re,omo re a pon bi epo
Olurombi o, jan-jan Iroko, Iroko, jan-ján
(Todo mundo promete cabra
Todo mundo promete ovelha bonita
Prometeu a filha bonita, uma abiku muito linda
Olorumbi não cumpriu o prometido a Iroko
Com isso perdeu tudo)
Ouvindo o relato de uma história que julgava esquecida, o marido de Olurombi entendeu tudo imediatamente. Sim, só podia ser Olurombi, enfeitiçada por Iroko. Ele tinha que salvar sua mulher! Mas como, se amava tanto sua pequena filha? Ele pensou e pensou e teve uma grande idéia. Foi à floresta, escolheu o mais belo lenho de Iroko, levou-o para casa e começou a entalhar. Da madeira entalhada fez uma cópia do rebento, o mais perfeito boneco que jamais havia esculpido. O fez com os doces traços da filha, sempre alegre, sempre sorridente. Depois poliu e pintou o boneco com esmero, preparando-o com a água perfumada das ervas sagradas. Vestiu a figura de pau com as melhores roupas da menina e a enfeitou com ricas jóias de família e raros adornos. Quando pronto, ele levou a menina de pau a Iroko e a depositou aos pés da árvore sagrada. Iroko gostou muito do presente. Era a menina que ele tanto esperava!   E a menina sorria sempre, sua expressão, de alegria.
Iroko apreciou sobremaneira o fato de que ela jamais se assustava quando seus olhos se cruzavam. Não fugia dele como os demais mortais, não gritava de pavor e nem lhe dava as costas, com medo de o olhar de frente. Iroko estava feliz.
Embalando a criança, sua pequena menina de pau, batia ritmadamente com os pés no solo e cantava animadamente. Tendo sido paga, enfim, a antiga promessa, Iroko devolveu a Olurombi a forma de mulher.
Aliviada e feliz, ela voltou para casa, voltou para o marido artesão e para a filha, já crescida e enfim libertada da promessa.
Alguns dias depois, os três levaram para Iroko muitas oferendas. Levaram ebo de milho, inhame, frutas, cabritos e carneiros, laços de tecido de estampas coloridas para adornar o tronco da árvore.
“Eram presentes oferecidos por todos os membros da aldeia, felizes e contentes com o retorno de Olurombi...”
Até hoje todos levam oferendas a Iroko. Porque Iroko dá o que as pessoas pedem. “E todos dão para Iroko o prometido...”
Esta belo ìtàn nos mostra como devemos tratar Iroko , sempre que lhe pedimos algo é de suma importância pagarmos o prometido pra não cairmos em seu desagrado , outra coisa é muito comum nas cidades nigerianas vermos em baixo do pé de Iroko geladeiras, bicicletas, jóias, etc... Geralmente as famílias pagam a Iroko o que tem de mais valioso em sua casa.

  Orixá protetor da natureza, filho de Odudua e Tempo, são responsáveis pela sustentação de toda a vida na Terra. Irocô  influi na vida das pessoas no sentido de aprofundar as raízes, através de um desenvolvimento lento, que traz com o passar dos anos a solidez e a segurança.Não é um orixá de incorporação, pois prefere ficar cuidando e zelando junto de seus filhos Iansã, Obá e Osòosi. Protetor da natureza, da vitalidade humana e da sustentação da vida material.


ORIKI:
IROKO
Osa Iggi
Órìsà da árvore
Iggi Olórun
Árvore do senhor do céu
Oluwá otim
Dono do aguardente
Osa Iwin
Órìsà da família de Obatalà
Oba Iggi
Rei das árvores
Àtatú ni ti Iroko
Iroko nunca pode ser derrubado
Iroko temi Baba  l’o ní ki mi se oríire
Meu pai Iroko disse que eu terei boa sorte
Orí rere ni temi
A boa sorte é minha
Iroko yíó gba t’èmi wí
Iroko falará a meu favor
Iroko jé ki òrò temi ó se
Iroko permita que minhas palavras se realizem
Baba Iroko p’èrò si mi nlé p’èrò si mi l’ó
Meu pai Iroko traga-me paz em casa, traga-me paz no caminho
Má jé ki woó dan mí
Nunca deixe que atentem contra mim
Àsùn dá ragbada lá à ba igi Iroko
Sono profundo é o que encontramos na árvore Iroko
Iroko ki í dá tirè k’ó má se 
Iroko nunca prediz uma coisa sem que ela se realize
Iroko ki n ri se, ki n bimo,
Iroko que eu possa progredir, que eu possa ter filhos
Iroko ki n lówó, ki n kó
Iroko que eu possa ter dinheiro, que eu possa construir casas
Iroko k’o tún ìpín mi se
Iroko faça meu comportamento ser bom
Te ire mó mi lówó
Coloque boa sorte nas minhas mãos
Ojó ikú, Ojó àrùn kóo gbè mí o
No dia da morte, no dia da doença, você tem de me salvar
Eso mí di oyin e má rojú si mi
Considere-me como mel, não me despreze
Iroko gbà mi o
Iroko ampare-me

Ò dábò!

JOGO DE BÚZIOS;
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sigilo absoluto!!
Babalorixa Ricardo de Laalu.
F: 05511-96787.9019 - Whattsapp

domingo, 8 de julho de 2012

AIRA/ÁIYRÁ


Áiyrà ou Airá



Normalmente confundido com Sango, no Brasil, na verdade é uma divindade à parte, que não pertence à família de Sango. Airá é uma divindade da região de Savé muito embora não existam registros de iniciação para ele nessas terras, seu culto está restrito ao seu templo em Savé, Nigéria. No Brasil, sacerdotes desinformados e sem discernimento criam inúmeras lendas a seu respeito, até dizem que ele seria irmão gêmeo de Sango, o que é verdadeiramente um absurdo.
Segundo as casas de culto ao orixá, este orixá veste-se de branco e tem profundas ligações com Osalá. Airá não usa coroa, mas um eketé branco. Suas comidas votivas não são temperadas com dendê, nem com sal e sim com banha de ori africana. Comeria quiabos, assim como Sango e Iroko.
Airá era um Orixá no fundamento de Sango, Airá era considerado um de seus servos de confiança e segundo uma de suas lendas, Airá, tentou instaurar um atrito entre Osalá e Sango, graças a isso Airá deve ser tratado de forma diferente de Sango e seu assentamento deve ficar na casa de Osalá. Por essa rivalidade com Sango, não se deve coloca-los juntos jamais na mesma casa nem podendo Airá ser posto em cima do pilão de duas bocas, pois provoca a ira de Sango. Sua cor é o branco e seus ornamentos são prateados.
Airá é um Orixá relacionado a família do raio mas pode ser relacionado ao vento, seu nome pode ser traduzido como redemoinho, redemoinho é o fenômeno que mais se assemelha a um furacão em território Africano. Airá então pode ser louvado como a divindade que rege o encontro dos ventos. Em território africano, não existe registro ou relatos de pessoas regidas ou iniciadas para ele, onde ele é cultuado, o culto predominante é o de Nanã e de Obaluaiê, já que Savé é uma região que fica em território Jeje. Pouco se sabe sobre o nascimento ou surgimento de Airá e por esta razão muitos atribuem sua filiação à Iemanjá e a Oraniã, assim como Sango e Aganjú.
No Brasil, Airá é visto, erroneamente, como uma qualidade de Xangô. Airá seria uma face mais amena e pacífica de Sango. Hoje, com a falta de conhecimento, muitos zeladores preferem iniciar uma pessoas de Airá do que de Sango, na realidade está cada vez mais difícil encontrarmos filhos de Sango, em sua grande maioria, os filhos de Sango estão sendo iniciados em outros Orixás.
Ao contrário de Sango, Airá não é um Orixá rei nem possui o carácter, punitivo como Sango.
Airá zela pela paz e pela justiça de forma incondicional, ao contrário de Osalá que representa a paz, Airá estabelece a paz e possui uma ação mais imediata em suas funções, Airá pode ser qualificado como um sentinela de Osalá, ou melhor, de Osalufã é seria ele quem estabelece sua vontade.
Em relação a Aira, a poucos detalhes na África. Em Kéto, ele é conhecido sob a designação de Agbonan ou Aira Igbonan. Dizem que é originário de Sabé (Savé*) e que é o irmão mais velho de Sango.
Diz também que seu tempo principal ficava em Dassa-Zoumé em Vedji perto ao de Sanponná. Diz que que havia duas informações contraditórias - Uma dizia que ele originário da região de Oyo, segundo outros de Abomé, onde era confundido com Sobô.
Airá ( filho forte o Senhor do Redemoinho)é um Deus relacionado a família do raio mas também é relacionado ao vento, seu nome pode ser traduzido como Redemoinho, vale lembrar que o redemoinho é o fenômeno que mais se assemelha a um furacão em território Africano. Airá então deve ser louvado como a divindade que rege o encontro dos ventos.
Em território africano, não existem registros ou relatos de pessoas iniciadas para Ele. Seu culto é proveniente da região de Savé que faz parte do território Jejê, nesta região os cultos predominantes são os de Nanã, Obaluaiê, Omolu e Osumarê. Pouco se sabe sobre o nascimento ou surgimento de Airá e por esta razão muitos atribuem sua filiação à Iemanjá e a Oraniã, assim como sango e Aganjú. Por este motivo alguns sacerdotes sem conhecimento chegam a afirmar que Airá seria irmão de Sango, quando não há nada que fundamente esta afirmação.
No Brasil, Airá é visto, erroneamente, como uma qualidade de Xangô. Airá é visto como uma face mais amena e pacífica de Sango. Hoje, com a falta de conhecimento, muitos zeladores preferem iniciar uma pessoas de Airá do que para Sango, na realidade está cada vez mais difícil encontrarmos filhos de Sango. Ao contrário de Sango, Airá não é o Orisá rei nem possui o carácter punitivo e colérico. Esta característica mais amena de Airá, pode ser evidenciada em uma de suas cantigas que diz:
"A chuva de Airá apenas limpa e faz barulho, como um tambor". 
Airá possui uma ligação muito grande com Osalá, na verdade tudo o que for oferecido a Ele não deve conter sal e dendê. Suas comidas votivas não são temperadas com dendê e sim azeite de oliva ou banha de ori. 
Airá zela pela paz e pela justiça de forma incondicional, ao contrário de Osalá que representa a paz, Airá a estabelece e possui uma ação muito mais direta em sua imposição, Airá pode ser qualificado como uma sentinela de Osalá, ou melhor, de Osalufã e seria Ele, Airá, quem estabelece sua vontade.
Folhas:

Agrião do Pará  (awere pẹ́pẹ́) Bilreiro  (ipẹ̀san) Caruru  (ewé tẹ̀tẹ̀) Manjericão Roxo.



Epítetos:
 Intilé - É um título de Airá, Intilé quer dizer Senhor da Terra.
Igbonã - É um título que significa  floresta de fogo, ou simplesmente quente.
Lojô - Título que faz referência à chuva.
Osi - É o eterno companheiro de Ooguian. Um dia, passando Ooguian pelas terras onde vivia Ayrá Osi, despertou no jovem grande entusiasmo por seu porte de guerreiro e vencedor de batalhas. 



Segundo um mito, criado no Brasil, Osalá permaneceu injustamente preso durante sete anos no reino de seu filho, Sango, sem que este soubesse do fato. Grandes calamidades ocorreram em todo o reino devido a essa injustiça e quando Sango finalmente descobriu o que havia acontecido com o próprio pai, resgatou-o da prisão e ordenou que fossem organizadas grandes festas em todo o reino, em sua homenagem. No entanto, Osalá estava muito entristecido. Apesar de toda a atenção que recebeu, a única coisa que desejava era retornar ao seu próprio reino, em Ifé, onde sua esposa Iemanjá o aguardava. Sango não podia acompanhá-lo e pediu que Airá o fizesse em seu lugar, foi assim que Airá tornou-se companheiro de Osalá. Durante o dia, eles caminhavam. À noite, Osalá sentia frio e precisava descansar, assim, Airá passava longas horas contando-lhe histórias do povo de Oió ao redor de uma fogueira.
Observação: No Brasil, devido aos festejos de São João, criou-se uma tradição de se acender uma fogueira em homenajem a Sango e a Airá. Na realidade esse ato não existe na África isso foi absorvido dos festejos de Juninos. A cerimônia que ocorre na África é o Ajerê de Sango, cerimônia em que o iniciado de Sango em Oió carrega um jarro com inúneros orifícios, dentro deste jarro é posto fogo e assim iniciado carrega o fardo ardente sobre sua cabeça. O Oxé de Sango é uma representação do ajerê, as lâminas duplas representam as chamas que se espalham.

Ritual da Fogueira de Ayrá 

O ritual mais conhecido por toda comunidade dos Candomblé do Brasil. em homenagem a este Orisá e sua fogueira, a qual queima durante toda festividade, e para quando o grande rei se fizer presente ali se forma um tapete vermelho com brasas vivas, diz nos cultos a este Orisá quem ainda não viu Sango caminhar sobre brasas vivas não conhece a força deste Orisá.
Este bem como o ritual do
Ajere, nome dado ao pote que este Orisá carrega na cabeça com azeite de dende em chamas, está tambem seguida de um ritual chamado de Akará, quando este Orisá em companhia de Oiyá, engole pequenas tochas de fogo. 
O momento principal é a "Roda de Sango" - que por falar nisso é a único Orisá que se faz roda dentro do culto ... Mais sem querer ofender niguem, Já existe roda de todos os Orisás. 
Neste ritual são homenagiado todos os Orisás de sua corte, ou seja toda a corte de Oiyó, para a grande consagração do grande Rei Sango: Baayani, Iyá Masé, Dada, Ajaka, Ayrá Ntylé. 
As ofertas preferidas de Sango vêm nas cantigas a este Orisá: o Cagado (Ajapá) e o Carneiro (agbo Akutan). O Ecoar do Sere faz com que nós lembramos de uma grande tempestade, e todos são muito gratos, pois ali esta seu rei junto de seus súditos. 
O grito de guerra do grande rei de Oyó vem como um trovão na tempestade de séré e comunica a todos da comunidade que só este rei é poderoso, é quem faz a sua própria coroa, um rei que tem coroa. 
para este Orisá o azeite de dende é como água, e e justamente o "Epo-pupa, que apazigua Sango, então este elemento nunca pode faltar em todas as oferendas ao rei Sango. E tudo relativo a este Orisá deve ser oferecido quente, ele não aceita nada frio, (por isso Sango não fica onde tem pessoas mortas, por estarem totalmentes frias, e, erroniamente muitas pessoas dizem que ele tem medo da morte). 
Bem como o sangue em seu Igbá deve ser direto ou seja quente, pois trata-se de vida. A única coisa em sua vida que Sango aceite que tem sangue frio é o "Ajapá", animal este de sangue frio, mais aceita este animal pelo seu poder de longevidade. 
Este Orisá ainda bem peculiar so aceite o Orogbó e nunca Obi, e em todas as oferendas a este orisá deve conter seu fruto predileto "Orogbó". Seu feitixe principal é o machado duplo (Osé) que alem de uma de sua armas de guerra, é é o único instrumento que simboliza a verdade a justiça, pois suas duplas laminas cortam para os dois lados, não fazendo destinção. 
Em seu Labá Sango guarda as pedras poderosas de raio, e seus poderosos chocalhos de cobre ou ainda em sua cabaça de cabo bem alongado, e com grande quantidade "Edu-Ara e Seré". Em Africa costumam dizer os antigos que Sango se iniciado se Edu-Ara não tem Sango por perto.E perto do assentamento de Sango nunca podera faltar a presença de "Iyá-Mase", Oiyá, Osún e Obá, seu Igbá é feito dentro de gamela. Onumero 12 esta relacionado a Sango, pois 12 são seus ministros, e tambem 12 são seus caminhos. 
alguns caminhos de Sango esta relacionado a Osáálá como: Ayrá Igboná, Ayra e Ayrá Ntyle, pois são eles conciderados os mais velhos, relacionamento direto com o poder da criação, ou seja Osáálá, é por este único motivo e principal ultilizam-se da cor branca e usa sigi azul que substitui o da cor vermelha em sua contas. 
Diz a cultura Yorubá que quem tem este Orisá a seu lado nada teme, pois ele é o rei que tira da boca e coloca na boca dos seus. 



Arquétipo - Os filhos de Airá, são autoritários, voluntariosos, enérgicos, calmos, teimosos, orgulhosos e guerreiros. Pessoas elegantes e corteses, risonhos, possuem um misto de severidade e benevolência, possuem um senso elevado de justiça, possuem consciência de sua importância, são dotados de bom coração, não sabem guardar segredos, faladores, fofoqueiros, apegados a família, sinceros, altivos e sensíveis. Não são vaidosos.
Oriki:
Òlò áwá la wulú

Olodó òlò odó

Oyá walé ni ilè Irá

Sangò walé ni Kosó.


Senhor do som do trovão

Senhor do pilão

Oiá desaparece na terra de Irá

Xangô desaparece na terra de Cossô


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sigilo absoluto!!
Babalorixa Ricardo de Laalu.
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Skype: Ricardo de Laalu

XANGÔ



Xangô, Shango ou Sango, é Orixá, de origem Yorubá. Seu mito conta que foi Rei da cidade de Oyo, identificado no jogo do merindilogun pelos odu obará, ejilaxebora e representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba Sango.
Pierre Verger dá como resultado de suas pesquisas que: Shango ou Xangô, como todos os outros imolè (orixás e ebora), pode ser descrito sob dois aspectos: histórico e divino.
Como personagem histórico, Sangô teria sido o terceiro Aláàfìn Òyó, "Rei de Oyo", filho de Oranian eTorosi, a filha de Elempê, rei dos tapás, aquele que havia firmado uma aliança com Oranian.
Como Divino: Sango erá um mortal filho de um Semi-deus ( Oranian) com uma mortal Torosi sendo assim era altivo e garboso fazendo assim uma Orisa se apaixonar perdidamente por ele, OYA assim que viu o garboso Obá se apaixonou e lhe deu  os segredos dos Raios, Trovões e do Fogo, e no dia que Sango Bebado e brincando com seus novos poderes matou todos de sua aldeia com o fogo que saiu de sua boca e narinas, desesperado Sango se matou e foi para o mundo dos mortos, OYA sabendo disso ficou desesperada e foi se consultar com Orunmila e lhe pediu como fazia para trazer Sango de volta Orunmila disse que não seria possivel então ela se encantou e foi buscar Sango no mundo dos mortos e tranformalo em um Orisa e juntos foram para o Orun.( POR ISSO ALGUNS ANTIGOS DISSEM QUE SANGO TAMBÉM E UM BABA EGUN).
OYA e até hoje a unica ESPOSA DE SANGO!!
Shango Orisá dos raios, trovões, grandes cargas elétricas e do fogo. É viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Por esse motivo, a morte pelo raio é considerada infamante. Da mesma forma, uma casa atingida por um raio é uma casa marcada pela cólera de Sango. Sango é o Orisa do Poder, ele é a representação máxima do poder de Olorum.
  •  Sacerdote de Sango - Magba
     Sacerdotisa de Sango - Iya Magbá
      Atabaque de Sango - Ilu batá
      Toque favorito - Alujá
      Fruto favorito - Orogbo
      Bichos - Akunko (GALO), Agutan(CARNEIRO),bodes (Òbúko), Ajapá(tartaruga), Falcão, Águia e Leão.
      Comida – Amalá
      Saudação: Kawó-Kabiesilé Saudação é a forma com que os Orixas são reverenciados;
      Cores: Vermelho e Branco ou Vermelho e Marrom ou Marrom e Preto ou Marrom e Branco ou somente Marrom ou vermelho.As cores representam os Orixás, e podem variar segundo a linha religiosa;
      Dia da Semana: Quarta-Feira
      Elementos: Fogo, Vulcões, Tempestades, Sol, Trovões, Terremotos, Raios, criador do Culto de Egungun, senhor dos mortos, desertos e formações rochosas;
      Elemento Livro: os livros representam Sangô porque este orixá está ligado as questões da razão, do conhecimento e do intelecto. Bem como a Justiça e o Direito;
      Ferramenta: Oxê, machado duplo de dois cortes laterais feito e esculpido em madeira ou metal;
      Pedra: Meteorito;
      Domínios: Justiça, Poder Estatal, Questões Jurídicas, Pedreiras;
      Oferendas: Amalá, cágado, carneiro, e algumas vezes cabrito. Gosta de Orobô, mas recusa Obi(noz de cola), ao contrário dos demais Orixás;
      
    Folhas mais usada: aroeira branca, alfavaca, abacateiro, bredo, cambará, cajueiro, camboatá, cruzeirinho, caruru da Bahia, cansação do leite,crista de galo, capim de burro, carrapeta, capim limão, desata-nó, erva de S.João, erva tostão, folha da fortuna, folha de fogo,flamboyant, golfo de flor (qualquer que seja a cor), gerâniocheiroso, imbaúba, ingá, jaqueira, jitirana vermelha, esponjeira,milho, mandioca, laranja, manjerona, nega mina, orobô, quiabo,romanzeiro, pimenta macaco, salsaparrilha, tamarineiro,urucum, veludo, vinagreira e maçã.
      DançaAlujá, a roda de Sangô. São vários toques que falam de suas conquistas, seus feitos, suas mulheres e seu poder e domínio como Orixá.

Foi ele quem criou o culto de Egungun, sendo ele o único Orixá que exerce poder sobre os mortos. Sango é a roupa da morte, por este motivo não deve faltar nos Egbòs de Ikù e Egun, o vermelho que lhe pertence. Ao se manifestar nos Candomblés, não deve faltar em sua vestimenta uma espécie de saieta, com cores variadas e fortes, que representam as vestes dos Eguns.

Sango criador de Culto a Egungun

Sango é o fundador do culto aos Eguns, somente ele tem o poder de controlá-los, como diz um trecho de um Itã:
"Em um dia muito importante, em que os homens estavam prestando culto aos ancestrais, com Sango a frente, as Iyámi Ajé fizeram roupas iguais as de Egungun, vestiram-na e tentaram assustar os homens que participavam do culto, todos correram mas Sangô não o fez, ficou e as enfrentou desafiando os supostos espíritos. As Iyámis ficaram furiosas com Sango e juraram vingança, em um certo momento em que Sango estava distraído atendendo seus súditos, sua filha brincava alegremente, subiu em um pé de Obi, e foi aí que as Iyámis Ajé atacaram, derrubaram a Adubaiyani filha de Sango que ele mais adorava. Sango ficou desesperado, não conseguia mais governar seu reino que até então era muito próspero, foi até Orunmilá, que lhe disse que Iyami é quem havia matado sua filha, Sango quis saber o que poderia fazer para ver sua filha só mais uma vez, e Orunmilá lhe disse para fazer oferendas ao Orixá Iku (Oniborun), o guardião da entrada do mundo dos mortos, assim Sango fez, seguindo a risca os preceitos de Orunmilá.
Sango conseguiu rever sua filha e pegou para sí o controle absoluto dos mistérios de Egungun (ancestrais), estando agora sob domínio dos homens este culto e as vestimentas dos Eguns, e se tornando estritamente proibida a participação de mulheres neste culto, caso essa regra seja desrespeitada provocará a ira de Olorun. Sango , Iku e dos próprios Eguns, este foi o preço que as mulheres tiveram que pagar pela maldade de suas ancestrais."
Sango foi o quarto rei lendário de Oyo (Nigéria, África), tornado Orixá de caráter violento e vingativo, cuja manifestação são o fogo, o Sol, os Raios, as Tempestades e os trovões. Filho de Oranian, teve várias esposas sendo as mais conhecidas: Oyá, Osun e Obá. Sango é viril e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Sua ferramenta é o Oxê: machado de dois gumes. Sango é o Orisa do Poder, ele é a representação máxima do poder de Olorun.
Enquanto Osòosi é considerado o Rei da nação de ketu, Sango é considerado o rei de todo o povo yorubá. Orixá do fogo, dos raios e das tempestades, Sango foi um grande rei que unificou todo um povo. Foi ele quem criou o culto de Egungun, muitos Orixás possuem relação com os Egunguns mas, ele é o único Orixá que, verdadeiramente, exerce poder sobre os mortos, Egungun. Sango é a roupa da morte, Axó Iku, por este motivo não deve faltar nos Egbòs de Ikù e Egun, o vermelho que lhe pertence. Ao se manifestar nos Candomblés, não deve faltar em sua vestimenta uma espécie de saieta, com cores variadas e fortes, que representam as vestes dos Eguns
Sango era forte, valente, destemido e justo. Era temido, e ao mesmo tempo adorado. Comportou-se em algumas vezes como tirano, devido a sua ânsia de poder, chegando até mesmo a destronar seu próprio irmão, para satisfazer seu desejo. Filho de Yamasse (Torosi) e de Oranian, foi o regente mais poderoso do povo yorubá. Ele também tem uma ligação muito forte com as árvores e a natureza, vindo daí os objetos que ele mais aprecia, o pilão e a gamela; o pilão de Sango deve ter duas bocas, que representam a livre passagem entre os mundos, sendo Sango um ancestral (Egungun). Da natureza, ele conseguiu profundos conhecimentos e poderes de feitiçaria, que somente eram usados quando necessário. Tem também uma forte ligação com Osumaré, considerado por ele como seu fiel escudeiro.
Sango é cultuado no Brasil, sob 12 (doze) Epítetos. Vale salientar, que muitos seguem cegamente as ditas qualidades de Sango da Bahia, e não é bem assim, por exemplo, Airá é um outro Orixá que não se dá com Sango.Reza a lenda que Ayra era muito próximo de Sango, e quando Osalufã, em visita ao reino de Sango, foi erroneamente confundido com um ladrão, teve suas pernas quebradas e foi preso. Uma vez Sango percebendo o engano, mandou que o tirassem da prisão, o limpassem e dessem a ele vestimentas condizentes com a grandiosidade de Osalufã, porém Osalufã estava viajando e teria ainda outros lugares para ir. Por ser muito velho e agora com as pernas tendo sido quebradas, a locomoção havia sido afetada, fazendo que Oxalufã andasse curvado e muito vagarosamente. Sango então mandou que Ayrá levasse Osalufã nas costas até a próxima cidade. Ayrá, percebendo ali a sua grande oportunidade, durante o caminho se voltou contra Sango, falando a Osalufã que Sango sabia que ele estava preso, acabando por ganhar a confiança de Osalufã, que o tomou para si; razão pela qual Ayrá usa branco, mas nao é um fun-fun. Sango que nao suporta traições se irritou com a atitude de Ayrá cortando relações com ele, desde então eles jamais devem ser cultuados juntos ou mantidos na mesma casa.

Os Epitetos  de Sango:
  • Afonjá - Afonjá, o Balé (governante)da cidade de Ilorin. Afonjá era também Are-Ona-Kaka-n-fo, quer dizer líder do exército do império. Segundo a história de Oió, no início do século dezenove, Oió era governada pelo rei Aolé, ele possuía aliados que eram espécies de Generais, que lhe davam todo o tipo de apoio mantendo assim o podes absoluto sobre o Reino Iorubá e os reinos anexados. Mas um dia um desses generais resolveu se rebelar contra Oió e se unir com os inimigos, esse general se chamava Afonjá que era conhecido como Kakanfo de Ilorin. Declarou-se independente de Oió. Com isso o Rei de Oió Aolé se envenenou para não ver o desmembramento do Império. Afonjá traíu o Império Iorubá, mas quando os rebeldes assumiram o poder Afonjá foi decaptado pelo seu novo aliado. Este alegou que se um homem traíu seu antigo rei ele voltaria a trair tantos outros.
  • Obá Kosso - Título que Sango recebe ao fundar a cidade de Kossô nos arredores de Oió, tornando-se seu Rei. Título dado também a Aganju, irmão gêmeo de Sango quando de sua chegada em Oió foi aclamado como o Rei Não se Enforcou, Obá Kô Sô.
  • Obá Lubê - Título de Sango que faz referência a todo o seu poder e riqueza, pode ser traduzido como Senhor Abastado.
  • Obá Irù ou Barù - Título dado a Sango logo após chegar ao apogeu do império, quando cria o culto de Egungun, é aclamado como a forma humana do Deus primordial Jakutá sobre a terra,senhor dos raios, tempestades, do Sol e do fogo em todas as suas formas. Ele acaba por destroir a capital do Reino numa crise de cólera e depois arrependido, se suicida , adentrando na terra.
  • Obá Ajakà - Também intitulado Bayaniym," O pai me escolheu ", que faz referência a ele por ser o filho mais velho de Oraniã, e ter por direito que assumir o trono, irmão mais velho de Xangô.
  • Obá Aganjù - Aganju representa tudo que é explosivo, que não tem controle, ele é a personificação dos Vulcões.
  • Obá Orungã - Filho de Aganju Solá e Iemanjá, Orungan é dono da atmosfera é o ar que respiramos, dono da camada que protege a Terra. Ver mais abaixo.
  • Obá Ogodô - Muito falado também, é apenas o que se diz sobre Sango, pois, Ogodô é o verbo bocejar. Então, quando está trovejando, o que se diz é que Sango está bocejando. Dai Sango Ogodô, é apenas um título de Sango.
  • Jakutà ou Djakutà - Jakutá, é a representação da justiça e da ira de Olorun, míticamente Sango foi iniciado para este Orixá sendo considerado como a forma divina primordial do mesmo. Ele foi enviado em sua forma divina por Olorun para estabelecer a ordem e submeter Oduduá e Oxalá aos planos da criação durante um momento de conflito entre as divindades. É o próprio Xangô.
  • Obá Arainã - Oroinã e Oraniã - Personificação do fogo, o magma do centro da terra é o pai de Sango e de Aganju em sua forma humana.
  • Olookê - Orixá dono das montanha, em algumas lendas é um dos filho de Oraniã, foi casado com Yemanjá.


O MINISTÉRIO DE SANGÔ

O conselho divino de Sangô está representado por 12 Obás - sendo seis à direita e seis à esquerda - todos descendentes de Alafins. Tudo nesse tribunal divino será julgado por eles em nome do Deus do trovão. Sangô, no Brasil é aclamado como o Deus da justiça e da verdade. O número 12 equivale ao equilíbrio de Sangô. São eles:
Os ministros da direita:
Obá Abiodum
Onikoyi - rei de Ikoyi
Aresá - rei de Iresá
Onanxokum
Otaleta
Olugbon - rei de Ogbon

Os ministros da esquerda:
Arè ou Arè Onankakanfo
Otun Onikoyi - braço direito de Xangô e segunda pessoa
Otun Onanxokum
Oji Onikoyi - braço esquerdo de Xangô 
Eko Kankafo - general de armada, chefe das tropas.


Relação de todos os Alafins de Oyó:

1. Oranmiyan

2. Ajaka - foi destronado
3. Sango - tornou-se divinizado como o deus do trovão e relâmpago
4. Ajaka - re-instalado
5. Aganju
6. Kori
7. Oluaso
8. Onigbogi - evacuação realizada de Oyo-Ile, provavelmente por volta do
século 16 "Havia 36 outros reis após Onigbogi.
9. Ofiran - construiu a cidade de Shaki
11. Egunoju - fundador do Oyo Igboho
12. Orompoto - especula-se ser uma mulher
13. Ajiboyede -
14. ABIPA - 1570-1580
15.Obalokun - 1580-1600
16. Oluodo - Ele não foi sepultado em BARA (The Royal cemitério, daí o seu nome foi suprimido)
17. Ajagbo - 1600-1658
18.Odaranwu - 1658-1660
19. Kanran - 1660-1665
20. Jayin - (Nomeado o Awuyale primeiro Ijebu Ode) 1655-1670
21. Ayibi - 1678-1690
22. Osiyango - 1690-1698
23. Ojigi - 1698-1732
24. Gbaru - 1732-1738
25. Amuniwaye - 1738-1742
26. Onisile - 1742-1750
27. Labisi - 1750
28. Awonbioju - 1750
29. Agboluaje - (Festival Bere Celebrado) 1750-1772
30. Majeogbe - 1772-1775
31. Abiodun - (Festival Bere Celebrado) 1755-1805
32. AOLE
33. Adebo
34. Maku - 1802-1830
35. Majotu - (Ilorin dimensionada pelos Fulani)
36. Amodo - 1830
37. Oluewu - (queda de Oyo antigo) 1833-1834
38. Abiodun Atiba - (Fundador de Oyo atual, celebrada Bere Festival) 1837-1859
39. Adelu - 1858-1875
40. Adeyemi I - 1875-1905
41. Lawani Agogoija - 1905-1911
42. Ladigbolu - 15 de janeiro de 1911-dezembro 19, 1944
43. Adeniran Adeyemi II - 05 de janeiro de 1945-setembro 20, 1955
44. Bello Gbadegesin - (Ladigbolu II) 20 de julho de 1956-1968
45. Adeyemi III - (Presente Alaafin de Oyo e Chefe de terra iorubá) 14 de janeiro de 1971 até à data vigente.

Características dos filhos de Sango
É muito fácil reconhecer um filho de Sango apenas por sua estrutura física, pois seu corpo é quase sempre muito forte, com uma quantidade razoável de gordura, apontando a sua tendência à obesidade; mas a sua boa constituição óssea suporta o seu físico avantajado. Há também os magros e muito elegantes.
Com forte dose de energia e auto-estima, os filhos de Sango têm consciência de que são importantes e respeitáveis, portanto quando emitem sua opinião é para encerrar definitivamente o assunto. Sua postura é sempre nobre, com a dignidade de um rei. Sempre andam acompanhados de grandes comitivas; embora nunca estejam sós, a solidão é um de seus estigmas.
Conscientemente são incapazes de ser injustos com alguém, mas um certo egoísmo faz parte de seu arquétipo. São extremamente austeros (para não dizer sovinas), portanto não é por acaso que Sango dança alujá com a mão fechada. Gostam do poder e do saber, que são os grandes objectos de sua vaidade.
São amantes vigorosos, em seu lado negativo, pobre das mulheres cujos maridos são de Sango. Um filho de Sango está sempre cercado por amigos, auxiliares, no caso de governantes, empresários, mas a tendência é que aqueles que decidem ao seu lado sejam sempre homens.
Os filhos de Sango são obstinados, agem com estratégia e conseguem o que querem. Tudo que fazem marca de alguma forma sua presença; fazem questão de viver ao lado de muita gente e têm pavor de ser esquecido, pois, sempre presentes na memória de todos, sabem que continuarão vivos após a sua ‘retirada estratégica’.
Itan:
Sango era filho de Oranian, valoroso guerreiro,
cujo corpo era preto à direita e branco à esquerda.
Homem valente à direita,
homem valente à esquerda.
Homem valente em casa,
homem valente na guerra.
Oranian foi o fundador do Reino de Oyó, na terra dos iorubas.
Durante suas guerras, ele passava sempre por Empê,
em território Tapá, também chamado Nupê.
Elempê, o rei do lugar, fez uma aliança com Oranian
e deu-lhe, também, sua filha em casamento.
Desta união nasceu este filho vigoroso e forte, chamado Sango.
Durante sua infância em Tapá, Sango só pensava em encrenca.
Encolerizava-se facilmente, era impaciente,
adorava dar ordens e não tolerava reclamação.
Sango só gostava de brincadeira de guerra e de briga.
Comandando os pivetes da cidade, ele ia roubar os frutos das árvores.
Crescido, seu caráter valente o levou a partir em busca de aventuras gloriosas.
Sango tinha um Oxé - machado de duas lâminas;
tinha, também, um saco de couro, pendurado no seu ombro esquerdo.
Nele encontravam-se os elementos do seu poder ou axé:
aquilo que ele engolia para cuspir fogo e amedrontar, assim, seus adversários,
e a pedra de raio com as quais ele destruía as casas de seus inimigos.
O primeiro lugar que Sango visitou chamava-se Kossô.
Aí chegando, as pessoas assustadas disseram:
"Quem é este perigoso personagem?"
"Ele é brutal e petulante demais!"
"Não o queremos entre nós!"
"Ele vai atormentar-nos!"
"Ele vai maltratar-nos!"
"Ele vai espalhar a desordem na cidade!"
"Não o queremos entre nós!"
"Mas Sango os ameaçou com seu oxé.

Sua respiração virou fogo
e ele destruiu algumas casas com suas pedras de raio.
Todo mundo de Kossô veio pedir-lhe clemência, gritando:

Kabiyei Sango, Kawo Kabiyei Sango Obá Kossô!
"Vamos todos ver e saudar Xangô, Rei de Kossô!"

Quando Sango tornou-se rei de Kossô, ele pos-se à obra.
Contrariamente ao que as pessoas desconfiavam e temiam,
Sango fazia as coisas com alma e dignidade.
Ele realizava trabalhos úteis à comunidade.
Mas esta vida calma não convinha a Sango.
Ele adorava as viagens e as aventuras.
Assim, partiu novamente e chegou à cidade de Irê, onde morava Ogum.
Ogum o terrível guerreiro,
Ogum o poderoso ferreiro.
Ogum estava casado com Iansã, senhora dos ventos e das tempestades.
Ela ajudava Ogum em suas atividades.
Toda manhã, Iansã o acompanhava à forja
e o ajudava, carregando suas ferramentas.
Era ela, ainda, que acionava os sopradores para atiçar o fogo.
O vento soprava e fazia: fuku, fuku, fuku.
E Ogum batia sobre a bigorna: beng, beng, beng...
Sango gostava de sentar-se ao lado da forja para ver Ogum trabalhar.
Vez por outra, ele olhava para Iansã.
Iansã, também, espiava furtivamente Sango.
Sango era vaidoso e cuidava muito da sua aparência,
a ponto de trançar seus cabelos como os de uma mulher.
Ele fizera furos nos lobos de suas orelhas, onde pendurava argolas.
Usava braceletes e colares de contas vermelhas e brancas.
Que elegância!
Muito impressionada pela distinção e pelo brilho de Sango,
Iansã fugiu com ele e tornou-se sua primeira mulher.
Sango voltou por pouco tempo a Kossô,
seguindo depois, com seus súditos, para o reino de Oyó,
o reino fundado, antigamente, por seu pai Oranian.
O trono estava ocupado por um meio-irmão de Sango, mais velho que ele,
chamado Dadá-Ajaká - rei pacífico, que amava a beleza e a arte.
Sango instalou-se em Oyó, num novo bairro que chamou de Kossô.
E conservou, assim, seu título de Obá Kossô - "Rei de Kossô".
Sango guerreava para seu irmão Dadá.
O reino de Oyó expandia-se para os quatro cantos do mundo.
Ele se estendeu para o Norte.
Ele se estendeu para o Sul.
Ele se estendeu para o Leste e ele se estendeu para o Oeste.
Sango, então, destronou seu irmão Dadá-Ajaká e fez-se Rei em seu lugar.


"Viva o Rei Sango, dono do palácio de Oyó e Senhor do Mundo!"

Sango construiu um palácio de cem colunas de bronze.
Ele tinha um exército de cem mil cavaleiros.
Vivia entre suas mulheres e seus filhos.
Iansã, sua primeira mulher, era bonita e ciumenta.
Osun, sua segunda mulher, era coquete e dengosa.
Obá, sua terceira mulher, era robusta e trabalhadora.
Sete anos mais tarde, foi o fim do seu reino:
Sango, acompanhado de Iansã, subira à colina Igbeti,
cuja vista dominava seu palácio de cem colunas de bronze.
Ele queria experimentar uma nova fórmula que inventara para lançar raios.

Baoummm!!!

A fórmula era tão boa que destruiu todo o seu palácio!
Adeus mulheres, crianças, servos, riquezas, cavalos, bois e carneiros.
Tudo havia desaparecido fulminado, espalhado e reduzido a cinzas.
Sango, desesperado, seguido apenas de Iansã, voltou para Tapá.
Entretanto, chegando a Kossô, seu coração não suportou tanta tristeza.
Sango bateu violentamente com os pés no chão e afundou-se terra adentro.
Iansã, solidária, fez o mesmo em Irá.
Osun e Obá transformaram-se em rios
e todos tornaram-se orixás.

Oriki

Sángiri-làgiri, 
Que racha e lasca paredes
Olàgiri-kàkààkà-kí Igba Edun Bò 
Ele deixou a parede bem rachada e pôs ali duzentas pedras de raio
O Jajú Mó Ni Kó Tó Pa Ni Je 
Ele olha assustadoramente para as pessoas antes de castigá-las
Ó Ké Kàrà, Ké Kòró 
Ele fala com todo o corpo
S' Olórò Dí Jínjìnnì 
Ele faz com que a pessoa poderosa fique com medo
Eléyinjú Iná 
Seus olhos são vermelhos como brasas
Abá Won Jà Mà Jèbi 
Aquele que briga com as pessoas sem ser condenado porque nunca brigak injustamente
Iwo Ní Mo Sá Di O 
É em ti que busco meu refúgio.
Sango Ona Mogba
Bi E Tu Bá Wó Ile 
Se um antílope entrar na casa
Jejene Ni Mú Ewure 
A cabra sentirá medo.
Bi Sango Bá Wó Ile 
Se Sango entra na casa
Jejene Ni Mú Osa Gbogbo 
Todos os Orisa sentirão medo.


Kabiyesi Obá mi Sàngó.
(Eu lhe saúdo meu rei Xangô)
Erikú elemele, oko Oyá 
(Divindade imortal, esposo de Oyá)
Ogírí ekun olojú iná
(Leopardo dos olhos de fogo)
Okunrin alagbara inu afefe
(Homem poderoso que vive dentro do furacão)
Okunrin ege, onilé olá, elerin ojobo
(Homem sensual, dono da casa da fortuna, famoso por seu bom humor)
Orisá warawere bi ategun
(Orixá ágil como o vento)
Otá opurò
(Inimigo dos mentirosos)
Iwo ni mo sá di ò!
(Em tí busco o meu refúgio)



 ÀDÚRÀ TI SÒNGÓ

Oba ìrú l’òkó
O Rei lançou uma pedra.
Oba ìrú l’òkó
O Rei lançou uma pedra.
Yámasé kun kò  wà ira òje
Iyámasse cavou ao pé de uma grande árvore e encontrou
(Aganju/Ogodo/Afonjá) ko  má  nje  lekan
(Aganju/Ogodo/Afonjá) vai brilhar, então , mais uma vez como trovão
Árá   l´okò  láàyá
Lançou uma pedra com força (coragem)
Tobi fori òrìsà
O Grande Orixá do orum (terra dos ancestrais) vigia.
Oba sorun alá alàgba òje
Rei que conversa no céu e que possui a honra dos Òje
Oba sorun alá alàgba òje
Rei que conversa no céu e que possui a honra dos Òje.
Ó níìka,  ó Níìka 
Ele é cruel, ele é cruel(o trovão ).
Áwè  jè  atètú 
Eu jejuo para o punidor.Badé,  badé  ìyá Tèmi 
Badé, badé, meu espírito sofreÓ  níìka,  ó  níìka  árá  ìn  álàde  o 
Ele é cruel, o trovão é cruel sim. O dono da coroa é cruel.
Ó  níìka  àwe  jé  atètu
Ele é cruel, ele é cruel(o trovão )Eu jejuo para o punidor.
Aira  ma  sá  re  awo,  ariwo,  ale  odó 
Airá(o trovão), verdadeiramente voa e cai ruidosamente.
Ma  sè 
Forte como um pilão, como um tambor ( barulho ).
Aira  ma  sá  re  awo,  ariwo,  ale  odó
Airá(o trovão), verdadeiramente voa e cai ruidosamente.
Ma  sè  
Forte como um pilão, como um tambor ( barulho ).
Yèyé,  kèrè-kèrè  lo  ni  joko  ayagba 
O pássaro vagarosamente senta e chora para as grandes mães.
Ale  odó  ma  sè 
Forte como um pilão, como um tambor ( barulho ).


Roda de Xangô


Ó níìka, ó Níìka Ele é cruel, ele é cruel(o trovão ).
Áwè jè atètú Eu jejuo para o punidor.
Badé, badé ìyá Tèmi Badé, badé, meu espírito sofre
Ó níìka, ó níìka árá ìn álàde o Ele é cruel, o trovão é cruel sim. O dono da coroa é cruel.
Ó níìka àwe jé atètu Ele é cruel, ele é cruel(o trovão )Eu jejuo para o punidor.
Aira ma sá re awo, ariwo, ale odó Airá(o trovão), verdadeiramente voa e cai ruidosamente.
Ma sè Forte como um pilão, como um tambor ( barulho ).
Aira ma sá re awo, ariwo, ale odó Airá(o trovão), verdadeiramente voa e cai ruidosamente.
Ma sè Forte como um pilão, como um tambor ( barulho ).
Yèyé, kèrè-kèrè lo ni joko ayagba O pássaro vagarosamente senta e chora para as grandes mães.
Ale odó ma sè Forte como um pilão, como um tambor ( barulho ).

Oba ìrú l´òkò O Rei lançou uma pedra.
Oba ìrú l´òkò O Rei lançou uma pedra.
Ìyámasse kò wà Iyámasse cavou ao pé de uma grande
Ìrà oje árvore e encontrou.
Aganju ko má nje lekan Aganju vai brilhar, então , mais uma vez como trovão.
Árá l´okò láàyá Lançou uma pedra com força (coragem)
Tóbi òrìsà, O Grande Orixá do orum (terra dos ancestrais) vigia.
Oba só òrun O Rei dos trovões, está no pé
Árá oba oje de uma grande árvore ( pedra de raio )


Béè ni je a! pá bo Sim, comer(amalá)dentro(de uma gamela) com satisfação, de uma só vez, adorando.
Je bí o o ni a! pá bo Comer, nascer dele, dentro(de uma gamela)com satisfação, de uma só vez, adorando.

E ni pá léèrín àdá bá lài Cortado muitas vezes(o quiabo),sempre com cutelo, dentro da gamela

Ìmó wá mònà mòwé Procurar conhecimento,
Kó je nà mímò àsé certamente torna inteligente.
Kó je nà mímò àsé A comida (amalá) faz adquirir
Kó je nà mímò àsé e aumenta o conhecimento do Axé.

Àwa dúpé ó oba dodé Nós agradecemos a presença do Rei que chegou.
A dúpé ó oba dodé Nós agradecemos a presença do Rei que chegou.

A dupé ni mòn oba e kú alé
A dupé ni mòn oba e kú alé Nós agradecemos por conhecer o Rei, boa noite a vossa majestade.
Ó wá , wá nilè Ele veio, está na terra.
A dupé ni mòn oba e kú alé

Fé lè fé lè Ele quer poder…ele quer poder ( vir )
Yemonja wé okun Iemanjá banha (lava) com água do mar
Yemonja wé okun Dê-nos licença para vermos através dos
Àgó firè mòn seus olhos e conhecer-mos…
Àgó firè mòn Dê-nos licença…
Ajaká igba ru , igba ru Ajaká traz na cabeça, traz na cabeça ( água do mar )
Ó wá e Então estas de volta.

Sàngbá sàngbá Ele executou feitos maravilhosos, feitos maravilhosos.
Didè ó ní Ígbòdo Pairou sobre Igbodo,
Ode ni mó os caçadores
Syìí ní, òní ó sabem disto.

Òní Dàda , àgò lá rí Senhor Dadá, permita-nos vê-lo !!
Òní Dàda , àgò lá rí Senhor Dadá, permita-nos vê-lo !!

Dàda má sokun mò
Dàda má sokun mò Dadá não chore mais.
Ò feere ó ní feere É franco tolerante,
Ó bgé l´orun ele vive no orun,
Bàbá kíní l´onòn da rí é o pai que olha por nós nos caminhos.

Báyànni gìdigìdi , Báyànni olà
Báyànni gidigidi , Báyànni olà Baiani ( Ajaká ) é forte como um animal e muito , muito rico.
Báyànni adé , Báyànni òwò A coroa de Baiani é honrosa e muito rica.
Báyànni adé , Báyànni òwò
Fura ti ´ná, Fura ti ´ná e , Fura ti ´ná, Desconfie do fogo, desconfie do fogo.
Àrá lò si sá jó O raio é a certeza de que ele queimará.
Fura ti ´ná, Fura ti ´ná e , Fura ti ´ná, Desconfie do fogo, desconfie do fogo.
Àrá lò si sá jó O raio é a certeza de que ele queimará.

O cântico chama a atenção para que os descuidados, não tenham a devida cautela e respeito com o fogo.
Este elemento, fundamental na vida do homem, pode lhe proporcionar conforto, mas quando sem controle, pode significar a morte. O raio é a certeza de que ele queimará, pois seu direcionamento é incerto.

Ìbà òrìsà
Ìbà Onílè Abenção dos orixás,
Onílè mo júbà o Abenção do Senhor da terra,
Ìbà òrìsà , Ìbà Onílè Ao Senhor da terra (Onilê)
Onílè mo júbà o minhas saudações.

O cântico saúda Onilê o “Senhor da terra”, nas cerimônias dedicadas aXangô, oferendas são destinadas á terra, para que este orixá permita sobre seu templo, “A Terra” ser acesa a fogueira de Xangô.

Òràn in a lóòde o Sim, a circunstância o colocou de fora.
Bara enì já, ènia rò ko O mausoléu real quebrou ( não foi usado )
Oba nù Ko´so nù rè lé o O homem não se pendurou.
Bara enì já, ènia rò ko O rei sumiu, não se enforcou, sumiu no chão e reapareceu.
Ó níìka wòn bò lórun kéréjé O mausoléu real quebrou ( não foi usado )
Ó níìka wòn bò lórun O homem não se pendurou.
Kéréjé àgùtòn Ele é cruel, olhou, retornou para o rum,
Ìtenú pàdé wá lóna deu um grito enganando ( seus inimigos ).
Í níìka si relé O carneiro mansamente procura e encontra o caminho
Ibo si òràn in a lóòde o Ele é cruel contra os que humilham.
Bara enì já, ènia rò ko A consulta ao oráculo foi negativa.
Oní máa, ni wó èjé O verdadeiro senhor é contra juras ( falsas ) .
Bara enì já, ènia rò ko Sim, a circunstância o colocou de fora. O homem não se pendurou.

Oba sérée la fèhinti Incline-se o rei do xere salvou-se
Oba sérée la fèhinti Incline-se o rei do xere salvou-se
Oba ni wá ìyé bè l´órun Suplique ao rei que existe e vive no orum.
Oba sérée la fèhinti Incline-se o rei do xere salvou-se

Eye kékéré O pequeno pássaro na cabeça, é da esquerda,
Adó Òsi arálé é parente da mãe do rio , mase.
Ìyá l´odó mase
Eye ko kéré lánú Apanhou com gentileza, o pequeno e sofrido pássaro
Soko ìyágba l´odò mase a grande mãe do rio , mase.

A níwà wúre Nós temos a existência e a boa sorte.
A wúre níwà Nós temos a boa sorte e a existência
A níwà wúre Nós temos a existência e a boa sorte.
A wúre níwà Nós temos a boa sorte e a existência
Oba lùgbé obaladó O rei afugentou ( os maus feitores ) o rei do pilão.
Obaladó rí sò O rei do pilão olha e arremessa ( os raios )
Obaladó O rei do pilão.
Olówó Abastado Senhor, aquele que definitivamente
Kó mà bò , mà bò dá proteção, dá proteção.
Kó mà bò Aquele que definitivamente dá proteção.
Olówó Abastado Senhor, aquele que definitivamente
Kó mà bò , mà bò dá proteção, dá proteção.
Aláààfín òrìsà Senhor do palácio e orixá.

Omo àsìkó Bèrè Os filhos , com o tempo, iniciaram o ( culto do )
Èkó inón, Èkó inón fogo de Ékó ( lagos ), o culto do fogo de Ékó.
Omo àsìkó Bèrè Os filhos , com o tempo, iniciaram o ( culto do )
Èkó inón, Lóòde roko fogo de Ékó, ao redor das plantações.
Omo àsìkó Bèrè Os filhos , com o tempo, iniciaram o ( culto do )
Èkó inón, Èkó inón fogo de Ékó ( lagos ), o culto do fogo de Ékó.
Omo àsìkó Bèrè Os filhos , com o tempo, iniciaram o ( culto do )
Èkó inón, fogo de Ékó,
Èrù njéjé com medo extremo.

Àgó l´óna e Licença no caminho.
Dìde máa dáago Levantem-se, eles estão chegando na hora
Àgo àgo l´óna prevista ( de costume )
E dìde máa yo Levantem-se com alegria habitual
Kórò wà nise o Que o ritual teve trabalho.

Oba ní sà rè lóòkè odó Ele é o rei que pode despedaçá-lo sobre o pilão;
Ó bé rí omon Aquele que cumprimenta como um guerreiro os filhos,
Oba ní sà rè lóòkè odó Ele é o Rei que pode despedaçá-lo sobre o pilão.
Oba kòso ayò O Rei de kosó com alegria.

Máà inón inón
Máà inón wa inón inón Não mande fogo, não mande fogo sobre nós,
Oba Kòso vos pedimos em vosso templo, não mande fogo;
Olóko so aráaye o lavrador pede pela humanidade,
Máà inón inón não mande fogo,
Oba Kòso aráaye rei de Kosó que governa a humanidade
Máà inón inón não mande sefogo,
Oba Kòso aráaye rei de Kosó que governa a humanidade

Aláàkòso e mo júbà O Senhor de Kosó, a vós meus respeitos,
Á ló si oba ènyin nós iremos a vós,
Oba tan jé ló síbè rei a quem iremos
Ló si oba ènyin contar tudo.

A sìn e doba àra Nós vos cultuamos, rei dos raios, que
Àra yìí ló síbè ènyin estes raios vão para (lá)longe de nós.
A sìn e doba àra Nós vos cultuamos, rei dos raios, que
Àra yìí ló síbè ènyin estes raios vão para (lá)longe de nós.

Gbáà yìí l’àse onílá lòkè, baàyònnì Ele possui um axé enorme
Gbáà yìí l’àse senhor da riqueza.
Gbáà yìí l’àse onílá lòkè, baàyònnì Que governa acima das coroas.
Gbáà yìí l’àse

Sàngó e pa bi àrá aáyé aáyé Xangô mata com o raio sobre a terra.
Sàngó e pa bi àrá aáyé aáyé Xangô mata arremessando raios sobre a terra.

Fírí ínón fírí ínón Ele lança rapidamente o fogo, lança rapidamente o fogo
Fírí ínón bàiyìnjó rapidamente o fogo o fogo às vezes fraco(poucas luz)
Máà ínón, máà ínón Não nos mande fogo, não nos mande fogo
Fírí ínón bàiyìnjó Ele lança o fogo às vezes fraco.

Barú de sobo ada Barú faz emboscada em Sobô de facão.
se ké èré, se ké èré Faz gritar e é vitorioso.
de sobo ada

Àjàká máa bè ká wòóo Ajaká não implora nem mesmo ao poderoso Xangô.
Àjàká máa bè ká wòóo Ajaká não implora nem mesmo ao poderoso Xangô.
A e bàbá àjàká máa bè ká wòóo Nosso pai Ajaká
Àjàká máa bè ká wòóo não implora nem mesmo ao poderoso Xangô.
Àjàká máa bè ká wòóo

Àjàká òké Òrìsá O orixá do monte Ájàká.
Àjàká òké Òrìsá O orixá do monte Ájàká.

Ò be ri ó, ní Dàda sókun, Ele existe, eu vi, e é Dada quem chora
Àwa ri ó ó ní Dada sókun. Ele existe, eu vi, e é Dada quem chora

Aé aé ó gbè lê mònsó ojú omon Aê aê ele reconhece pelo olhar seus filhos.
Aé aé ó gbè lê mònsó ojú omon Aê aê ele reconhece pelo olhar seus filhos.
Oba olórí légé ó ni yé oba olórí Chefe dos Reis, fino e agradável
Ilú Àfonjá dé ó, aé aé bé, ri ó Chefe da terra, ele é Àfonjá que chega aê aê
aé aé bé, ri ó aé aé bé, ri ó Ele existe, eu o vi, aê aê ele existe, eu o vi,
Ò bé, ri ó ( ikú kójáàdé-ó kótà èrú) eu o vi, (ele levou a morte para fora – ele vende os medrosos)

Agonjú Órìsá awo Ògbóni Aganjú orixá do culto Ògbóni
Agonjú Órìsá awo Ògbóni Aganjú orixá do culto Ògbóni
Àwúre, Sàngò àwúre Nos dê boa sorte, Xangô, nos dê Boa sorte.
Ògbóni, Ògbóni, Ògbóni Ògbóni, Ògbóni, Ògbóni
Àwúre, Sàngò àwúre Nos dê boa sorte, Xangô, nos dê Boa sorte.

Káwòóo, Káwòóo Sàngò Dàhòmì Vossa Alteza Real,
Káwòóo Ka biyè si e Sua Real Majestade !!
Sàngò Dàhòmì Poderoso Xangô! Proteja-nos das guerras do Dàhòmi.

Oba sérée òwa fé yìí sìn É para o rei que tocamos o xere, e é a este rei que queremos cultuar
Oba sérée òwa fé yìí sìn É para o rei que tocamos o xere, e é a este rei que queremos cultuar
Oba àwa òjòó oro ní oba Nosso rei da tempestade, ele é o rei
Oba sérée oba fé yìí sìn É para o rei que tocamos o xere, e é a este rei que queremos cultuar

Kíní ba, kíní ba, àrá won pè Poderoso Senhor que racha o pilão e oculta-se
Kíní ba, o sérée alado àwúre. Que impõe os raios e os chama de volta, abençoe-nos.
Obaladô é um dos títulos de Xangô significando “o rei que racha o pilão”

Àwúre lê, Àwúre lé kólé Abençoe-nos e traga boa sorte à nossa casa, que ela não seja roubada.
Àwúre lê, Àwúre lé kólé Abençoe-nos e traga boa sorte à nossa casa, que ela não seja roubada.
Àwa bo nyin maá ri àwa jalè Nós que o cultuamos, jamais veremos nossa casa roubada.
Àwúre lê, Àwúre lé kólé Abençoe-nos e traga boa sorte à nossa casa, e que não venham ladrões.

Ó fì làbà, làbà…. Ò fì làbà Ele usa bolsa de couro…
Ó fì làbà, làbà…. Ò fì làbà Ele usa bolsa de couro.

Ó jìgòn àwa lé npé ó jìgòn nlá Ele é imenso, o maior de nossa casa, ele é gigantesco
Jìgòn àwa lé npé ó jìgòn nlá Em nossa casa o chamamos de o maior entre os gigantes.

E kí Yemonjá ago, Tapa Tapa Cumprimentemos Iemanjá pedindo licença a nação Tapa.
E kí Yemonjá ago, Tapa Tapa Cumprimentemos Iemanjá pedindo licença a nação Tapa.

Oba sà rewà ele mi jéé jéé Rei que ama o belo, senhor que me conduz serenamente
Kù tù kù tù awo dé rè sé antes do culto chega com o seu oxê
Oba sà rewà O rei que ama o belo

Sòngó tó rí olá È imensa, é imensa a riqueza que eu vi
Tó e tó rí olá tó Xangô, é imensa a riqueza que eu vi
Sòngó tó rí olá
Tó e tó rí olá to

Ofó de Xangô:

Arirá
Bambi
Olu Oió
Atobajayê o

Tradução

O rápido relâmpado
O renascido
Senhor de Oió
Aquele que é suficiente para sustentar o universo.


Ò dábò!

JOGO DE BÚZIOS;
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Babalorixa Ricardo de Laalu.
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Danças do Candomblé!

O candomblé é uma religião afro-brasileira que cultua os orixás, divindades da natureza. A dança é uma forma de expressão e devoção aos ori...