quarta-feira, 14 de novembro de 2012

ODUS


Diz-se que nos primórdios dos tempos não existia separação entre o céu e a terra (Orum / Aiyé) e que havia uma convivência intima entre os Orixás e os seres humanos, todos podiam ir ao Orum e voltar quando desejassem, porem um certo dia o homem desonrou seu compromisso com o Olodunmare e assim o mesmo dividiu o céu e a terra o privilegio da livre comunicação desapareceu e em troca ficaram as diferentes formas Oraculares estabelecidas e legadas por Orunmila.


Odús (signos de Ifá)são presságios, destinos, predestinação. Os odús são inteligências  que participaram da criação do universo; cada pessoa traz um odú de origem e cada orixá é governado por um ou mais odús. Cada odú possui um nome e características próprias e dividem-se em "caminhos" denominados "ese" onde está atado a um sem-número de mitos conhecidos como itàn Ifá. Existem dezesseis Odu maiores no "Odù Ifá literary corpus" ('livros'). Quando combinados, existem um total de 256 Odus acreditando referir-se todas as situações, circunstâncias, ações e conseqüências na vida. Estes constituem a base do conhecimento tradicional yoruba espiritual e são a base de todos os sistemas de adivinhação yoruba. Onde (I) é uma conta ímpar ou um resultado de "cabeça", e (II) é uma conta par ou até mesmo um resultado "enfraquecido", os dezesseis padrões básicos e seus nomes yoruba figuram na barra lateral (observe esta é apenas uma forma de ordená-los, isso muda dependendo da área na Nigéria, ou da diáspora. Uma outra forma utilizada em Ibadan, e Cuba é: Ejiogbe, Oyekun meji, Iwori Meji, Idi Meji, Irosun Meji, Oworin Meji, Obara Meji, Okanran Meji, Ogunda Meji, Osa Meji, Ika Meji, Oturupon Meji, Otura Meji, Irete Meji, Oshe Meji, Ofun Meji. Heepa Odu! Isto é importante notar como ele muda o desfecho de certas partes da leitura).

Odu é um conceito do Culto de Ifá mas também usado no candomblé, interpretado no merindilogun, na caida de búzios. Ordem dos Odus pela sua chegada na terra e de acordo com Osetura.
1 - Ogbè 8 – Ejionilé    
2 - Òyièkú 13 – Olugbon       
3 - Ìworí 15 – Obetegunda  
4 - Odi 7 – Odi
5 - Ìrosún 4 – Ìrosún  
6 - Òwórín 11 – Òwòrín  
7 - Òbàrá 6 – Òbàrá  
8 – Òkonrán 1 –Òkònran
9 - Ògúndá 3 – Etaògúndá
10 - Òsá 9 – Òsá
11 -Iká 14 – Ìká
12 - Otúrúpòn 12  – Ejilasèbora
13 - Òtúrá 2 – Oko  ou Ejioko
14 - Ìrètè 16 – Alafia  – Ìrètè
15 - Osé 5 – Osé
16 - Òfún 10 – Òfún
A palavra odu vem da língua yoruba e significa DESTINO. Cada Homem (Ser) possui o seu destino, hora com passagem que se assemelham a de outros mas sempre com alguma particularidade. Isso é melhor compreendido com o estudo do Odu, pois odu é o destino de cada um. Para esse estudo são usadas diversas técnicas ou método,como por exemplo Cabalas, Oráculos, Merindilogun, Ifá, Ikin, ect.
O Culto de Ifá por costume é feito por homens, chamados Babalawô, diferente dos cultos realizados no Candomblé que são praticados por homens Babalorixá e muheres Iyalorixá. Nos tempos mais antigos, como até os tempos mais modernos, no continente de origem (África), quando alguém quer cuidar de seu Orixá procura um Babalorixá ou Iyalorixá, mas quando é para tratar de seu equilíbrio enquanto Ser, procura um Babalawô que o fará pelos caminhos de Odu.
A consulta através dos Odus pode ser interpretado pelo Oráculo de Ifá, com os Odu Meji (duplos destinos ou repetidos duas vezes) são em número de 16 e conhecidos como Odu Originais ou Principais.
A arte da advinhação já era praticada no antigo Egito, na Índia milenar, na Grécia, terra de Oráculos e pitonisas, no Sinai, além de muitas outras terras que foram berço de nossa civilização. Os árabes sabiam ler o destino nas areias, os chineses na folha de chá, povos nômades, como os ciganos, nos legaram a quiromancia (leitura das mãos)."
No sistema Ifá, que é o sistema de adivinhação yoruba, os 16 odus são os caminhos da vida. Cada pessoa tem o seu odu.
O sistema geomântico, usa 16 conchas, ou grãos, ou cocos, conforme a região. A forma de lançar os búzios possibilita 256 combinações ou figuras, e para cada uma delas existem versos que são decorados pelo babalawô. O sistema, hereditário, exige longo aprendizado e provas.
Os 16 Odus (Destinos) Originais ou Principais
Os 16 Odu originais ou principais, seus nomes, representação em Ifá, ordem de chegada no Àiyé (Terra) e ordem de caída para consulta ao Oráculo.
Os odús são os principais responsáveis pelos destinos dos homens e do mundo que os cerca.
Os orixás não mudam o destino da vida e sim executam suas funções dentro da natureza liberando energia para que todos possam dela se energizar e encontrar seu caminho. O odú é o caminho, a existência do destino o qual o orixá e todos os seres estão inserido.
Alguém já escutou a seguinte frase ?
-com o destino não se brinca...
-sua vida esta escrita...
-seu destino já estava escrito...
E muitas outras frases populares que refere-se a odú.
Cada pessoa pode ir de encontro ou seguir um caminho alheio ao destino estabelecido,  neste caso seu destino e sua conduta fogem as regras siderais (seguiu um caminho diferente dentro do estabelecido). Geralmente nestes casos, as mesmas tentem a sofrer decepções em sua vida em geral (amor, trabalho,família, saúde, mortes prematuras, etc) São nesses casos que a espiritualidade pode ajudar, porém tudo que é natural e de conformidade com o destino, não deve ser modificado. Nós quando nascemos, somos regidos por um Odú  que representa nosso "destino" assim como o nosso caminho.

Através de ifá, podemos averiguar o porque das situações serem adversas as de sua vontade e se a mesma está em um caminho diferente ao destinado ou escolhido.
O destino das pessoas e tudo o que existe podem ser desvendados por meio da consulta a ifá, o oráculo, que se manifesta pelo jogo. Ifá tem seu culto específico e o mais alto cargo do culto de ifá é o de Olwo, título concebidos a alguns babalaôs. Ifáé o orixá da adivinhação e para tudo  deve ser consultado. Existem alguns tipos de jogo utilizado por Babalorixás e Ialorixás que não são os mesmos métodos do opelé ifá (utilizado pelos babalaôs em consulta a Ifá), como  o rosário de ifá, o jogo de búzios (meridilogun), etc.

No jogo de búzios (mais comum meridilogun) quem fala é exú, são dezesseis búzios que podem ser jogados também pelos babalorixás e yalorixás. A consulta a ifá é uma atividade exclusivamente masculina, mas as mulheres passaram a poder pegar nos búzios porque oxum fez um trato com exu, conseguindo dele permissão para jogar.
O jogo de opelé ifá baseia-se num sistema matemático, em que se estabelece 256 combinações resultantes dos 16 odús usados no jogo de búzios multiplicado por 16. Nada se faz sem que antes se consulte o oráculo, quanto mais séria a questão a ser resolvida, maior a responsabilidade da pessoa que faz o jogo.
Narram algumas lendas que ifá girou pelo mundo, deixando legados e ensinamentos a vários povos de como manter comunicação com os deuses no órun (céu), passando pelos árabes onde não foi aceito e vindo a se estabelecer definitivamente na áfrica, junto aos povos iorubás onde manteve seu legado ensinando aos sacerdotes como restabelecer a comunicação com seus antepassados. Assim ,aperfeiçoando um dos mais avançados métodos de consulta existente.
O Deus todo poderoso, criou 16 ODÙS principais, 16 destinos possíveis. Cada um deles desdobrou-se em 16, chamados OMO-ODÙ, totalizando 256 ODÙS. Os principais vão delinear situação, objetivo, virtude e defeito. Eles foram criados para dar corpo aos adjetivos bons, maus, feios, bonitos, fortes, fracos, tristes, alegres e assim por diante, influenciando no comportamento de tudo que tem vida. Cada um deles tem uma explicação definida
   OLÓÒRUN ao criar os 16 destinos possíveis, objetivou proporcionar personalidade a tudo que ele deu vida.Criou a terra, a água, o ar e o fogo, os quatro elementos da natureza. Os elementos provenientes destes quatro elementos formam as demais coisas vivas. Cada elemento principal esta ligada a quatro ODÙS, que estão assim distribuídos:
Terra: IROSUN, OBARÁ, EJI-LAXEBORÁ e IKA-ORI;
Água: EJI-OKÓ, OXÉ, OSSÁ e EJI-OLOGBON;
Ar: EJIÓNÍLE, OFUN, OGBÉ-OGUNDA e ALAFIA;
Fogo: OKANRAN, ETÁ-OGUNDÁ, ODI e OWANRIN.
     Cada ODÙ com seus objetivos criaram seus filhos, OMO-ODÙ, 16 para cada um dos 16 principais, o que resulta dizer: 16 caminhos para os 16 destinos criados. Os seres humanos são regidos por três ODÙS: ORI-ODÙ, o que rege a cabeça, OTU-ODÙ, o do lado direito e OSSI-ODÙ, o do lado esquerdo. Também sofremos influência dos ODÙS-PARIDORES, ODÙS do nascimento. São eles que vão definir nossa vida mostrando o caráter, saúde, sorte, etc…
Na cultura Yoruba ao qual deveria ser incorporado a cultura do Candomble; quando uma criança nasce ela e levada ao Babalawo da família a partir do terceiro até o oitavo dia de nascido para A Cerimônia do IKOSÈWAIYE ou ÉSÉTAIYE para que seja determinado o seu Odu de nascimento, na cerimônia IMORI, para determinar o seu Orisà,  e o seu nome espiritual através de uma cerimônia litúrgica


Pontos dos chacras:


BÀBÁLÁWO
     “Pai do Segredo” são os porta-vozes de ÒRÚNMÌLÀ, que não é Orixá. A iniciação de um Bàbáláwo não comporta a perda momentânea de consciência que acompanha as do Orixá. Não se trata de ressuscitar no inconsciente do bàbáláwo o “eu perdido”, correspondente à personalidade do ancestral divinizado. É uma iniciação totalmente intelectual. Ele terá de passar por um longo período de aprendizagem de conhecimentos precisos em que a memória, principalmente, entra em jogo. Precisa aprender uma quantidade enorme de histórias e de lendas antigas, classificadas nos duzentos e cinqüenta e seis ODÙS ou signos de IFÁ, cujo conjunto forma uma espécie de enciclopédia oral dos conhecimentos tradicionais do povo de língua YORÙBÁ.
 Odú é um termo africano do dialeto Yorubá e Fon que determina o DNA espiritual de uma pessoa ou local e situação. Tem sua origem na própria criação do mundo e muitos deles não tiveram sua origem na terra. Foi a forma técnica que os sacerdotes das tribos africanas encontraram para decodificarem os enigmas e os segredos do universo e do ambiente que os cercava.
O Jogo-de-Búzios e os Odus correspondentes a eles foi instituido por Oduduwá, que investiu um sacerdote chamado SETILU, o qual entronizou a divindade Orúnmilá ou Baba Elérin Ipin que significa "O Céu me fala" ou a Fala do Céu. Setilu então, estabeleceu as regras da leitura desse jogo que passou a se chamar IFÁ, na realidade o verdadeiro nome de Setilú. Setilu criou sacerdotes, especialistas na leitura desses jogos, a quem chamamos de Babalawô, ou seja "pai, senhor dos mistérios e segredos". E somente os babalawos fazem a leitura dos jogos. Oduduwa tendo o conhecimento do jogo de "perguntas e respostas" (Urim e Purim) dos hebreus, adaptou-o ao sistema africano e codificou-o para entregar o segredo a Setilú, tanto no sistema de "Opélé Ifá", como Ení Ifá e Fu-Fú. Estabeleceu-se imediatamente os dois tipos de leituras que seriam passados às gerações futuras com o nome de Ifá Igbá Ilá e Ifá Obé Keruáti.
Como de divide um Odú ?
O Odú se divide em duas partes: Pupa (vermelho) e Funfun (branco) – Ou ainda em positivo ou negativo. Ambos, Pupa e Funfun se alternam no posicionamento, invertendo suas posições. Isto significa que o Odú que hoje está Pupa, amanhã ou na semana que vem poderá estar Funfun.
Como responde um Odú ?
O Odú responde através do Opele-Ifa consultado por um Babalawo ou pelo Jogo-de-Búzios (16 búzios) mediante suas caidas.
A Técnica e desmembramentos dos Odús
O conhecimento do Odú é extremamente técnico e demanda conhecimentos profundos de cálculos, dotações psíquicas, vivência e uma boa escola iniciática. 
Como se propicia um Odú ?
Propicia-se um Odú fazendo-lhe oferendas diversas que variam do conhecimento de cada sacerdote ou especialista. Nunca se despacha um Odú – mesmo ele sendo negativo.

Dados e Origens técnicas do Odús
Sendo o Odú uma espécie de inteligência natural (terrena e extra-terrastre), e as vezes artificial, porém inteligência, possui uma gama de informações e poderes muitas vezes capazes de provocar fenômenos que alteram relevos locais e conseqüentemente a vida de cada habitante deste mesmo local. Em conseqüência os Odus pessoais são alterados e têm que ser tratados ou propiciados. Desta forma passamos a descrever os meandros e os chamados “Segredos dos Odus”.
Os Odus estão ligados à álgebra linear e espaços vetoriais. Os Odus estão ligados à dimensões tais como R1 – Linha Reta, R2 – Linha Plana, R3 – Dimensão de Volume, ou seja visão humana e R4 Quarta Dimensão ou quarto espaço ou seja, aquela que a visão humana não alcança, mas a matemática confirma a sua existência, seguindo-se R5 até o infinito. Odú é matemática exata.
Como os Odus transitam preferencialmente nas faixas do ultravioleta e do infravermelho, os comprimentos dessas ondas de luz tornam suas formas ou figuras perceptíveis a visão animal. O comprimento de ondas de luz estabelece-se entre o visível, o ultravioleta e infravermelho.
A tese da existência evidente dos Odus prende-se aos fatores do Percebível, do Visível e do Invisível, tornando a Teoria da Interação Inter-Elementar, incontestável e possível. Daí que, se a física quântica prevê que no ESPAÇO inexiste o fator tempo vez que o ontem e o amanhã estão aqui, no agora.

O Odú portanto, é formado por substâncias químicas como água, carbonatos, nitratos, sulfatos, compostos de carbono e amido. Aliás o amido é uma substância química constantemente usado nas oferendas (ebós), aos Odus nos candomblés brasileiros nas formas do milho branco (acaçá), e milho vermelho (axóxó), a água está presente em quase todas as oferendas aos Odus, o potássio, na banana (Obé-jokô), o carbonato que é o cálcio no leite (mungunzá) e outros.
Assim, os elementos químicos geradores de substâncias como nitrogênio, hidrogênio, oxigênio, carbono, sódio, cálcio, ferro e zinco, estão presentes na ritualística dos Odus e no dia-a-dia da prática das casas de orixás. Portanto, longe de serem fantasias criadas por seus praticantes, o ritual dos Odus é um conhecimento técnico de química e física quântica que precede em muito a existência de Isaac Newton. Portanto, válido!
Esta técnica do conhecimento do jogo de Odús propicia o conhecimento e nos prova que existe a interligação entre os Odús (caminhos de Odú) os quais promovem uma mutação gerando outros elementos, “sub-odús” e mesmo Odús. Assim como no decaimento radioativo, o urânio decai para tório e com o decaimento do césio libera-se prótons, nêutrons ou seja ENERGIA pura concentrada, o “caminho de Odú” transita da mesma forma liberando Energia pura concentrada.

E por assim ser, concentrada, as oferendas de Odús são pequenas sem qualquer suntuosidade ou luxo, porém densas de energia, pois a densidade é igual à massa sobre o volume, ou seja, a densidade é inversamente proporcional ao volume. Quanto maior o volume, menor será a densidade e vice-versa. Quanto a isto ouvimos de uma sacerdotisa Ijexá (na Nigéria) a seguinte explicação:
 Odú jé Oluabi tabi Oluikú! – (Odú é O Senhor da Vida ou O Senhor da Morte).

Ireoo!!


Ò dábò!

JOGO DE BÚZIOS;
LIGUE AGORA E AGENDE UMA CONSULTA!!
sigilo absoluto!!
Babalorixa Ricardo de Laalu.
F: 05511-96787.9019 - Whattsapp

Danças do Candomblé!

O candomblé é uma religião afro-brasileira que cultua os orixás, divindades da natureza. A dança é uma forma de expressão e devoção aos ori...