Quantas vezes você já ouviu essa pergunta e não soube como responder?
Alguns respondem que ter tantos homossexuais no Candomblé e prejudicial e outros
respondem “quem faz o Candomblé e Viado.”
Mais na verdade muito poucos sabem realmente responder essa simples
pergunta.
Para entender o porquê, temos que estudar alguns aspectos e conceitos de outras religiões e por ultimo a
visão do Candomblé quanto à sexualidade de seus adeptos.
Todas as religiões condenam o homossexualismo e lesbianismo?
Não, há muitas religiões no mundo que ao menos toleram ou não se
importam com a sexualidade, pois não dão tanta importância ao sexo como outras.
Nas religiões abraâmicas – judaísmo, cristianismo e islamismo, o homossexualismo
e lesbianismo são condenáveis.
JUDAÍSMO
”Se um homem coabitar sexualmente com um varão, cometerão ambos um ato
abominável; serão os dois punidos com a morte; o seu sangue cairá sobre
eles." – Levítico, 20:13-14
CRISTIANISMO
Na tradicional interpretação da Bíblia, os atos homossexuais são
reprovados na Sagrada Escritura, desde o Gênesis (castigo divino aos habitantes
de Sodoma, donde vem o termo "sodomita", 19, 1-11) e o Levítico (18,
22 e 20, 13) até as cartas de São Paulo ("paixões desonrosas",
"extravios", Rom 1,26-27 e também 1Coríntios 6,9 e 1Timóteo 1,10)
ISLAMISMO
"Dentre as criaturas, achais de vos acercar dos varões, deixando de
lado o que vosso Senhor criou para vós, para serem vossas esposas? Em verdade,
sois um povo depravado!" – Alcorão, "Os Poetas" (26a. sura),
165-166.
A varias religiões que como escrevi acima que ao menos toleram o homossexualismo
e lesbianismo tais como o:
Hinduísmo
Os pontos de vista dos hindus
sobre as questões LGBT são tão diversos e distintos quanto os próprios grupos
hindus.
Em grande parte a
homossexualidade é considerada como uma das possíveis expressões do desejo
humano. Apesar de alguns textos dármicos hinduístas conterem ressalvas quanto à
homossexualidade, um grande número de histórias míticas hinduístas retrata as
vivências homo-afetivas como naturais e felizes. Há até vários templos
hinduístas com figuras em baixo-relevo que retratam tanto mulheres como homens
em práticas de sexo homossexual.
Escrituras hinduístas contêm
muitos exemplos surpreendentes de diversidade tanto quanto à sexualidade como
ao gênero. Muitas das divindades são andróginas e algumas até mesmo mudam de
gênero para participarem de comportamentos homoeróticos.
Em outra história, o rei-herói
Bhagiratha, que trouxe o rio sagrado Ganges dos céus para a terra, nasceu e foi
criado milagrosamente por duas viúvas, que fizeram amor uma com a outra sob-bênção
divina.
Vários textos do século 14 em
sânscrito e bengali contam essa história, entre eles o Krittivasa Ramayana, um
texto devocional muito popular ainda hoje. Esses textos explicam que o nome de
Bhagiratha vem da palavra bhaga (vulva), porque ele nasceu de duas vulvas.
Esse comportamento não se limita
aos deuses. Em outro texto sagrado, o Kama Sutra, do século 4, o prazer é
enfatizado como o objetivo da relação sexual. Ele categoriza os homens que
desejam outros homens como uma “terceira natureza”.
O texto ainda subdivide esses
homens em tipos masculinos e femininos e descreve suas vidas e ocupações típicas
– dentre elas, vendedores de flores, massagistas e cabelereiros. Pelos padrões
modernos isso pode soar como um estereótipo, mas demonstra compreensão para os
padrões da época.
O Kama Sutra também inclui
descrições detalhadas de sexo oral entre dois homens e faz referências a uniões
duradouras entre parceiros masculinos.
Alguns grupos hinduístas de
direita, ativos tanto na Índia como nos Estados Unidos, expressam uma oposição
ferrenha à homossexualidade.
No entanto, vários professores
hinduístas modernos enfatizam que todo tipo de desejo, homossexual ou
heterossexual, são iguais, e que aspirantes devem trabalhar e transcender o
desejo.
Por exemplo, o filósofo hinduísta
Jiddu Krishnamurti afirmou que a homossexualidade, assim como a
heterossexualidade, é um fato que acontece a milhares de anos, e que apenas se
tornou um problema porque os humanos dão ênfase demais ao sexo.
Quando questionado sobre a
homossexualidade, Sri Sri Ravi Shankar, fundador do movimento internacional
Arte de Viver, afirmou: “Todos os indivíduos nascem com o masculino e o
feminino dentro de si. Às vezes um domina, às vezes o outro; isso tudo é
fluido.”
O matemático Shakuntala Devi
entrevistou Srinivasa Raghavachariar, o sacerdote-chefe do templo Srirangam, em
seu livro The World of Homosexuals (O mundo dos homossexuais), de 1977.
Raghavachariar afirmava que seus parceiros homoafetivos devem ter sido parceiros
do sexo oposto em vidas anteriores. O gênero pode mudar, dizia ele, mas a alma
retém seus vínculos; consequentemente o amor impele um na direção do outro.
“E o espírito não é masculino nem feminino”.
Fica claro, portanto, que não há
nada contra a homossexualidade ou relacionamentos homo-afetivos no hinduísmo –
os homofóbicos que dizem o contrário estão apenas usando a religião como escudo
para seus próprios preconceitos.
Siquismo
O siquismo não tem quaisquer
ensinamentos sobre a homossexualidade e o livro sagrado dos siques, o Guru
Granth Sahib, não faz menções explícitas sobre o assunto.
Apesar da escritura sagrada, o
Guru Granth Sahib, não fazer menção explícita da homossexualidade, ela
incentiva a vida de casado várias vezes. E sempre que se fala de casamento,
essa referência é feita como algo entre um homem e uma mulher.
Os siques consideram que o Guru
Granth Sahib é o guia completo para a vida e a salvação. Como resultado, alguns
siques acreditam que se o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo não é
mencionado, consequentemente ele não é correto.
O contra-argumento é que o
casamento é mencionado como uma unidade espiritual, e como a alma não tem
gênero, a homossexualidade deveria ser permitida.
Esse argumento não basta, no
entanto, para garantir os casamentos de gays e lésbicas em templos siques, os
Gurdwara Sahibs. A religião só permite que se conduza nos lugares de adoração
as cerimônias que são explicitamente permitidas.
O siquismo não odeia pessoas LGBT
nem acredita que homossexuais estão condenados a irem para o inferno. Gurbani,
os gurus siques, afirmam que Deus não possui ódio nem animosidade. "Todos somos
filhos de Deus".
Budismo
A homossexualidade é proibida no
budismo? É uma conduta sexual errada? Vamos conferir o que Gautama Buddha, o
fundador da religião, disse.
Gautama Buddha afirmou em um dos
cinco preceitos que leigos deveriam evitar condutas sexuais erradas. Ele nunca
elaborou muito sobre esse assunto, apenas disse que um homem não deveria mexer
com uma mulher que está casada ou noiva.
Sem dúvida ele disse no Vinaya,
as regras para monges e monjas, que eles devem fazer um voto de castidade, mas
não há regra do tipo para quem não é monge.
Para que o ato sexual não cause
danos ele deve ser consensual, afetuoso, amoroso e não deve violar qualquer
voto de casamento ou comprometimento. Ele também não deve ser abusivo, como por
exemplo se fazer sexo com menores ou no estupro, e nisso está incluído forçar
seu parceiro a fazer sexo.
Eu acredito, portanto, que um ato
homossexual consensual e amoroso não vai contra os ensinamentos de Buda de
nenhuma forma.
Em segundo lugar, deveríamos
prestar atenção às palavras que Buda proferiu antes de morrer.
Na época o Venerável Ananda, seu
amigo, estava chorando porque o Buda estava deixando seu corpo, e ele disse ao
Buda: “Você está partindo e eu ainda não me tornei iluminado. O que será de
mim? O que acontecerá comigo? O mundo será de trevas absolutas para mim – você
era a luz. E agora você está partindo. Tenha compaixão de nós.”
Buda abriu seus olhos e disse
“Appo deepo bhava”, o que significa “Seja sua própria luz – não siga ninguém”.
Buda pediu que seguíssemos nossa
luz interior.
Fica claro portanto que não há
nada errado com a homossexualidade se ela está dentro de nós e nós não causamos
dano a outras pessoas ou a nós mesmos.
O Dalai Lama, mesmo celibatário,
tem usado sua considerável força moral para apoiar o casamento igualitário,
condenando a homofobia e afirmando que o sexo gay e lésbico não é problema
algum desde que seja consensual.
No Candomblé.
O candomblé apresenta uma grande tolerância à
diversidade, como explicou Reginaldo Prandi, professor da USP especializado
nessa religião. “O candomblé é calcado
na diversidade, ou seja, considera que nós todos não temos a mesma origem: cada
um vem de um lugar, da terra, do trovão, do mar, etc. Cada um vem de um orixá
que comanda uma parte da natureza. A primeira base do candomblé é a
diversidade.” Essa base na diversidade dá o respaldo para que o candomblé lide
melhor com a homossexualidade.
Partindo do principio que no
Candomblé cultuamos as forças da natureza e sendo ele diversa com uma
infinidade de espécimes e características próprias de cada região, como o ecossistema
se desenvolve de acordo com a região assim é o ser humano, por mais iguais que
pareçamos somos diferentes e é essa diferença que respeitamos e ao invés de
repelir aprendemos com ela.
O individualismo e muito
respeitado e valorizado no Candomblé cada Ori (cabeça) e único e indivisível,
não a outro igual pode ter parecido mais nunca igual, e respeitamos isso, então
como não aceitar a natureza única de cada ser humano.
Como escrito no artigo acima na
cultura Yoruba o espirito e os Orixas não tem sexo, há a essência da energia que
pode ser masculina (positiva) ou feminina (negativa) , o importante na nossa
cultura é o Ofò (poder imanado da boca), o Rumbè (conhecimento) e o Iwá pele (caráter)
o sexo não é importante, ressalvo na época
dos preceitos pós ritual.
Rodney de Oxóssi, Babalorixa e Antropólogo, afirmou em um programa: “As religiões de matrizes africana,
e o candomblé em particular, têm um compromisso com a felicidade. É uma
religião em que o regozijo e a alegria estão presentes desde o momento em que
se chamam os orixás até o final do ritual, até nos rituais fúnebres.” Portanto,reprimir a própria sexualidade, algo que traz infelicidade, não faz parte
dessas crenças. “No candomblé, cada um deve ser quem é e se reconciliar consigo
mesmo, e portanto não deve esconder sua sexualidade ou identidade de gênero”,
continua. “Dentro da religião, a homossexualidade não impede que a pessoa assuma
postos altos, como o de babalorixá ou mãe-de-santo, que têm suas autoridades
reconhecidas sem qualquer ressalva.
Axé!!
Axé!!
Ò dábò!
JOGO DE BÚZIOS;
LIGUE AGORA E AGENDE UMA CONSULTA!!
sigilo absoluto!!
sigilo absoluto!!
Babalorixa Ricardo de Laalu.
F:055-11-96787.9019 - Whattsapp
Email: ricardolaalu@gmail.com
Site: https://www.pairicardodelaalu.com/
Skype: Ricardo de Laalu