segunda-feira, 11 de abril de 2016

POR QUE NO CANDOMBLÉ TEM TANTO VIADO!?

Quantas vezes você já ouviu essa pergunta e não soube como responder?
Alguns respondem que ter tantos homossexuais no Candomblé e prejudicial  e  outros respondem  “quem faz o  Candomblé e Viado.”

Mais na verdade muito poucos sabem realmente responder essa simples pergunta.
Para entender o porquê, temos que estudar alguns aspectos e  conceitos de outras religiões e por ultimo a visão do Candomblé quanto à sexualidade de seus adeptos.

Todas as religiões condenam o homossexualismo e lesbianismo?
Não, há muitas religiões no mundo que ao menos toleram ou não se importam com a sexualidade, pois não dão tanta importância ao sexo como outras.

Nas religiões abraâmicas – judaísmo, cristianismo e islamismo, o homossexualismo e lesbianismo são condenáveis.

JUDAÍSMO
”Se um homem coabitar sexualmente com um varão, cometerão ambos um ato abominável; serão os dois punidos com a morte; o seu sangue cairá sobre eles." – Levítico, 20:13-14

CRISTIANISMO
Na tradicional interpretação da Bíblia, os atos homossexuais são reprovados na Sagrada Escritura, desde o Gênesis (castigo divino aos habitantes de Sodoma, donde vem o termo "sodomita", 19, 1-11) e o Levítico (18, 22 e 20, 13) até as cartas de São Paulo ("paixões desonrosas", "extravios", Rom 1,26-27 e também 1Coríntios 6,9 e 1Timóteo 1,10)

ISLAMISMO
"Dentre as criaturas, achais de vos acercar dos varões, deixando de lado o que vosso Senhor criou para vós, para serem vossas esposas? Em verdade, sois um povo depravado!" – Alcorão, "Os Poetas" (26a. sura), 165-166.
A varias religiões que como escrevi acima que ao menos toleram o homossexualismo e lesbianismo tais como o:

Hinduísmo
Os pontos de vista dos hindus sobre as questões LGBT são tão diversos e distintos quanto os próprios grupos hindus.

Em grande parte a homossexualidade é considerada como uma das possíveis expressões do desejo humano. Apesar de alguns textos dármicos hinduístas conterem ressalvas quanto à homossexualidade, um grande número de histórias míticas hinduístas retrata as vivências homo-afetivas como naturais e felizes. Há até vários templos hinduístas com figuras em baixo-relevo que retratam tanto mulheres como homens em práticas de sexo homossexual. 
Escrituras hinduístas contêm muitos exemplos surpreendentes de diversidade tanto quanto à sexualidade como ao gênero. Muitas das divindades são andróginas e algumas até mesmo mudam de gênero para participarem de comportamentos homoeróticos.
 Por exemplo, textos medievais narram como o deus Ayyappa nasceu da relação entre os deuses Shiva e Vishnu quando esse último tomou forma feminina temporariamente.

Em outra história, o rei-herói Bhagiratha, que trouxe o rio sagrado Ganges dos céus para a terra, nasceu e foi criado milagrosamente por duas viúvas, que fizeram amor uma com a outra sob-bênção divina.

Vários textos do século 14 em sânscrito e bengali contam essa história, entre eles o Krittivasa Ramayana, um texto devocional muito popular ainda hoje. Esses textos explicam que o nome de Bhagiratha vem da palavra bhaga (vulva), porque ele nasceu de duas vulvas.

Esse comportamento não se limita aos deuses. Em outro texto sagrado, o Kama Sutra, do século 4, o prazer é enfatizado como o objetivo da relação sexual. Ele categoriza os homens que desejam outros homens como uma “terceira natureza”.

O texto ainda subdivide esses homens em tipos masculinos e femininos e descreve suas vidas e ocupações típicas – dentre elas, vendedores de flores, massagistas e cabelereiros. Pelos padrões modernos isso pode soar como um estereótipo, mas demonstra compreensão para os padrões da época. 
O Kama Sutra também inclui descrições detalhadas de sexo oral entre dois homens e faz referências a uniões duradouras entre parceiros masculinos.
Alguns grupos hinduístas de direita, ativos tanto na Índia como nos Estados Unidos, expressam uma oposição ferrenha à homossexualidade.
No entanto, vários professores hinduístas modernos enfatizam que todo tipo de desejo, homossexual ou heterossexual, são iguais, e que aspirantes devem trabalhar e transcender o desejo.

Por exemplo, o filósofo hinduísta Jiddu Krishnamurti afirmou que a homossexualidade, assim como a heterossexualidade, é um fato que acontece a milhares de anos, e que apenas se tornou um problema porque os humanos dão ênfase demais ao sexo.
Quando questionado sobre a homossexualidade, Sri Sri Ravi Shankar, fundador do movimento internacional Arte de Viver, afirmou: “Todos os indivíduos nascem com o masculino e o feminino dentro de si. Às vezes um domina, às vezes o outro; isso tudo é fluido.”

O matemático Shakuntala Devi entrevistou Srinivasa Raghavachariar, o sacerdote-chefe do templo Srirangam, em seu livro The World of Homosexuals (O mundo dos homossexuais), de 1977. Raghavachariar afirmava que seus parceiros homoafetivos devem ter sido parceiros do sexo oposto em vidas anteriores. O gênero pode mudar, dizia ele, mas a alma retém seus vínculos; consequentemente o amor impele um na direção do outro.
“E o espírito não é masculino nem feminino”.
Fica claro, portanto, que não há nada contra a homossexualidade ou relacionamentos homo-afetivos no hinduísmo – os homofóbicos que dizem o contrário estão apenas usando a religião como escudo para seus próprios preconceitos.

Siquismo 
O siquismo não tem quaisquer ensinamentos sobre a homossexualidade e o livro sagrado dos siques, o Guru Granth Sahib, não faz menções explícitas sobre o assunto.
 Opiniões sobre a homossexualidade não tendem estar entre as principais preocupações dos ensinamentos siques, já que o objetivo universal de um sique é não ter ódio ou animosidade contra qualquer pessoa, independente de raça, casta, cor, credo, gênero ou sexualidade.
Apesar da escritura sagrada, o Guru Granth Sahib, não fazer menção explícita da homossexualidade, ela incentiva a vida de casado várias vezes. E sempre que se fala de casamento, essa referência é feita como algo entre um homem e uma mulher.
Os siques consideram que o Guru Granth Sahib é o guia completo para a vida e a salvação. Como resultado, alguns siques acreditam que se o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo não é mencionado, consequentemente ele não é correto.

O contra-argumento é que o casamento é mencionado como uma unidade espiritual, e como a alma não tem gênero, a homossexualidade deveria ser permitida.
Esse argumento não basta, no entanto, para garantir os casamentos de gays e lésbicas em templos siques, os Gurdwara Sahibs. A religião só permite que se conduza nos lugares de adoração as cerimônias que são explicitamente permitidas.
O siquismo não odeia pessoas LGBT nem acredita que homossexuais estão condenados a irem para o inferno. Gurbani, os gurus siques, afirmam que Deus não possui ódio nem animosidade. "Todos somos filhos de Deus".

Budismo 
A homossexualidade é proibida no budismo? É uma conduta sexual errada? Vamos conferir o que Gautama Buddha, o fundador da religião, disse.

Gautama Buddha afirmou em um dos cinco preceitos que leigos deveriam evitar condutas sexuais erradas. Ele nunca elaborou muito sobre esse assunto, apenas disse que um homem não deveria mexer com uma mulher que está casada ou noiva.

Sem dúvida ele disse no Vinaya, as regras para monges e monjas, que eles devem fazer um voto de castidade, mas não há regra do tipo para quem não é monge.
 O Buda ensinou os cinco preceitos para nos afastar de maneiras de se causar danos para nós mesmos e para outros. Deve-se apontar aqui que esses são preceitos e não mandamentos, e que são cinco coisas das quais devemos tentar nos abster.

Para que o ato sexual não cause danos ele deve ser consensual, afetuoso, amoroso e não deve violar qualquer voto de casamento ou comprometimento. Ele também não deve ser abusivo, como por exemplo se fazer sexo com menores ou no estupro, e nisso está incluído forçar seu parceiro a fazer sexo. 
Eu acredito, portanto, que um ato homossexual consensual e amoroso não vai contra os ensinamentos de Buda de nenhuma forma.
Em segundo lugar, deveríamos prestar atenção às palavras que Buda proferiu antes de morrer.
Na época o Venerável Ananda, seu amigo, estava chorando porque o Buda estava deixando seu corpo, e ele disse ao Buda: “Você está partindo e eu ainda não me tornei iluminado. O que será de mim? O que acontecerá comigo? O mundo será de trevas absolutas para mim – você era a luz. E agora você está partindo. Tenha compaixão de nós.”
Buda abriu seus olhos e disse “Appo deepo bhava”, o que significa “Seja sua própria luz – não siga ninguém”.

Buda pediu que seguíssemos nossa luz interior.

Fica claro portanto que não há nada errado com a homossexualidade se ela está dentro de nós e nós não causamos dano a outras pessoas ou a nós mesmos.
O Dalai Lama, mesmo celibatário, tem usado sua considerável força moral para apoiar o casamento igualitário, condenando a homofobia e afirmando que o sexo gay e lésbico não é problema algum desde que seja consensual.

No Candomblé.
O candomblé apresenta uma grande tolerância à diversidade, como explicou Reginaldo Prandi, professor da USP especializado nessa religião.  “O candomblé é calcado na diversidade, ou seja, considera que nós todos não temos a mesma origem: cada um vem de um lugar, da terra, do trovão, do mar, etc. Cada um vem de um orixá que comanda uma parte da natureza. A primeira base do candomblé é a diversidade.” Essa base na diversidade dá o respaldo para que o candomblé lide melhor com a homossexualidade.
Partindo do principio que no Candomblé cultuamos as forças da natureza e sendo ele diversa com uma infinidade de espécimes e características próprias de cada região, como o ecossistema se desenvolve de acordo com a região assim é o ser humano, por mais iguais que pareçamos somos diferentes e é essa diferença que respeitamos e ao invés de repelir aprendemos com ela. 
O individualismo e muito respeitado e valorizado no Candomblé cada Ori (cabeça) e único e indivisível, não a outro igual pode ter parecido mais nunca igual, e respeitamos isso, então como não aceitar a natureza única de cada ser humano.
Como escrito no artigo acima na cultura Yoruba o espirito e os Orixas  não tem sexo, há a essência da energia que pode ser masculina (positiva) ou feminina (negativa) , o importante na nossa cultura é o Ofò (poder imanado da boca), o Rumbè (conhecimento) e o Iwá pele (caráter) o sexo não é importante, ressalvo  na época dos preceitos pós ritual.

 Rodney de Oxóssi, Babalorixa e Antropólogo, afirmou em um  programa: “As religiões de matrizes africana, e o candomblé em particular, têm um compromisso com a felicidade. É uma religião em que o regozijo e a alegria estão presentes desde o momento em que se chamam os orixás até o final do ritual, até nos rituais fúnebres.” Portanto,reprimir a própria sexualidade, algo que traz infelicidade, não faz parte dessas crenças. “No candomblé, cada um deve ser quem é e se reconciliar consigo mesmo, e portanto não deve esconder sua sexualidade ou identidade de gênero”, continua. “Dentro da religião, a homossexualidade não impede que a pessoa assuma postos altos, como o de babalorixá ou mãe-de-santo, que têm suas autoridades reconhecidas sem qualquer ressalva.

Axé!!
Ò dábò!

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Babalorixa Ricardo de Laalu.
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Danças do Candomblé!

O candomblé é uma religião afro-brasileira que cultua os orixás, divindades da natureza. A dança é uma forma de expressão e devoção aos ori...