Conhecer a si mesmo: pressuposto básico para a realização
pessoal em todos os níveis. Desde sua origem, o ser humano anseia pelo encontro
com o Infinito. Essa busca incansável frequentemente provoca verdadeiras
batalhas que são travadas no interior do indivíduo, acompanhadas por
sentimentos de angústia, ansiedade, inconformismo ou até mesmo de desespero
face ao desconhecido ou ao irremediável: as fatalidades e incertezas do
amanhã, ciclo da vida, a morte.
Uma pessoa com mediunidade tem nisso um peso ancestral, nós
somos a soma da consciência dos nossos ancestrais, carregamos no nosso DNA a
memoria ancestral, e com isso a suas heranças, dividas, sofrimento, alegria e
sabedoria e até mesmo suas personalidades, o que defende está tese e o fato de
sermos parecidos com nossos pais e avós e eles foram parecidos com seu pais e
avós ou seja nós somos parecidos com nossos longínquos ancestrais os Orixas.
Esta ancestralidade e carregada de responsabilidades,
contigo e com os seus, tudo o que você faz será herdado por seus descendentes
indubitavelmente.
A mediunidade e
escolhida por algumas pessoas no Orum antes de reencarnar, para poder
pagar suas dividas karmicas e alcançar um nível maior de evolução através de
aprendizados, autoconhecimento, o sacerdócio e ajudando outras pessoas a também
evoluírem, pois estamos todos interligados, ou seja, apenas com uma sociedade
evoluindo é que também evoluímos.
A iniciação do Orisa se faz necessária pelo fato que
sozinhos somos fracos e indefesos as forças maléficas e á pessoas de má índole,
então ao iniciarmos no Orisa passamos a nos conectarmos com nossos ancestrais e
suas energias, assim ficamos bem mais fortes espiritualmente e passamos a
contar com a proteção, ajuda e ensinamentos daquele Orisa.
Quando uma pessoa assume no Orun a missão mediúnica e a de
cumprir seu Karma mais ao reencarnar não a cumpre por diversos motivos ela se
torna vulnerável e suscetível a energias negativas que irão tirá-la do seu
destino lhe causando sofrimento, doenças, dissabores amorosos, infertilidade,
maus negócios, solidão, ou seja, todo tipo de malefícios.
Nós do Candomblé não acreditamos no sofrimento e na caridade
como forma de evolução espiritual, pois não somos criados para sofrer e sim
aprender e evoluir são conceitos diferentes, o sofrimento e causado ou por
algum erro que você cometeu, ou por alguma divida com ancestrais, ou por forças
externas (feitiço ou espíritos obsessor) nunca impostas por seu Orisa, ou seu
Ori ou Olodumaré.
Todo o processo de Iniciação se destina à criação de ambiente
propício a tão sonhada evolução e encontro as respostas. A história da
humanidade espelha essa incansável busca de respostas aos enigmas da vida: Quem
sou eu? De onde venho? Para onde vou? A felicidade é perseguida por todos,
sendo muitas vezes um desejo alimentado pela incerteza. E o ser humano continua
a colocar a própria felicidade longe de si mesmo, em circunstâncias exteriores:
dinheiro, posição, poder, fama, ou na dependência de outras pessoas: “Se ele –
ou ela – me amar, serei feliz”. Há milhares de anos, o nativo do continente
africano já tinha os mesmos anseios: conhecer o seu Deus, os mistérios do
Universo, a origem da Vida. Olodumarê (o Criador), em sua Graça e Poder
infinitos, permitiu-lhes conhecer a sabedoria do IFA (a revelação): a Criação do
Universo e dos seres humanos, os princípios que regulam as relações entre Ilú
Aiyé (a Terra) o Orún (mundo espiritual) e o conhecimento dos Orixás,
divindades intermediárias entre Deus (Olodumarê) e os homens.
Desenvolveram-se rituais iniciáticos para os mistérios dos
Orixás, como forma de realizar o sagrado em si mesmo, ou seja, permitir que o
Deus Interior, na figura de um ancestral divino, desperte em cada indivíduo e
estabeleça a ponte com o Cosmos, tão necessária à realização pessoal,
tornando-o assim capaz de fazer escolhas mais acertadas e consequentes em
relação à vida e aos semelhantes, na construção da própria felicidade. A
compreensão clara de que o destino é uma possibilidade e não uma fatalidade é a
base dessa realização. O conhecimento das forças que regem o Universo e a Vida
nas suas mais variadas formas e meios de manifestação, bem como dos princípios
que regulam essa interação é o caminho da Iniciação. Depois da primeira parte
deste tema, continuo agora com um pouco mais de informação sobre a Iniciação no
Candomblé.
Brevemente, ainda voltando a este tema irei expor alguns
detalhes importantes que completarão esta informação, e que certamente
propiciarão um conhecimento mais profundo deste momento tão importante na vida
de cada um que decide abraçar o Candomblé como sua Religião.
Uma iniciação serve para proporcionar ao iniciado uma
consciência maior de si e do mundo. Iniciar é nada mais, nada menos do que
despertar o poder, que habita o seu interior. Despertar esse poder, para
favorecer a compreensão de si e das coisas a sua volta. O fim dos problemas,
das limitações e/ou das dificuldades ocorrem a partir do momento que este poder
é despertado, trabalhado e cultivado dia após dias. É essa compreensão de quem
somos e do que podemos fazer nesse mundo, que possibilita a gente mergulhar com
mais profundidade sobre nós mesmos e as coisas a nossa volta.A iniciação torna possível uma renuncia ao que é velho em nós, nos dá forças para fazermos
escolhas saudáveis frente a vida. É essa expansão da consciência que torna
propicio o encontro com a sabedoria e a prática do bom caráter. É essa
dedicação cotidiana ao orixá, que torna possível a materialização dos nossos
desejos reais.
A iniciação deve contribuir, sobretudo para um realinhamento
da própria vida, para o encontro verdadeiro com aquilo que somos. Essas
mudanças devem ser interna e externa, afinal, é o despertar desse poder, que
possibilitará o enfrentamento e a eliminação dos problemas do dia-a-dia. A
crença de que as forças de luz e de escuridão se interagem permitindo o
equilíbrio, torna possível o entendimento de qual é o lugar dessa energia. A
expansão da mesma no universo em nossa volta, é quem transforma e ocasiona o
acontecimento daquilo que desejamos.
Fazer santo: Quem, Quando e Como?
O momento do “chamado” é diferente para cada pessoa. Para
alguns, uma doença difícil de ser curada, para outros, as dificuldades do
próprio caminho; outros ainda buscam fugir às religiões tradicionais por
concluírem que muitas delas estão tão voltadas para o dia a dia dos homens e
para os seus interesses imediatos que acabam por fugir à sua real finalidade:
promover o encontro do ser com os seus ancestrais e a Divindade ampará-lo em
suas dificuldades espirituais e consequentemente, também os materiais. Alguns
ainda são provenientes de outras religiões ou filosofias espiritualistas;
finalmente, existem aqueles que simplesmente são tocados pelo Orisá, fundo na
própria alma.
A iniciação (feitura) propriamente dita acontece num período
de reclusão que varia entre sete a dezessete dias (embora alguns lugares adotem
21). Essa reclusão (recolhimento) ocorre nos Templos Religiosos conhecidos como
Casas de Candomblé, em aposentos próprios para tal finalidade chamados de (Ronco).
Esse período é comparável à gestação na barriga da mãe; nesse aspecto, o
aposento sagrado representa o ventre da própria mãe natureza. O neófito aprende
os mistérios básicos das divindades e da Criação; os costumes da comunidade e
os princípios que regulam as relações da família religiosa (hierarquia
sacerdotal); as formas adequadas de comportamento nas cerimônias públicas e
restritas. Conhecimentos acerca de seu próprio Orixá são-lhe ministrados: a
maneira adequada de cultuá-lo, as suas proibições (ewò), as virtudes que
deverão ser cultivadas e os vícios que deverão ser evitados para atrair
influências benéficas e uma relação harmoniosa com a divindade pessoal.
O que pode mudar na vida do Iniciado?
O Destino é dado a cada ser na forma de possibilidade, nunca
como fatalidade. Desse modo, quem antes de voltar ao mundo escolheu, por
exemplo, ser médico, ao renascer na Terra encontrará no seu caminho situações
que o direcionem para essa profissão. Entretanto, isto não quer dizer que
necessariamente venha a exercer a medicina. Ele pode a qualquer tempo mudar os
rumos da própria vida através do exercício do livre-arbítrio (o que, aliás, é
um conceito universal). Cada qual constrói a própria história. Ocorre muitas
vezes à pessoa acabar por fazer escolhas erradas e sofrer consequências
desastrosas. Pode ser fruto de um destino “negativo”, que exigirá tempo e
determinação para ser superado. A dor transforma-se em companheira constante.
Liga-se a tudo isso os problemas do dia a dia (para não mencionar a situação difícil
da sociedade contemporânea); o conjunto destes fatores acaba por provocar
sentimentos de impotência frente aos obstáculos e encruzilhadas da vida, ou
simplesmente solidão, carência de carinho, de orientação, de coragem. Carência
de fé. O Orixá pessoal, nesse particular, pode influenciar em muito, prevenindo
ou mesmo remediando estas situações, conferindo força e equilíbrio ao seu
tutelado, restaurando lhe as energias, estendendo-lhe proteção e orientando-o
quanto ao melhor caminho a seguir.
Mas o indivíduo deve permitir que o Orisá atue de modo
construtivo na sua própria vida. O Orisá não representa problemas no caminho de
ninguém – pode significar a solução. Através do seu apoio divino o ser humano
pode criar condições para vencer as barreiras internas e externas para a
construção de um futuro melhor.
A primeira fase da iniciação ou feitura de santo na nação
Ketu é de ate 21 dias, onde a pessoa fica em retiro longe da vida profana e da
família, devendo desligar-se de tudo e dedicar-se totalmente aos ritos de
passagem. Saliente-se que todo o ritual da iniciação não é público. Saliente-se
também que essa iniciação só pode ser feita por uma pessoa iniciada, segundo as
normas do candomblé só pode transmitir o Axé quem os recebeu de alguém iniciado
na obrigação de Odu ijè.
Quanto ao fato da pessoa ser recolhida para ser Yawo, Ogan
ou Ekedyi, essa questão só é resolvida durante a iniciação. Se a pessoa entrar
em transe será um Yawo, Elegun, se não entrar em transe e for homem, será um
Ogan, se for mulher será uma Ekedi.
Nos 3 primeiros dias a pessoa ficará descansando e fazendo
os ebós de limpeza, que serão apurados no jogo de búzios e tomando banhos com
folhas sagradas e abô. Ficará recolhida no Roncó (quarto específico de
recolhimento) e será feita a primeira obrigação, que é o bori. No final dos 2
dias é suspenso o bori e passa para as fases seguintes.
Em seguida começa a contar o período de 16 dias. Aí tem
início o longo aprendizado das rezas, costumes, práticas, lendas, histórias e a
iniciação propriamente dita, que consiste em raspar a cabeça, fazer curas
(pequenos cortes), assentamento do orixá, serão oferecidos animais, comida
ritual, flores e frutas.
A iniciação pode ser de apenas um Yawo ou pode ser de
muitos. Nesse caso recebe o nome de "Barco de Yawo". Quando entra
para fazer o santo sozinho será chamado de Dofono (homem) ou Dofona (mulher),
por ser o primeiro e único.
No caso do barco, o primeiro Yiawo será chamado de Dofono, o
segundo Dofonitinho, o terceiro será chamado de Fomo, o quarto de Fomutinho, o
quinto de Gamo, o sexto de Gamutinho, o sétimo de Vimo, o oitavo de Vimutinho,
o nono de Gremo, o decimo de Gremutinho, o décimo primeiro de Caçula e daí por
diante. Essa sequência de nomes é usada na maioria das casas de candomblé de
cultura Jeje-nagô.
No final tem a festa que é chamada de "saída de
Yawo", essa festa é dividida em 4 partes: A primeira saída no barracão é
interna sem a presença do público, somente os membros da casa estarão
presentes. Pode ter variação de uma casa para outra ou de nação para nação, uns
fazem três saídas públicas outros fazem quatro.
Inicia-se o candomblé normalmente despachando o Padê (pode
ser despachado durante o dia também, depende da casa) e cantam-se algumas
cantigas para cada um dos Orixás, enquanto isso os Yawos estão sendo preparados
para a primeira saída no barracão de festas.
Na primeira saída pública o Yawo sai do roncó (nome dado ao
quarto onde ficam recolhidos) para o barracão todo vestido de branco, essa
saída é em homenagem a Oxalá, trás na testa uma pena vermelha chamada Ekodidé e
na parte superior da cabeça o adoxu e pintado com efun, ele vem acompanhado de
sua mãe pequena, da Iyalorixá e todos que ajudaram na feitura. Nessa saída o
Iaô deverá saudar a porta, os atabaques o Axé do centro do barracão onde estar
o fundamento da casa e a Iyalorixá. Em seguida é recolhido para mudar de roupa
A segunda saída pública do Yawo no barracão as roupas são
coloridas em homenagem à todos os orixás e a pintura é feita com o pó azul
wáji, branco efun, e vermelho osùn. O Yawo sendo de oxalá ou determinados
orixás funfuns a roupa não pode ser colorida, predominando o branco, todavia a
pintura colorida seja relevante em quantidade discreta.
A terceira saída do Yawo é a mais esperada por todos da
comunidade, com o grito triunfal do seu nome. Onde há uma confusão em muitas
casas pois acreditasse que o Orunko e do Orisa o que está errado pois quem esta
renascendo e por isso deve receber um novo nome e o Yawo e não o Orisa.
Novamente o Yawo é trazido ao ile axé, desta vez sem a pintura geral, só com
uma pintura de wáji no centro da cabeça (cuia de Wáji) ou borilé (ritual feito
com ejé do pombo branco) e ornado com penas do mesmo. O Orixá dirá o Orunkó
para todos ouvirem, nesse caso é escolhida uma pessoa (normalmente um Babalorixá
ou Iyalorixá de outra casa) presente para tomar o nome do Orixá, são feitas
algumas cerimônias onde a pessoa pergunta por três vezes o nome do Orixá e na
terceira ele grita em voz alta seu Orunkó para todos ouvirem. Depois do nome
dado o Yawo é recolhido novamente para trocar a roupa.
A quarta e última saída o Orixá vem todo paramentado com
roupas e ferramentas características do Orixá, para dançar e ser homenageado
por todos os presentes. No final canta-se para Oxalá e a festa é encerrada.
Seguimento da iniciação chamado Urupim
No mesmo dia ou não, dependendo do costume da casa, as luzes
elétricas são desligadas, e inúmeras velas são acesas, ouve-se um cântico
tristonho como nos rituais fúnebres axexê, o Yawo cercado dos mais velhos,
Iyaefun, Iyadagan, iyamorô, Iyabassê Iyakekerê e puxada pelo Babalorixá ou
Iyalorixá é trazido do Ronco ao ile axé com um alguidá ou balaio coberto com
pano branco e ornado com flores brancas e mariwô, contendo inúmeros objetos,
comida ritual e o cabelo raspado no inicio da obrigação. Este ritual é
denominado pelo povo do santo de carrego de urupim e pode ser assistido por
alguns membros da comunidade, mas não chega a ser uma festa pública, fechando
um ciclo do rito de passagem de abiã "não nascido" para Yawo / Elegun
"noviço ou recém nascido".
Passada a festa o Yawo ficará mais uns dias na roça dependendo
da confirmação no merindilogun, depois será levado para sua casa pela Iyalorixá
/ Babaloorixa que a entregará a sua família.
Ritual do Panã
O Yawo ainda desorientado devido ao longo período de transe
e clausura, com os movimentos ainda trôpegos, recebe orientação do seu
Babalorixa ou Yalorixa para executar as tarefas que serão usadas em seu dia a
dia, tais como varrer, costurar, lavar, passar, sentar-se à mesa, cozinhar,
etc. Numa dramatização muito divertida onde todo da comunidade tem um grande
prazer de participar, rindo e até mesmo ajudando o novo iniciado. O ritual de
apanã tem a finalidade de fazer com que o noviço reaprenda as atividades do
mundo profano e cotidiano, para que nada lhe seja prejudicial no futuro e
também entenda que já é hora de voltar à sua vida normal, apesar de aproveitar
mais um pequeno período do seu mundo sobrenatural, estabelecendo neste momento
o ewo temporário ou permanente, que o noviço terá a responsabilidade de
obedecer, finalizando este ritual com outro rito chamado Kàrô (juramento feito
diante do obi e uma quartinha).
Caída de kelê
Após o Yawo/ Elegun ter cumprido o seu resguardo normalmente
de 21 dias a três meses com o kelê (uma
gargantilha de contas) que foi colocada em seu pescoço no início da feitura de
santo. Durante esse período o Yawo continuará dormindo numa esteira, usará
roupas brancas e seguir uma série de restrições denominada de ewo. Terminado o
período de Kelê, é feita a retirada do mesmo.
É o período mais
difícil para o Yawo que precisa voltar a trabalhar, muitos se iniciam no
período de férias do trabalho e quando termina as férias precisam voltar para
um ambiente onde sem dúvida será notado por todos, discriminado por alguns e
terá que se manter calado, terá muitos problemas na hora das refeições, pois
está proibido de entrar em bares e restaurantes, terá que levar uma marmita e
aceitar os olhares de curiosidade.
Algumas casas atualmente por esse motivo têm feito alguns
acordos com os Orixás para que o Yawo que precisa trabalhar já saia da roça sem
o kelê, mas terá que cumprir todos os itens do resguardo nos mínimos detalhes.
Nesse caso não precisará usar somente branco, poderá usar roupas de cores bem
claras como azul, rosa, bege, cinza, tudo para não chamar muito a atenção.
Existem casos de firmas que o uniforme é preto, marrom, azul marinho, nesses
casos o Orixá permite, não vai querer que seu filho perca o emprego.
Obrigações:
Iyawo são os novos iniciados de Orixá da Casa de Candomblé,
durante o período de sete anos, e serão subordinados pelas pessoas de
Cargos/Posto da casa. E deve obediência aos seus mais velhos. E deverão
concluir suas obrigações de 1, 3 e 7 anos. Ser Iyawo, além de outros preceitos,
passando por doutrinas e fundamentos, para conceber a força do Orixá. Saem da
vida material e nascem na vida espiritual com um novo nome orùnkò. O Mòócan e
os Delègún são os comprovantes e o diploma do iniciado.
Obrigação de um ano:
(Odueta) ou (odú Kíní) É às obrigações muito importantes é
considerada como fim do resguardo do Iyawo após sua iniciação. Somente esta
obrigação dará ao iniciado à liberdade de viver materialmente sem restrições na
sociedade e no seu convívio familiar e pessoal.
Até fazer um ano de feitura ou pagar sua obrigação de um ano
(odú Kíní), ainda terá algumas restrições (ewo temporário. como cortar cabelo,
tomar banho de mar e outros. Será feita na obrigação de um ano de feitura, uma
nova festa para comemorar a data onde serão oferecidos comida ritual, frutas e
flores.
Obrigação de três anos:
(Oduetá) Esta obrigação é considerada a confirmação da
continuidade do iniciado no Axé, e já está autorizado a conceber o seu ajuntó,
e a começar ser liberado e graduado pelo seu babalorixá, a usar fios com Seguis
e Bràjà dependendo do Orixá, e poderá deixar de usar Mòócan e Delègún. (conforme
orientação do babalorixá.
Outra obrigação é feita aos três anos de feitura (odú kétà),
algumas casas ou nações fazem também uma de cinco anos, mas no candomblé ketu
considera-se um ano, três e sete anos. Ele ou ela permanecerá como Iaô até
completar os sete anos de feitura e fazer a obrigação de sete anos (odu ejé).
Obrigação de sete anos:
(Oduijé) ou Odu ejé (a pronúncia do acento é fechada) É uma
das maiores obrigações de uma casa de Candomblé, que todos os iniciados serão
obrigados a tomar sem exceção. Com essa obrigação o iniciado poderá receber
posto, cargo, titulo e direitos de independência do seu babalorixá.
Só quando fizer a obrigação de sete anos Odu ejé é que será
considerado um Egbomi.
A obrigação de sete anos é tão grande e importante quanto a
feitura, nessa obrigação é que será definido se o Egbomi irá abrir uma casa ou
não. A Iyalorixá entregará para o Egbomi no ato da festa seus pertences (jogo
de búzios, pembas, favas, sementes, tesoura, navalha, tudo que vai precisar
para iniciar Iaôs) no Ketu é chamado Odu Ijê com Oyê, em outras nações é chamado
de Deká, Peneira, Cuia, etc.
Caso o Orixá da pessoa não queira abrir uma casa e queira
continuar na roça da Iyalorixá, o Orixá depositará os objetos recebidos nos pés
da Iyalorixá e sua filha não abrirá uma casa, continuará na roça onde
normalmente receberá um posto para ajudar a Iyalorixá.
Quando o Orixá aceita a Egbomi receberá todas as homenagens
dos presentes, pois está sendo consagrada como uma nova Iyalorixá se for homem
Babalorixá. Nesse caso terá que providenciar uma casa para onde será levado seu
Orixá e iniciar um novo Ile axé.
- OIYE - quer dizer titulo independência, são pessoas que já
tomaram seus sete anos e necessitam de um TITULO dado pelo seu babalorixá/
Yalorixa, para ser independente e Zelador (a) de Orixás, sacerdócio. Esse Oiye
pode ser também um cargo na casa do babalorixá onde fez a obrigação.
- DEKA - é autorização (direitos) de conduzir a sua própria
casa de Candomblé, atendimento de seus adeptos e consulente, jogar búzios,
tirar ebós e iniciar pessoas no Orixá, ou Vodum dependendo da nação etc.. Na
nação Jeje receberá um Húnjèbé é o Titulo de sacerdócio exclusivo da nação Jeje
e um amuleto do Egbònme, é o diploma dado pelo Vodun para dar continuidade do
aprendizado dos fundamentos dos Voduns.
Obs: Mais um enorme erro se que comete em muitas casas de
Candomblé e tratar o Orisa incorporado no novo Elegun (yiawo)como se o Orisa fosse novo e o faz muitas
vezes dar Adòbá (deitar no chão) para outro Orisa de um Egbomy ou YiA / Baba por
acreditarem que aquele Orisa e mais velho; todos Orisas são iguais quem e novo e
o Elegun (yiawo) e não o Orisa em que ele foi iniciado.
E outro engano que se comete e fazer Orisas darem Adòbá (deitar no chão) para egbomys, Yalorisas e Babalorisas do Elegun como se eles fossem superiores ou mais velhos que aquele Orixa, na iniciação quem nasce e o Yiawo e não o Orixa, um ser humano por mais conhecimento e idade de iniciado que tenha nunca se tornara superior ou mais velho que um Orixa, quem deve dar Adòbá e pedir Abença e o Elegun e não o Orixa.
E outro engano que se comete e fazer Orisas darem Adòbá (deitar no chão) para egbomys, Yalorisas e Babalorisas do Elegun como se eles fossem superiores ou mais velhos que aquele Orixa, na iniciação quem nasce e o Yiawo e não o Orixa, um ser humano por mais conhecimento e idade de iniciado que tenha nunca se tornara superior ou mais velho que um Orixa, quem deve dar Adòbá e pedir Abença e o Elegun e não o Orixa.
Ire oo!!
JOGO DE BUZIOS
LIGUE AGORA E AGENDE UMA CONSULTA!!
SIGILO ABSOLUTO!!
F:055-11-4115.6795/ 96787.9019 - Whattsapp
Babalorixa Ricardo de Laalu.
Email: ricardolaalu@gmail.com
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