quinta-feira, 4 de outubro de 2012

AJE SALUNGA

                Aje Saluga - Divindade da Prosperidade e Riqueza
Ajê Salugá é a irmã mais nova de Yemoja. Ambas são as filhas  prediletas de Olokun. Quando a imensidão das águas foi criada, Olokun dividiu os mares com suas filhas e cada uma reinou numa diferente região do oceano. Ajê Salugá ganhou o poder sobre as marés. Eram nove as filhas de Olokun e por isso se diz que são nove as Iyemojas. Dizem que Iyemoja é a mais velha Olokun e que Ajê Salugá é a Olokun caçula,mas de fato ambas são irmãs apenas. Olokun deu às suas filhas os mares e também todo o segredo que há neles. Mas nenhuma delas conhece os segredos todos, que são os segredos de Olokun. Ajê Salugá era, porém,menina muito curiosa e sempre ia bisbilhotar em todos os mares. Quando Olokun saía para o mundo, Ajê Xalugá fazia subir a maré e ia atrás cavalgando sobre as ondas. Ia disfarçada sobre as ondas, na forma de espuma borbulhante. Tão intenso e atrativo era tal brilho que às vezes cegava as pessoas que olhavam. Um dia Olokun disse à sua filha caçula:"O que dás para os outros tu também terás, serás vista pelos outros como te mostrares.Este será o teu segredo, mas sabe que qualquer segredo é sempre perigoso".Na próxima vez que Ajê Salugá saiu nas ondas, acompanhando, disfarçada, as andanças de Olokun,Seu brilho era ainda bem maior, porque maior era seu orgulho, agora detentora do segredo.Muitos homens e mulheres olhavam admirados o brilho intenso das ondas do mar e cada um com o brilho ficou cego.Sim, o seu poder cegava os homens e as mulheres.Mas quando Ajê Salugá também perdeu a visão,ela entendeu o sentido do segredo. Iyemoja está sempre com ela, Quando sai para passear nas ondas.Ela é a irmã mais nova de Iyemoja.
Aje é um Orisa feminino, considerada irmã mais nova de Iyemoja, teve seu culto iniciado quando um dos itans de ifá fora revelado, neste itan conta que Ifá se encontrava em uma situação financeira muito ruim, a fome e a necessidade lhe acompanhava Havia uma menina muito feia que dizia ter saído a pouco das profundezas do mar,ninguém gostava dela, ninguém pretendia aceita la dentro de casa por não aceitar sua feiura, deste modo ela andava vagando pelos caminhos, ruas e estradas à procura de um descanso.      
Um dia Ifá abriu sua porta e se deparou com aquela menina feia e ela pediu estadia, sem pensar duas vezes ifá como sempre muito generoso, a aceitou dentro de casa e deu a ela o pouco que tinha para comer e um lugar para descansar.
Durante a noite Ifá foi surpreendido por aquela menina dizendo que estava querendo vomitar, Ifá preocupado com aquilo providenciou uma tigela e estendeu a frente da menina mas ela se recusou, então ele a apresentou uma cabaça e obteve recusa, da mesma forma aconteceu quando ele o ofereceu um jarro, o maior que ele possui a em sua casa, mesmo assim ela se recusou a vomitar ali e disse à Ifá que em sua casa ela estava acostumada a vomitar em um quarto. Ifá levou-a para o único quarto que aquela casa possuía e chegando lá mais uma vez se surpreendeu quando viu aquela menina vomitando inúmeras pedras preciosas, azuis, amarelas, brancas, e de todos os tipos, incansavelmente.
Pelo caminho, um homem viu o apuro que Ifá estava passando com aquela menina e perguntou se ele podia entrar para prestar ajuda, quando entrou no quarto onde estavam se encantou com tamanha riqueza que aquela menina deixava pelo chão de Ifá e exclamou : "Há! Nós não conhecíamos os poderes desta menina, por isso a repudiávamos, e hoje estão revelados!"Este homem disposto a servi-la , colocou-lhe o nome de Aje Saluga.
Depois disso todos ficaram sabendo dos presentes que Aje havia dado a Ifá e todos queriam recebe-la em suas casas. Aje Saluga é uma divindade muito rara, por ter seu culto quase extinto.
Poucos conhecem seu culto, e os que conhecem, na maioria se recusam a passa-los à frente.Seus assentos devem ficar na casa de Osaala, e nunca devem ser tocados por outra pessoa que não seja seu dono.O assento de Aje deve ser dado ou ganhado, a pessoa não pode simplesmente assenta-la para si. Os materiais utilizados devem ser providenciados por seu novo dono, por serem estes materiais de um custo muito alto, geralmente demora muito para se conseguir tudo.Conchas grandes, caramujos do mar, joias naturais, corais, são os simbolos desta divindade.Não existem cerimônias abertas para ela, nem festas.
Gosta de arroz cru com mel e farinha perfumada, o local onde Aje encontra-se assentada, não pode ser visitado por muitas pessoas, mostra-se muito tímida e cismada. Seus rituais devem acompanhar os de Osaala. Possui muito ligação com Esu, Orunmila, Osaniyn e Orisa Ori.

Orixá da riqueza, não dá transe, portanto não existe Elegun de Ajê Salugã. Existem sim iniciados em ajê, que são os que simplesmente a cultuam e que a assentam.Seu elemento é a riqueza, e por ser filha de Olocum, é representada por toda a riqueza dos mares. É ligada a Oxumaré, por ser tambem um Orixá da riqueza (nas terras). Assim como Oxumaré, alguns acreditam que Ajê seja um deus masculino, outros creêm que Ajê seja meio macho, meio fêmea, mas o que se sabe é que Ajê é um Orixá feminino, de doce temperamento, dona de aspectos indispensáveis para o ser humano como: paixões, riqueza e amor.Outro motivo de questionar a sexualidade de Ajê é porque já que ela é representada por conchas e grandes búzios, estes podem ser masculinos ou femininos,novamente falaremos sobre o carater andrógeno de Ajê.Como masculino, Ajê tem grandes ligações com Xangô, Ossain e Exú.- Ervas de Ajê Serão usadas para lavar as conchas e búzios e deve-se tambem tomar banho delas antes de mexer e evocar Ajê.. Folhas de guiné, peregun, folha de fortuna, maria-sem-vergonha,serralha.Macerá-las rezando a sassanha de sua preferência,é mais aconselhável rezar a sassanha de Oxumaré (1), por ser ligado a riqueza ou sobre (sassanha) de Yemanjá (2)por ter estreitas ligações com Ajê.

Comidas e oferendas para Ajê:Todos os pratos para Ajê não levam tempêros, sómente após a sua confecção serão regados po. arroz, acaçá, ekurú, abará, ebô.- Oferece-se em forma de veneração, uma vez ao mês, para Ajê os ingredientes abaixo:.dentro de um oberó, oferecer obi, orobô, ekurú e efun + Aberê. 
* OBI = afasta o azar (atrai sorte).*Orobô = atrai longevidade.

- Saudação de Ajê Salugã - Ocum Iyá = a mãe (rainha) que está nos mares.  



Itan - O surgimento de Ajè Saluga :
Quando se encontrava no Orun e convivia ao lado de Olodumare, Ajè Saluga o grande caramujo era do sexo feminino e se chamava Aina. Naqueles dias Ifá passava por grandes dificuldades financeiras e por ser muito pobre não era convidada para festa alguma.
Aina recém nascida era por demais feia.
Sua aparência terrível fazia com que todos evitassem sua companhia e ninguém aceitava tê-la muito próxima.
Depois de ser rejeitada em todas portas.
Aina bateu à porta de Ifá.
Que apesar de estar vivendo uma vida miserável acolheu Aina.
Uma bela noite, Aina acordou Ifá anunciando que estava prestes a vomitar.
Ifá apresentou-lhe uma tigela para que vomitasse, mas ela recusou.
Ifá apresentou-lhe uma cabaça,e novamente ela recusou.
Ifá apresentou uma jarra para Aina vomitar.
E novamente ela recusou.
Ifá disse não sei que vasilha lhe traga para vomitar.
O que devo trazer, ou fazer?
No Orun de onde venho costumava vomitar todos os dias em meu quarto.
Ifá conduziu Aina a um quarto
Aina começou a vomitar
Vomitava todo tipo de riquezas
Vomitava pedras preciosas
Vomitava pedras preciosas azuis, brancas, vermelhas , de todas as cores
Neste momento passava pela rua algumas daquelas pessoas que desprezaram Aina no passado
Eles entraram na casa de Ifá e perguntaram : o que está acontecendo ?
Ifá respondeu que tratava-se de Aina que estava no quarto com crise de vômito
Uma das pessoas entrou no quarto pra ver o que acontecia
Ele deparou com Aina vomitando pedras preciosas e clamou:
Ajè O Ajè O, ele disse:
Nós não conhecíamos os poderes de Aina
E ele disse, junto aos outros, estamos dispostos a servir Aina para vida toda.
Ifá entrou no quarto e disse :
Aina a partir desse momento seu nome vai ser Ajè Saluga e serás a guardiã de todas as fortunas e riquezas da terra e do mar e todos que quiserem alcançar riquezas terão que recorrer a ti.
Ajè O Ajè O!..


Outro Itan:

Quando a RIQUEZA veio ao mundo procedente do Céu, se fez tão rica que foi capaz de comprar tudo que estivesse abaixo do sol. Ela se sentiu tão grande e potente que desafiou Reis e Nobres igualmente.

Mas, retornou ao Céu para comprar a morte (IKU) e sua longevidade eterna e completa. Ao encontrar-se com ela no Céu, disse para colocar seu preço para este pedido.
INDISCRIÇÃO (AIGBORON), o filho de IKU, cujo nome completo representa a incapacidade de ouvir conselhos, não recebe positivamente o pedido e diz à RIQUEZA que a visitaria na Terra no período de 7 dias e, avisou que fizesse os devidos preparativos para recebê-la.
Ao regressar à Terra, RIQUEZA enviou convites a todos os seus amigos e parentes que se uniram para recepcionarem INDISCRIÇÃO de forma digna, com muitas comidas e bebidas. Todos chegaram para preparar as comidas e bebidas.
INDISCRIÇÃO, não revelou a hora nem a forma de chegada. Começou sua caminhada e em forma de TORNADO, ao meio dia ,tomou o complexo de RIQUEZA e o envolveu pela turbulência de vento e todos correram desordenadamente.
A tormenta tomou velocidade e sua força colocou fogo na cozinha, no teto da casa, incluindo o palácio da RIQUEZA, que tinha muitos tesouros.
RIQUEZA se queixou que teria que resgatar os seus tesouros, mas foi aconselhada por todos que não devia se atrever a entrar na casa em chamas, mas nada pode detê-la.
Entrou temerariamente na casa e o fogo lhe consumiu e ela morreu.
Por isso, muitas pessoas endinheiradas tendem a morrer prematuramente em busca da riqueza, pois não ouvem os conselhos depois de ficarem ricos.
Os que se comportam prudentemente em circunstâncias críticas, são destinados a desfrutar do ar fresco da longevidade.
Ajè O , Ajè o !!!

 Evocação de Ajê


"Ajê Ogugulusô 
Ajê Salugã 
Ajê onisô bujé 
Ajè oo
"Tradução: "A dona da morada da riqueza do paraíso do homem, quando chega nela, encontra o máximo da riqueza".

Ire oo!


Ò dábò!

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Babalorixa Ricardo de Laalu.
F: 05511-96787.9019 - Whattsapp

domingo, 30 de setembro de 2012

OSANGUIAN (Oxaguian)


Osaguian na mitologia yorubá é um jovem guerreiro, um Osalá jovem, seria filho de Oxalufan, identificado no jogo do Merindilogun pelo odu Ejionile e representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba Osaguian. Seu templo principal é em Ejigbo, estado de Ọsun, onde ostenta o título de Eléèjìgbó, ou Rei de Ejigbo.
Em Lendas Africanas dos Orixás, Pierre Fatumbi Verger conta uma das lendas que Osaguian teria nascido em Ifé, bem antes de seu pai tornar-se o rei de Ifan. Osaguian, valente guerreiro, desejou, por sua vez, conquistar um reino. Partiu, acompanhado de seu amigo Awoledjê. Osaguiã não tinha ainda este nome. Chegou num lugar chamado Ejigbô e aí tornou-se Elejigbô (Rei de Ejigbô). Osaguiã tinha uma grande paixão por inhame pilado, comida que os iorubás chamam iyan. Elejigbô comia deste iyan a todo momento; comia de manhã, ao meio-dia e depois da sesta; comia no jantar e até mesmo durante a noite, se sentisse vazio seu estômago! Ele recusava qualquer outra comida, era sempre iyan que devia ser-lhe servido.
Chegou ao ponto de inventar o pilão para que fosse preparado seu prato predileto! Impressionados pela sua mania, os outros orixás deram-lhe um cognome: Oxaguiã, que significa "Orixá-comedor-de-inhame-pilado", e assim passou a ser chamado.
Awoledjê, seu companheiro, era babalawo, um grande adivinho, que o aconselhava no que devia ou não fazer. Certa ocasião, Awoledjê aconselhou a Osaguiã oferecer: dois ratos de tamanho médio; dois peixes, que nadassem majestosamente; duas galinhas, cujo fígado fosse bem grande; duas cabras, cujo leite fosse abundante; duas cestas de caramujos e muitos panos brancos. Disse-lhe, ainda, que se ele seguisse seus conselhos, Ejigbô, que era então um pequeno vilarejo dentro da floresta, tornar-se-ia, muito em breve, uma cidade grande e poderosa e povoada de muitos habitantes.
Depois disso Awoledjê partiu em viagem a outros lugares. Ejigbô tornou-se uma grande cidade, como previra Awoledjê. Ela era arrodeada de muralhas com fossos profundos, as portas fortificadas e guardas armados vigiavam suas entradas e saídas.
Havia um grande mercado, em frente ao palácio, que atraía, de muito longe, compradores e vendedores de mercadorias e escravos. Elejigbô vivia com pompa entre suas mulheres e servidores. Músicos cantavam seus louvores. Quando falava-se dele, não se usava seu nome jamais, pois seria falta de respeito. Era a expressão Kabiyesi, isto é, Sua Majestade, que deveria ser empregada.
Ao cabo de alguns anos, Awoledjê voltou. Ele desconhecia, ainda, o novo esplendor de seu amigo. Chegando diante dos guardas, na entrada do palácio, Awoledjê pediu, familiarmente, notícias do "Comedor-de-inhame-pilado". Chocados pela insolência do forasteiro, os guardas gritaram: "Que ultraje falar desta maneira de Kabiyesi! Que impertinência! Que falta de respeito!" E caíram sobre ele dando-lhe pauladas e cruelmente jogaram-no na cadeia.
Awoledjê, mortificado pelos maus tratos, decidiu vingar-se, utilizando sua magia. Durante sete anos a chuva não caiu sobre Ejigbô, as mulheres não tiveram mais filhos e os cavalos do rei não tinham pasto. Elejigbô, desesperado, consultou um babalaô para remediar esta triste situação. "Kabiyesi, toda esta infelicidade é consequência da injusta prisão de um dos meus confrades! É preciso soltá-lo, Kabiyesi! É preciso obter o seu perdão!"
Awoledjê foi solto e, cheio de ressentimento, foi-se esconder no fundo da mata. Elejigbô, apesar de rei tão importante, teve que ir suplicar-lhe que esquecesse os maus tratos sofridos e o perdoasse.
"Muito bem! - respondeu-lhe. Eu permito que a chuva caia de novo, Osaguiã, mas tem uma condição: Cada ano, por ocasião de sua festa, será necessário que você envie muita gente à floresta, cortar trezentos feixes de varetas. Os habitantes de Ejigbô, divididos em dois campos, deverão golpear-se, uns aos outros, até que estas varetas estejam gastas ou quebrem-se".
Desde então, todos os anos, no fim da seca, os habitantes de dois bairros de Ejigbô, aqueles de Ixalê Oxolô e aqueles de Okê Mapô, batem-se todo um dia, em sinal de contrição e na esperança de verem, novamente, a chuva cair.
A lembrança deste costume conservou-se através dos tempos e permanece viva, também, na Bahia.
Por ocasião das cerimônias em louvor a Osaguiã, as pessoas batem-se umas nas outras, com leves golpes de vareta... e recebem, em seguida, uma porção de inhame pilado, enquanto Osaguiã vem dançar com energia, trazendo uma mão de pilão, símbolo das preferências gastronômicas do Orisá "Comedor-de-inhame-pilado."
Osaguian é um Osalá jovem. Sempre de branco. Usa espada, escudo, polvarim e mão de pilão. Guerreiro, seu dia da semana é sexta-feira. Come cabra, e é o dono do inhame.
Seu lugar no Panteão dos Orixás
Osaguian ou Osaguiã: Divindade Yorubá, cultuado no Candomblé afro-brasileiro.
Segundo a mitologia Yorubá, o universo foi criado por Olorum. Os filhos de Olorum são os Orixás, que receberam cada qual atribuições e responsabilidades sobre a criação de seu Pai. O primeiro e mais velhos dos Orixás é Osalá, a quem se credita a criação do Homem.
Oxaguian é apontado como o aspecto jovem de Osalá, outras vezes é apontado como filho de Osalufã, o qual é tido como o aspecto velho de Oxalá. Oxaguian, "o moço", na sua forma "guerreira" de Osalá, carrega uma espada, cheio de vigor e nobreza.
Na mitologia Yorubá, os Orixás associam-se a cidades ou regiões africanas, que seriam regidas ou favorecidas por seu respectivo Orixá. Seu templo principal é em Ejigbo, onde ostenta o título de Eléèjìgbó, ou Rei de Ejigbo.
Orixá do dinamismo e movimento construtivo, da cultura material. Seu domínio são as lutas diárias por sustento e trabalho e a paz. Osaguian incentiva o trabalho e a superação. Osaguian é o provedor, é o guerreiro da paz. Nunca entra numa batalha para perder, sempre ganhando suas lutas e superando quaisquer obstáculos.
É sempre retratado como um guerreiro forte, astuto e conquistador, Oxaguian rege as inovações, a busca pelo aprimoramento, o inconformismo. É um Orixá relacionado com o sustento do dia a dia, gostando de mesa farta. Seu sustento vem do fundo da terra ou da floresta. Ele detém todas as armas e as usa para alcançar seus objetivos, que são: dar para quem tem fome e até tomar de quem tem muito e não tem fome.
Sua comida favorita é o inhame. Sendo orixá das inovações e invenções, criou para si o pilão, de tal forma que pudesse saborear seu prato favorito. Daí inclusive deriva seu nome: Osaguian significa literalmente “Orixá comedor de Inhame Pilado”.
Diz-se que enquanto Ogum fornece meios (ferramentas e armas) Osaguian fornece inteligência e vontade para vencer. Representa o início de um movimento. Este orixá tem personalidade violenta e severa.
É com Oxaguian que se encerra o ciclo das festas de Oxalá com a festa do Pilão de Osaguian (ojó odo)- o dia do pilão.
                                                               Caracteristicas:











Suas armas (Ferramentas símbolos) são: espadas (sabre), Ofá (arco e flecha), Atori (Vara), Polvarim, Escudo e mão de pilão (seu maior símbolo);
Suas Cores: Branco e azul-claro;
Seu dia de devoção: Sextas-feiras;
Sua comida: é a canjica branca com oito bolas de inhame por cima;
Seu Metal: Prata e metais brancos;
Suas contas são: brancas intercaladas de azul claro;
Sua festa: Pilão de Oxaguiã (festa dos inhames novos);
Seus elementos: O Ar e a Atmosfera;
Saudação:Exêu epe bàbá!
 Folhas mais usadas :
azedinha do brejo, agrião do Pará, arroz, alfavaquinha de cobra,algodoeiro, alecrim, amendoeira da índia, bananeira, bálsamo,bambu, boldo (falso boldo), bétis branco, beldroega, costabranca, coqueiro, caatinga de mulata, cacaueiro, chapéu decouro, cana do brejo, caruru, dama da noite, dendezeiro,estoraque, espinheira santa, erva doce, erva vintém, folha dafortuna, folha da costa, fruta pão, guaco, gameleira, goiabeira,guando, golfo de flor (qualquer que seja a cor), graviola, ingá,inhame da costa, jasmim itália, lágrimas de nossa senhora,milho, malva branca, manjericão, mamona, malva rosa, mirra,neves, nóz moscada, pimenta de macaco, parietária, pichurin,sálvia, rosa branca, tamarineiro, trombeta branca, uva, vinca,vassourinha, cebola e maçã.

 Caracteristicas do Eleguns de Osaguian:
A liderança é uma de suas especialidades. Duas características dividem os filhos de Oxaguian: Uns são amigos das intrigas, são orgulhosos, se acham os melhores , são faladores. Outros são voltados para a família, calmos e guardam segredos para si, mas todos são teimosos ou como eles próprios dizem determinados.
Na verdade são duas faces de Oxaguian, numa delas estão os filhos que carregam a espada e os outros, os mais calmos carregam a mão de pilão.
Os filhos de Oxaguian são valentes, guerreiros, combativos, geniosos, intuitivos , são instáveis, têm caráter romântico e são sensuais. Os filhos de Oxaguian não desprezam o sexo e cultivam o amor livre.
Além destas características, são alegres, gostam profundamente da vida, são faladores e brincalhões. Ao mesmo tempo são idealistas, defensores dos injustiçados, dos fracos e dos oprimidos.
Frequentemente são Orgulhosos, sedentos de feitos gloriosos.
Oxaguian é um jovem guerreiro combativo, seus filhos são habitualmente altos, esguios, eventualmente robustos, mas não são agressivos ou brutais.
Os filhos de Oxaguian são ciumentos e detestam concorrência. São criativos, generosos, inteligentes, sábios e justos. Em seu aspecto negativo porém, são também lentos, mandões, teimosos e podem ser violentos.
Itan do nascimento. 
Nasceu dentro de uma concha de caramujo. Não tinha mãe. E quando nasceu, não tinha cabeça, por isso perambulava pelo mundo, sem sentido e sem rumo. Um dia encontrou Ori numa estrada e este lhe deu uma cabeça feita de inhame pilado. Apesar de feliz com sua nova cabeça branca, ela esquentava muito, e quando esquentava Oxaguiã criava mais conflitos. E sofria muito. Um dia encontrou a morte (iku), que lhe ofereceu uma cabeça fria. Apesar do medo que sentia, o calor era insuportável, e ele acabou aceitando a cabeça preta que a morte lhe deu.
Mas essa cabeça era dolorida e fria demais. Oxaguiã ficou triste, porque a morte com sua frieza estava o tempo todo com o orixá.
Então Ogum apareceu e deu sua espada para Oxaguiã, que espantou Iku. Ogum também tentou arrancar a cabeça preta de cima da cabeça branca, mas tanto apertou que as duas se fundiram e Oxaguiã ficou com a cabeça azul, agora equilibrada e sem problemas. A partir deste dia ele e Ogum andam juntos transformando o mundo. Oxaguiã depositando o conflito de idéias e valores que mudam o mundo e Ogum fornecendo os meios para a transformação, seja a tecnologia ou a guerra.


Epítetos (qualidades):
 Babá Ajagúna; 
Babá Lejubé;
 Babá Apejá;
 Babá Epê; 
Babá Akíre; 
Babá Dankó; 
Babá Dugbé;
Babá Olójo
Outros nomes conhecidos para Osaguian: Bábá Aláse, Arowú, Oníkì, Onírinjá, Jayé, Ròwu, Olóba, Olúofin, Oko, Éguin, Obanijitá, Oluorogbô, Ibô,  etc.

Itans(lendas):

Batalha dos Atoris

Itan Batalha dos Atoris. Na cidade Africana de Eleegibò até hoje por ocasião de sua festa os habitantes são divididos entre dois bairros e trocam golpes de atori (varas), relembrando o mito que diz sobre um Babalaô seu amigo que foi preso pelos guardas de Eleegibò ,por que se referiu o Rei como, Oxaguian (Orixá Comedor de Inhame) tendo sido encontrado no calabouço Oxagüian pediu-lhe perdão só aceito se os moradores da cidade trocasse golpes de varas durante suas festas (sob pena de não haver boa colheita caso isto não acontecesse).

O Castelo de Ogum

O Castelo de Ogum, Oxaguian, jovem filho guerreiro de Oxalá, acompanhava Ogum pela terra em suas guerras. Aproveitava de toda ocasião em que a guerra criava destruição para reconstruir no lugar algo maior e mais próspero. Assim espalhou pelo mundo prosperidade, sem descanso, obrigando todos a trabalhar e progredir. Onde via preguiça, inspirava movimento e crescimento. Um dia, entre uma batalha e outra, Oxaguian foi à cidade de Ogun para buscar provisões e encontrou um castelo que acabava de ser construído pelo povo do lugar em oferecimento a Ogum. Oxaguian perguntou ao povo: “Que vão fazer agora que terminaram de construir o castelo do seu rei?” “Descansar”, eles responderam. Oxaguian retrucou: “O seu rei ainda demora a voltar; vocês devem aproveitar deste tempo de maneira melhor. Construam um castelo ainda melhor e encham de alegria o seu rei.” Sacou da espado e com um toque empurrou a parede do castelo, que ruiu todo.” Oxaguian voltou para a guerra, e o povo pôs-se a construir um castelo ainda melhor.
O tempo passou e Oxaguian voltou à cidade de Ogun em busca de mais provisões. Encontrou lá um castelo ainda maior e melhor do que o que tinha derrubado. Semelhante diálogo se travou. Oxaguian perguntou ao povo: “Que vão fazer agora que terminaram o castelo do seu rei?” “Vamos descansar”, eles responderam. Oxaguian interrogou: “Mais uma vez, o seu rei demora a voltar; vocês que aproveitem ainda deste tempo de maneira melhor. Construam um castelo melhor para o seu rei.” Como tinha feito antes, sacou da espado e com um toque derrubou o castelo.” E partiu para guerra, voltando sempre em busca de novas provisões. Tantas vezes isto aconteceu que o povo do lugar se transformou em um povo de grandes construtores, desenvolvendo engenharia e arquitetura soberba, reconhecida mundialmente. Oxaguian promove o progresso. Não gosta de ver ninguém parado.

Ogum faz instrumentos agrícolas para Oxaguian

Oxaguian, rei de Ejigbô, o Elejigbô, chamado "Orixá-Comedor-de-inhame-pilado", inventou o pilão para saborear mais facilmente seus prediletos inhames. Todo o povo do seu reino adotou a sua preferência. Todo o povo de Ejigbô comia inhame pilado. E tanto seu comia inhame em Ejigbô que já não se dava conta de plantá-lo. E assim, grande fome se abateu sobre o, povo de Oxalá.
Oxaguian foi consultar Exu, que o mandou fazer sacrifícios e procurar o ferreiro Ogum, que naquele tempo viva nas terras de Ijexá. O que podia fazer Ogum para que o povo de Ejigbô tivesse mais inhame?, consultou Oxaguian. Ogum pediu sacrifícios e logo deu a solução. Em sua forja, Ogum fez ferramentas de ferro.
Fez a enxada e o enxadão, a foice e a pá, fez o ancinho, o rastelo, o arado. "Leve isso para o seu povo, Elejigbô, e o trabalho na plantação vai ser mais fácil. Vão colher muitos inhames, mais do que agora quando plantam com as mãos", disse Ogum. E assim foi feito e nunca se plantou tanto inhame e nunca se colheu tanto inhame. E a fome acabou.
O povo de Ejigbô, agradecido cultuou Ogum e ofereceu a ele banquetes de inhames e cachorros, caracóis, feijão-preto regado com azeite-de-dendê e cebolas. Ogum disse a Oxaguian: "Na casa de seu Pai todos se vestem de branco, por isso também assim me visto para receber as oferendas". E o povo o louvava e Ogum ficou feliz. E o povo cantava: "A kaja lónì fun Ògúnja mojuba". "Hoje fazemos sacrifício de cachorros a Ogum, Ogunjá, Ogum que come cachorro, nós te saudamos". Oxaguian disse a Ogum: "Meu povo nunca há de se esquecer de sua dádiva. Dê-me um laço de seu abadá azul, Ogum, para eu usar com meu axó funfun, minha roupa branca. Vamos sempre nos lembrar de Ogunjá". E, do reino de Ejigbô até as terras de Ijexá, todos cantaram e dançaram.



Oríkì à Osàlà

Obanla o rin
 n'eru ojikutu s'eru.
 Obà n'ille Ifon alabalase
 oba patapata n'ille iranje.
 O yo kelekele o ta mi l'ore.
O gba a giri l'owo osika. O fi l'emi asoto l'owo.
 Oba igbo oluwaiye re e o ke bi owu la.
 O yi ala.
Osun l'ala o fi koko ala rumo.
 Obà igbo. 
Tradução 
Rei das roupas brancas que nunca teme a aproximação da morte.
 Pai do Paraíso eterno dirigente das gerações.
Gentilmente alivia o fardo de meus amigos.
Dê-me o poder de manifestar a abundância.
Revela o mistério da abundância.
Pai do bosque sagrado, dono de todas as benções que aumentam minha sabedoria.
 Eu me faço como as Roupas Brancas.
Protetor das roupas brancas eu o saúdo.
Pai do Bosque Sagrado.

Oríkì à Osàlà
Kí Òrìsà-nlá Olú àtélesé, a gbénon dídùn là.
Ní Ibodè Yìí, Kò Sí Òsán, Bèéni Kò Sí Òru.
Kò Sí Òtútù,
 Bèéni Kò Sí Ooru.
Ohun Àsírií Kan Kò Sí Ní Ibodè Yìí.
Ohun Gbogbo Dúró Kedere Nínu Ìmólè Olóòrun.
Àyànmó Kò Gbó Oògùn.
Àkúnlèyàn Òun Ní Àdáyébá.
Àdáyébá Ni Àdáyé Se. 

Tradução 
Que o Grande Òrìsà, Senhor da sola dos pés, guie-nos aos benefícios da riqueza!
 Aqui é a porta do Céu, nela pode-se entrar de dia e de noite.
Nela não há frio, e também não há calor. Aqui, na porta do Céu, nada é segredo. 
E nela todas as coisas permanecerão claras diante da luz de Deus.
 Que o destino não nos faça usar remédios.
Que as pessoas adorem de joelhos as coisas do Céu, para encontrar coisas boas na Terra.
Que as coisas boas sejam sempre encontradas na Terra.

ÀDÚRÀ TI ÒÒSÀÀLÁ
Bàbá esá rè wa
Pai dos ancestrais, venha nos trazer boa sorte
Ewa agba awo a sare wa
Belo ancião do mistério, venha depressa
A je águtan
Comedor de ovelha
A sare wa ewa agba awo
Venha depressa belo ancião do mistério
Iba Òrìsà yin agba ògìnyòn.
Saudações Orixá escute-me ancião comedor de inhame pilado.



Ireoo!!



Ò dábò!

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Danças do Candomblé!

O candomblé é uma religião afro-brasileira que cultua os orixás, divindades da natureza. A dança é uma forma de expressão e devoção aos ori...