quinta-feira, 3 de setembro de 2015

O Olugbajé e o Sagbejé

O Olugbajè e o Sagbejè.

Mo Juba Baba, gbogbo ègbóm ati àbúrò mi !

O porque realizamos a cerimonia do olugbajè ?

SÒPÒNNÁ Uma das quatro principais divindades ligadas diretamente ao Igba Odù Iwa – A Cabaça dos Odu da Existência. Entre os nagô-iorubá  Sòpònná é temível e perigoso, divindade das epidemias, sobretudo a varíola, sua maior arma de punição aos malfeitores e aqueles que o desrespeitam. As altas temperaturas corpórea, seguidas de delírios, causados pela infecção das doenças contagiosas, não são mais do que sintomas da ira de Sòpònná contra sua vitima. Quando temos alguma razão para pensar que um enfermo esteja sob a manifestação maléfica de Sòpònná é descrito de Ilègbóná – Varíola; Ìgbóná – Febre ou até mesmo Ilè gbígbóná – Terra quente, ou seja, “a terra aonde o enfermo encontrasse está demasiadamente quente” é a presença do Deus da Varíola e precisa ser apaziguado. Neste caso os iorubás não pronunciam mais o nome Ilè gbígbóná e sim empregam um eufemismo e dizem exatamente o contrário Ilè Tutu – O solo está frio, vertendo água de dentro para fora da casa. Terrivelmente temido, seu nome não deve ser pronunciado, sobre tudo perante aos enfermos, quando invocado é mais indicado usar nomes com expressões adulatórias. Os antigos entendem desta forma porque as maiorias das epidemias de varíola foram constatadas em épocas de seca, além de que os iorubás crêem que Sòpònná este particularmente ativo em épocas de seca. Sòpònná é considerado feroz e muitas vezes implacável, então não insultá-lo é a melhor prevenção de não ser molestado por uma divindade tão perigosa. Sòpònná é a única divindade de que sua vontade, qualquer que seja sua manifestação, deve ser aceita, não somente com resignação senão com uma manifestação de prazer e gratidão. Por exemplo, os parentes de alguém que morre de varíola não deve se lamentar o mostrar que choram pela morte de um ente querido. Em vez disto eles devem estar alegres e felizes e mostrar que estão amplamente agradecidos pela atitude do Rei da Terra. Assim, Sòpònná é conhecido por Alápadúpé – Alguém que mata e se agradece por isso.
CONCLUSÕES: Não poderia nos tempos de hoje chegar a uma conclusão definitiva a não ser a maiores questionamentos, sobre esses diversos aspectos de Obalùàiyé, Omolu e Jagun: Duas divindades de origem diferente e pertencentes a antigos grupos culturais diferentes, divindades essas que vieram uma do leste (Sòpònná) e outro do Oeste (Omolu), unindo e assumindo um caráter único em Ketu? Trata-se de uma divindade única, de origem iorubá e de origem Tapa (Nupe) mais longínqua, trazida para o oeste por uma das numerosas e antigas migrações que as tradições mencionam, e do retorno, em seguida, dessa divindade para seu ponto de partida, trazendo um novo nome, que originalmente, não passava de simples epíteto? Seria Omolu Idji Aguna divindade feminina que saiu das águas a conhecida Nã Yyógbáyin já que à ambos não se realizam sacrifícios com faca ?E quanto a Jagun, seria este Omolu Arawe divindade masculina, baseando-se pelo fato de ambos portarem um facão em uma de suas mãos ?A grande lança na entrada do Templo de Omolu Arawe na Cidade de Aise, não poderia ser a lança de Jagun ?Existem muitos mistérios em nossa sagrada religião que jamais serão revelados. As vezes penso que nossa religião precisasse das Areias do Tempo a mítica ampulheta que permitia viajar pelo tempo para alterar a própria linha do tempo ou trazer o que quiser de qualquer época para o presente.
Fonte:Baba Guido

O DIA DO SAGBEJẸ!
Cerimônia afro-brasileira, onde as mulheres em um tabuleiro forrado com milho-alho estourados, das quais elas denominam de “flor do velho”, carregam o principal emblema de Ọbalùàiyé o Ṣaṣara-owo seus colares de conta, terra-cota, corais e búzios. Este “tabuleiro” a representação mítica desta divindade, visita sete Terreiros diferentes durante os sete dias que antecedem os Ritos do Olùbàjé. Ao chegar a cada Terreiro, este será recebido ritualisticamente onde serão entoadas orações e rezas à Ọbalùàiyé e Nàná. Durante este ritual, será depositado aos pés do tabuleiro, senão aos próprios pés de Ọbalùàiyé grãos e uma quantia em dinheiro que serão de uso exclusivo nas despesas do Olùbàjé. Cada membro do Terreiro receberá uma porção de gbùgbùrù (pipoca) e desta saberá como proceder.
Interessante notar que a palavra sagbe – significa pedir esmola e a palavra je – comer; então a palavra sagbejẹ poderia perfeitamente ser interpretada como “pedir esmolas para comer”. Obviamente que não podemos levar a palavra “esmola” num sentido pejorativo e sim entender que há uma troca entre o homem e a divindade. Troca esta que ao darmos grãos e dinheiro para comprar “comida” para “O senhor da terra” este nos dá um de seus principais grãos que nutrem o homem – o milho. Os antigos dizem que aqueles que participam do sagbejẹ terão vida próspera e nunca há de faltar comida em casa, pelo menos os grãos.
Quando da Cerimônia do Ọlùbàjé este “tabuleiro” será apresentado no salão, carregado por Oya, onde será distribuído uma porção de gbùgbùrù e muitos que recebem o milho, em gratidão acabam por depositar algumas quantias em dinheiro sobre os grãos. Em algumas linhagens o sagbejẹ sai antes da “mesa” e em outras depois da “mesa”.
Por favor não confundam o sagbejẹ com aquelas pessoas vestidas de baiana que ficam com uma peneira em pleno sol do meio dia, distribuindo milho de pipoca americano e arrecadando dinheiro. Este tipo de procedimento nada tem haver com a nossa ritualística.

A festa anual do Olubajé (Comida do rei senhor). São feitas e destribuídas no mínimo nove iguarias da culinária afro brasileira (comida ritual), seus "filhos" devidamente "incorporados" e paramentados oferecem aos convidados e assistentes, em folhas de mamona ilará ou bananeira (aguede), no sentido de prolongar a vida e trazer saúde . Tido como filho de Nanã, no Brasil, sua origem, forma, nome e culto na África é bastante variado, de acordo com a região, essa variação de nomes é de conformidade com a região, Obàluáyê/Xapanã em Tapá (nupê) chegando ao território Mahi ao norte do Daomé; Sapata é sua versão fon, trazido pelos nagôs na cidade de Savalu, Benin. Em alguns lugares se misturam, em outros são deuses distintos, confundido até com Nànà Buruku; Omolu em ketu e Abeokuta. Seu parentesco com Oxumare e Iroko é observado em Ketu (vindo de Aise segundo uns e Adja Popo segundo outros), onde pode se ver uma lança (oko Omolu) cravada na terra, esculpida em madeira onde figuram esses três personagens superpostas, também em Fita próximo de Pahougnan, território Mahi, onde o rei Oba Sereju, recebera o fetiche Moru, três fetiches ao mesmo tempo Moru (Omolu), Dan (Oxumare) e seu filho Loko (Iroko).
Olubajé é ritual especifico para o orixá Obaluayê, indispensável nos terreiros de candomblé, no sentido de prolongar a vida e trazer saúde a todos os filhos e participantes do axé. No encerramento deste rito é oferecido no mínimo nove iguarias da culinária afro-brasileira chamada de comida ritual pertinente a vários Orixás, simbolizando a Vida, sobre uma folha chamada "Ewe Ilará" conhecida popularmente como mamona assassina, "altamente venenosa" simbolizando a Morte (iku).


Ò dábò!

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Babalorixa Ricardo de Laalu.
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Danças do Candomblé!

O candomblé é uma religião afro-brasileira que cultua os orixás, divindades da natureza. A dança é uma forma de expressão e devoção aos ori...