domingo, 9 de dezembro de 2012

Odu Òkànràn - O divergente


Òkànràn mejí 

O Odu Òkànràn
Òkànràn é um odu do oráculo de ifá, representado no merindilogun com uma concha aberta pela natureza e quinze fechadas. Nesta caída responde Exu, indicando novidades, situação difícil, calúnia e conflitos.
Exu adverte que há perigo de roubo, brigas, discussões, inimizades, intrigas, perda de emprego, separação, prejuízo em qualquer tipo de negócio, sustos. Adverte também que está sujeito a prisão, acidentes, feitiços e os caminhos fechados.
  Este Odù significa problemas, casos tribunais, sofrimentos e más vibrações. Filhos desse Odù,   irão sempre acertar em cheio por fazerem ou dizerem o que  é exatamente certo. As pessoas pensam     freqüentemente que os filhos desse Odù são agressivos e mandonas devido a eles tentarem prevalecer apesar de todos as probabilidades. Em muitas situações  eles irão se rebelar contra  as convenções da   sociedade e consequentemente criam problemas para eles mesmos. Propensos a infecções, os filhos desse Odù devem tomar cuidado com sua saúde de forma a não se tornarem doenças crônicas. 
Okanran Meji é um Odu composto pelos Elementos Terra sobre Água, com predominância do primeiro, o que indica a sensação de sufoco, vácuo, saturação e estreitamento.
Suas cores são o vermelho, o negro, o branco e o azul. É um Odu feminino, representado esotericamente por dois perfis humanos enquadrados num retângulo, numa referência inequívoca ao culto dos orixás Gêmeos (Ibeji).
Okanran Meji é o chefe dos gêmeos e simboliza o mistério que envolve a sua existência. Segundo os ensinamentos de Orunmila, todos os gêmeos são gerados neste signo e dependem dele e de sua influência.
A fala humana foi introduzida por este Odu e com ela todos os idiomas existentes. Por este motivo, Okanran Meji é considerado o protetor da oratória.
As pessoas nascidas sob este signo não recebem qualquer reconhecimento por parte de seus semelhantes, por mais que lhes façam o bem. Assegura invulnerabilidade contra feitiços e bruxarias.
Prenuncia morte súbita, riscos de cirurgias no ventre e no aparelho urinário, briga em família, independência, incapacidade de realizar o que se queira.
Os filhos deste Odu são desconfiados, esquivos, medrosos e tristes.
Okanran Meji indica situações de perigo diante das quais, a pessoa está indefesa e sem possibilidades de ser socorrida.
Indica depressão física e moral, má nutrição celular, hipotensão, todos os tipos de enfermidades causadas por insuficiências e deficiências, diminuição da força vital.
Demonstra fanatismo religioso, impossibilitando a capacidade de um raciocínio lógico e filosófico.
É um Odu de prenúncios quase sempre negativos, como a noite que chega, a tempestade que se aproxima.

Observação ocidental: É hora de comprometer-se a aliviar problemas. 
Okanran meji  é o oitavo Odù na ordem inalterável de Òrúnmìlà. Se Okanran meji é  lançado para um cliente, Ifá diz que o cliente  está sofrendo por falta de filhos,  dinheiro, e outras coisas boas da vida. Mas se o cliente crer em Òrúnmìlà e cultuar Ifá , todos os seus problemas serão resolvidos. Para vencer os inimigos e ter controle sobre todas as dificuldades, o cliente terá que oferecer sacrifícios à Sàngó e Èsù. 
Osunsun-igbó-yi-kos’oje, Oburokos’eje foram aqueles que consultaram Ifá para o povo na cidade de Owá. 
Foi dito a eles que fizessem sacrifício de maneira  que um estranho fosse feito rei. 
Qualquer coisa que o Babalawo quisesse seria o sacrifício. 
Eles atenderam o conselho e ofereceram o sacrifício . 
Osunsun-igbó-yi-kos’oje, Oburokos’eje foram aqueles que divinaram Ifá para Sakoto quando ele ia para a cidade de Owa. 
Foi orientado a ele que sacrificasse uma pomba, uma ovelha e três bolos de feijão. 
Ele atendeu ao conselho e fez o sacrifício. Os Babalawo o aconselharam  ainda a comer os bolos de feijão e não dá-los para Èsù. Enquanto ele partia em sua jornada, ele levava os bolos de feijão consigo. Ele encontrou o primeiro Èsù e disse,“Se eu desse a você este bolo de feijão, você faria a chuva me  atingir até que eu chegasse à cidade de Owa.” Então ele mesmo comeu o bolo de feijão e prosseguiu. 
Ele passou pelo segundo Èsù, esticou sua mão com um  bolo de feijão para Èsù, e repetiu o que havia dito para o primeiro. Então ele com eu o bolo de feijão. Ele fez a mesma coisa com o terceiro Èsù. 
Enfurecido, o terceiro Èsù fez com que a chuva atingisse Sakoto até que ele chegasse à cidade de Owa. 
Os Babalawo haviam predito que e próxima pessoa  a  ser instalada como rei da cidade de Owa chegaria bastante molhada pela chuva. Os habitantes de Owa  fizeram deste estranho encharcado [pela chuva] seu rei. 

Cores;Vermelho e preto e o azul.

Proibições
Os que carregam esse Odu não deve manipular cipós, comer peixes defumados ou trabalhar com a árvore sagrada “Iroko”.

Positivo
Quando em Ire, positivo, ele pode indicar vocação religiosa, eloqüência, solução de problemas por intermédio de simples entendimento, nascimento de uma criança, nascimento de gêmeos, virilidade no homem, sexualidade na mulher, progresso ou enriquecimento repentino.
Ainda no lado positivo são prósperos, amigos e excelentes empresários.

Negativo
Em Osogbo estará no negativo e pode indicar fanatismo religioso exarcebado, injustiças, ingratidão, inquietude, abandono, lágrimas, perigo iminente e irremediável, inimigos ocultos, novidades, alvoroço, coisas negativas em todos os sentidos ou até certo ponto.
Roubos, prisão, ruína e perda total de bens e dinheiro.

Atenção
Costuma-se dizer que não se deve pronunciar o nome de Okaran, dentro de casa para não atrair problemas para a vida pessoal.
Nesse Odu, exu adverte que há perigo de roubos, brigas, discussões, inimizades, intrigas, perdas de qualquer tipo de negócio.
Adverte que corre o risco de prisão, acidentes, feitiços com caminhos fechados e a ruína.
As pessoas são vingativas, arrogantes e preguiçosas.
O cliente sente dificuldade de realizar os seus negócios impedindo por inimigos ou pessoas invejosas e assim é necessário fazer um ebó para limpar essas influências fazendo Exú trabalhar em sua defesa.
Quando a regência for de Okàrán Meji, a pessoa é altamente complicada, mas pode ter seu caráter amenizado.
Cuidado se ele estiver negativo, pois Okaran é tudo e é nada, de acordo com a sua vontade, é um nó, é bom e é péssima de cada uma das coisas regidas por ele.
A sua influência pode ser extremamente pesada e seus objetivos são bastante variáveis e a ligação dos seres na terra com ele, devem ser cautelosa para que o positivo não se transforme em negativo, às vezes, a pessoa está com o odu positivo e quando menos se espera, na mesa de jogo ele cai negativo.
Situações que pode ocasionar: sustos, prisão, roubo, ruína, acidentes, envolvimento com drogas, tráfico, pessoas mau caráter, inimizades e separações.
As pessoas regidas por esse Odu são inquietas, independentes, desconfiadas e tristes.
Representa a magia boa e má e os maus presságios. Significa roubo, ambição, discussão, inimizade, trabalhos feitos, perdas de negócios e ruínas, susto, prisão.
A pessoa sente dificuldade de realizar seus negócios, resultados de trabalhos feitos por inimigos invejosos. Terão que ser tiradas as perturbações para que Exú trabalhe em sua defesa.
Presentes para ele deverão ser em locais altos, encruzilhada aberta do lado esquerdo, fazer Oriki e Oro de Exu, e tudo que se fizer para Okànrán deverá ser feito para Onan, Onitá e Odará.
Na volta dar presente para Ayrá, Oyá e Oxalá também em lugar alto.
Os ebós para esse cliente só poderão ser feitos por pessoas de Oyá e dos participantes não pode ter nenhum Yiaô.
Quando Okàrán se apresenta no jogo, o babalawô se levanta e manda despachar a rua com uma quartinha e a pessoa deverá passar imediatamente em um ebó.
Só se dá ebó se Orunmila permitir.

Personalidade
A pessoa regida por esse Odu na verdade é um mau caráter, pois, além de prejudicar a própria vida, procura transformar a dos outros, sem se importar com ninguém. Provoca intrigas e separações mesmo que seja dos próprios pais, filhos ou de qualquer pessoa.
As pessoas com esse Odu são inteligentes, versáteis e passionais, com enorme potencial para a magia. Seu temperamento explosivo faz com que raras vezes atuem com a razão.
Têm sorte nos negócios e no amor são extremamente sedutoras. São muito inconstantes e mentem com facilidade.
É diabólico em seus objetivos. Foi criado para ser insubordinado e influenciar para que s outros também o sejam.
Exú comanda este odu e os nativos dele odu são desconfiados, gostam de ficar sozinhos, são muito pensativos e altamente preguiçosos.
Tem uma proteção muito grande, por isso, feitiço é coisa difícil de cair sobre suas cabeças, mas em se tratando de trabalhos feitos com eguns, aí sim, são mais vulneráveis.
Quando fazem algo por alguém, podem esquecer reconhecimento, pois coisa que normalmente não terão.
Amigos em suas vidas são coisas muito raras, pois tem dificuldades em se relacionar com as pessoas por serem Senhores da razão e da vaidade.
Trabalhar só se for por conta própria, ser empregado dos outros, nem pensar!
São criativos, persistentes e de excelente memória.
Possuem forte intuição, são maus gostam de ficar sós, possuem aparência descuidada, são egoístas e medrosos.
Tendem ao egoísmo e ao individualismo.
O consulente sente dificuldade em realizar seus negócios, impedindo por inimigos ou pessoas invejosas, é necessário fazer ebó, para retirar as perturbações, e para que exu trabalhe em sua defesa. Quanto a personalidade das pessoas regidas por esse odu, na verdade é um mau caráter, pois além de prejudicar a própria vida, procura transformar a dos outros, sem se importar com ninguém. Provocam intrigas e separações, mesmo que seja dos próprios pais, filhos ou de qualquer outra pessoa. quando a regência for de ÒKÒRÁN MEJI, a pessoa é altamente problemática, mas, se caso o outro ODÚ seja mais tranquilo, terá seu caráter amenizado.



Itan(lenda):
Era um pobre peregrino que vivia migrando. Permanecia em diversos lugares, mas, depois de fazer as plantações, mandavam embora, ficando os donos das terras com tudo o que ele tinha feito.
Por conselho de alguém, esse homem foi um dia a casa de um oluô, que lhe indicou um ebó (oferenda). tendo tudo preparado, partiu o homem para a grande mata fronteiriça e, lá chegando deu início ao serviço.
Mais tarde, ouvindo um barulho naquele lugar tão impenetrável, assustou-se. Era ogum, o dono dessa mata misteriosa. Chegando perto, ficou ogum espreitando o estranho, até que este, muito amedrontado, implorou misericórdia, perguntando a ogum se queria se servir de alguma coisa servida no ebó. Que falasse sem cerimônia, pois estava tudo a sua disposição.
Ogum aceitou tudo o que havia ali e ficou satisfeito. Perguntou, então, quem era tão perverso a ponto de mandar o peregrino para aquela paisagem impenetrável. O homem contou todos os percalços de sua vida.
Então, ogum, transfigurado, aterrorizante, bradou que ele pegasse o mariô e fosse marcar as casas dos seus amigos, pois ele, ogum, iria aquela cidade à noite destruir tudo o que lá se achasse. Iria arrasar todos os haveres lá existentes, até o solo.
Dito e feito...
Ogum acabou com tudo, exceto as casas e os lugares que tenha sido demarcados pelo homem com a colocação de mariô em cima das portas. Tudo o que havia de riqueza ali ogum deu para ele, tudo mesmo, conforme tinha prometido.

Versos: Mo daa pere o se pere consultou Ifá para Olu-igbo (rei da floresta). 
Mo daa pere o se pere consultou Ifá para Olu-odan 
quando eles iam seduzir Ewu, a esposa de Iná (fogo) . 
Foi orientado à eles que sacrificassem  um feixe de giesta e folhas de Ifá (esmagar folhas renren na água), uma galinha e um tecido preto . 
Olu-odan se recusou a fazer o sacrifício. 
Ele disse: não na  presença de seu Esusu oni’gba-ofon, Wariwa oni’gba, e Iyore onigba-itere (bastão mágico). 
Olu-igbo foi o único que realizou o sacrifício. 
Um dia, Ewu, esposa de Iná, deixou a casa de seu esposo para ir na casa de Olu-odan
Iná se preparou e foi para a casa de Olu-odan para resgatar sua esposa. 
Quando chegou lá, ele gritou alto o nome de sua esposa: Ewu, Ewu, Ewu
Iná queimou Esusu oni’gba-ofon, Wariwa oni’gba-ida,  e Iyore oni’gba-itere. 
Ewu então correu para Olu-igbo, que tinha realizado o sacrifício. 
Iná foi até lá e gritou: Ewu, Ewu, Ewu. 
Olu-igbo então aspergiu o remédio de Ifá sobre Iná tal como instruído pelo Babalawo. 
Ele recitou três vezes: Mo daa pere o se pere. 
O fogo (Iná) se extinguiu, de forma que Ewu estava disponível para Olu-igbo. 
Olu-igbo, a floresta densa, ainda hoje retém a escuridão que ele sacrificou. 

Okitibirikiti foi quem consultou Ifá para Olu 
quando ele tinha apenas um filho. 
Foi orientado a ele para sacrificar uma ovelha branca sem qualquer ponto negro, uma cabra nova, e um bode. 
Foi assegurado a ele que seu filho único se tornaria dois. 
Ele atendeu ao conselho e realizou e sacrifício. 
Em breve, seus filhos se tornaram dois. 
Desde então, este Odù tem sido chamado Okanran meji. 
Qualquer um para quem este Ifá for lançado sempre 
terá um filho a mais. 



Ò dábò!

JOGO DE BÚZIOS;
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sigilo absoluto!!
Babalorixa Ricardo de Laalu.
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Danças do Candomblé!

O candomblé é uma religião afro-brasileira que cultua os orixás, divindades da natureza. A dança é uma forma de expressão e devoção aos ori...