sexta-feira, 1 de junho de 2012

YEWÁ


Yewa ou Ewá, Orixá do rio Yewa, que fica na antiga tribo Egbado (atual cidade de Yewa) no estado de Ogun na Nigéria. Orixá identificada no jogo do merindilogun pelo odu obeogunda.
Rainha do céu estrelado, dona das ilhas e penínsulas, orixá das nuvens, da chuva e das transformações, faixa branca do arco-íris, são muitas as imagens associadas a Ewá. Deusa casta, de poucos amores, ela ajuda a curar a esterilidade feminina. Tem o poder de se tornar invisível e de ler o oráculo de Ifá, o deus da adivinhação. Nos terreiros, Ewá dança empunhando uma espada e trazendo à cintura dois arpões, pois está associada também à guerra e à pesca abundante.


Orixá que protege as virgens e tudo que é inexplorável. 

Yewá tem o poder da vidência.
Senhora do céu estrelado, rainha dos cosmos. Ela está no lugar onde o homem não alcança.

 Em seu nascimento ela aparece quando Ogun violenta Nanã, na frente do povo dela, mostrando que ele invadiu a aldeia dela, lembramos que essa lenda começa quando não lhe proíbe a simples pelas terras dela, Nana faz a lama subir até quase matar Ogun, ele escapa e a fere com uma lança, razão pela qual ela não gosta de metal em suas coisas pois sua carne foi cortada por um metal. Ogun se organiza e trava um guerra com Nana sem precedentes, onde sai vitorioso invadindo as terras dela e dominando tudo, por final junta todo o povo de Nana no meio da aldeia e ali tem relações com ela na frente do povo dela, num demonstração que havia subjugou a rainha. Desta relação nasceu Yewá.
 Uma linda menina, o único filho perfeito que Nana teve. Daí ela mandar colocar acima da porta de sua aldeia um iba de Ogun. Ewa não tem nada, pois Nanã teria já dado distribuído aos seus filhos, Omolu e Oxumare, seus filhos doentes, mais Oxumare se apegou a irmã e com ela combinou que cada um iria dirigir o Arco-íris por um tempo, daí ser ele o arco íris um tempo dirigido por Ewa e outro por Oxumare (não é 6 meses). Oxumare dá a Ewa a cor branca do arco íris, pois ela é um santo balle.
Muitos brigavam  querendo casar com ela, quando nova pela beleza. Ela seduziu Oxalufan que vivia com Nana tendo ai o seu primeiro contato sexual. Ela tem suas cores o roxo e branco, enquanto Iku é roxo, preto e branco. Conta-se que Ewá recebeu de Ogun o direito de usar uma lâmina que ela esconde entre os seios, cujo o cabo é madeira, que esse fica a mostra. Ele mostra a pureza da morte onde devemos nos preparar, pois a vida é uma preparação para esse dia onde vamos prestar conta de tudo que fizemos dela é a expressão não deixe que outro tome seu lugar na morte, pois o julgamento dele será pior que o seu. Ewá dá mais um tempo a pessoa para se aguardar uma pessoa de longe chegar antes de dar o sono da morte. Ewá vem apenas para quem é digno, daí ter que ter a pureza diante dela. Quem não é puro não merece a boa morte. Ela é versátil em venenos, onde tentou envenenar alguns orixás, inclusive Esù, que não foi bem sucedida. 
Conseguiu subjulgar Orunmilá e mante-lo como escravo dela por muito tempo, nesse período Oxumaré foi babalawô usando as cores, verde, amarelo e preto, ela travou varias guerra com seu irmão Omolu, onde por ultimo ele com um tapa a venceu tirando toda a carga de maldade dela. E venceu a maldição dela dada por Oxalá da Bambuzal, onde ela de dia era uma velha e a noite era um linda mulher. 




"Na Bahia é cultuada somente em três casas antigas, devido à complexidade de seu ritual. As gerações mais novas não captaram conhecimentos necessários para a realização do seu ritual, daí se ver, constantemente, alguém dizer que fez uma obrigação para Iyewa , quando na realidade o que foi feito é o que se faz normalmente para Oxum ou Oyá." 
Em 1981, houve uma saída de Iyewá no Ilê Axé Opô Afonjá, após mais de 30 anos da iniciação da anterior.
As cores de seus colares (fio-de-contas) são o vermelho e azul(tranparentes). Usa como insígnias a âncora e a espada, ofá que utiliza na guerra ou na caça, brajás de búzios, roupa enfeitada com iko (palha da costa) tingida. Gosta de pato, também de pombos, odeia galinhas. Há um Vodum daomeano com o mesmo nome, cultuado em São Luís do Maranhão.
Ewa rege as neblinas e nevoeiros na natureza.

Dia da semana: Sábado
Cores: Vermelho Vivo, Coral e Rosa
Símbolos: Ejô (cobra) e Espada, Ofá (lança ou arpão)
Elementos: Florestas, Céu Rosado, Astros e Estrelas, Água de Rios e Lagoas
Domínios: Beleza, Vidência (sensibilidade, sexto sentido), Criatividade
Saudação: Ri Ro Ewá!
Folhas: bico-de-papagayo, arrozinho, golfo de flor (qualquer que seja a cor), ibirí, maravilha, maçã,  Teteregun /  Cana do Brejo, Ojuorô / Alface d’água / Erva-de-santa-luzia.
Lendas (itan):  
O seu grande ewó (coisa proibida) é a galinha. Corre a lenda entre as casas antigas da Bahia que cultuam Iyewa, que certa vez indo para o rio lavar roupa, ao acabar, estendeu-a para secar. Nesse espaço veio a galinha e ciscou, com os pés, toda sujeira que se encontrava no local, para cima da roupa lavada, tendo Iyewa que tornar a lavar tudo de novo. Enraivecida, amaldiçoou a galinha, dizendo que daquele dia em diante haveria de ficar com os pés espalmados e que nem ela nem seus filhos haveriam de comê-la, daí, durante os rituais de Iyewa, galinha não passar nem pela porta. Verger encontrou esse ewó na África e uma lenda idêntica.
Conta-se que Iyewá era uma linda virgem que se entregou a Xangô, despertando o ciúme e a ira de Iansã. Para fugir da senhora dos ventos e tempestades, se escondeu nas florestas com Oxóssi, tornando-se uma guerreira e caçadora.

Qualidades (Epìtetos) de Yèwà:

 Gebeuyin: A primeira a surgir no mundo. Veste vermelho maravilha e amarelo claro. Come com Omolu, Oyá e Oxum. Nas tempestades ela pode se transformar numa serpente azulada.
 Gyran: É a deusa dos raios do sol. Controla os raios solares para que eles não destruam a terra. É a formação do arco-íris duplo que aparece em torno do sol. Metade é Ewá e a outra é Bessem. Platina, rubi, ouro e bronze vão em seu assentamento. Come com Omolu, Oxum e Oxossi.
Awò – A Senhora dos mistérios do jogo de búzios. Divindade pouco cultuada na Brasil, tem enredo com Oyá, Oxóssi e Ossaiyn.
Bamio- A Senhora das pedras preciosas, ligada a Ossaiyn.
Fagemy- A Senhora dos rios encantados, Ela é quem tem o poder de fazer surgir o arco íris e tem por obrigação sustentá-lo no céu. Ligada a Airá, Oxun e Oxalá.
Salamim- A Senhora guerreira, jovem, habitante das florestas, muito feminina e charmosa, ligada a Odé e Yemanjá.
Características dos filhos de Ewá:
Pessoas de beleza exótica, diferenciam-se das demais justamente por isso. Possuem tendência a duplicidade: Em algumas ocasiões podem ser bastante simpáticas, em outras são extremamente arrogantes; às vezes aparentam ser bem mais velhas ou parecem meninas, ingénuas e puras. Apegadas à riqueza, gostam de ostentar, de roupas bonitas e vistosas, e acompanham sempre a moda, adoram elogios e galanteios.
São pessoas altamente influenciáveis, que agem conforme o ambiente e as pessoas que as cercam, assim, podem ser contidas damas da alta sociedade quando o ambiente requisitar ou mulheres populares, falantes e alegres em lugares menos sofisticados. São vivas e atentas, mas sua atenção está canalizada para determinadas pessoas ou ocasiões, o que as leva a desligar-se do resto das coisas. Isso aponta uma certa distracção e dificuldades de concentração, especialmente em actividades escolares.
Outro ITAN:
Na Nigéria, Abimbola publicou um itan Ifa (história de Ifa), falando que de carta feita estando Yewa à beira do rio, com um igba (gamela) cheio de roupa para lavar, avistou de longe um homem que vinha correndo em sua direção. Era Ifa que vinha esbaforido fugindo de iku (a morte). Pedindo seu auxílio, Yewa despejou toda roupa no chão, que se encontrava no igba, emborcou-o em cima de Ifa e sentou-se. Daí a pouco chega a morte perguntando se não viu passar por ali um homem e dava a descrição. Yewa respondeu que viu, mas que ele havia descido rio abaixo e a morte seguiu no seu encalço. Ao desaparecer, Ifa saiu debaixo do igba e Yewa, são e salvo. Este, agradecido, deu a Ewa o dom da vidência. Logo Ewa que era casada com Omulu e não podia ter filhos pensou algo e Orunmilá deu-lhe imediatamente a resposta, antes que ela fizesse a pergunta: "Sim, dentro em breve você terá um filho." E este foi o segundo grande presente que Orunmilá deu a Ewa. Então, levou-a para casa, a fim de tornar-se sua mulher...
Havia uma mulher que tinha dois filhos, aos quais amava mais do que tudo. Levando as crianças, ela ia todos os dias à floresta em busca de lenha, lenha que ela recolhia e vendia no mercado para sustentar os filhos. Ewá, seu nome era Ewá e esse era seu trabalho, ia ao bosque com seus filhos todo dia.
Uma vez, os três estavam no bosque entretidos quando Ewá percebeu que se perdera. Por mais que procurasse se orientar, não pôde Ewá achar o caminho de volta. Mais e mais foram os três se embrenhando na floresta. As duas crianças começaram a reclamar de fome, de sede e de cansaço. Quanto mais andavam, maior era a sede, maior a fome. As crianças já não podiam andar e clamavam à mãe por água. Ewá procurava e não achava nenhuma fonte, nenhum riacho, nenhuma poça d’água. Os filhos já morriam de sede e Ewá se desesperava.Ewá implorou aos deuses, pediu a Olodumare. Ela deitou-se junto aos filhos moribundos e, ali onde se encontrava, Ewá transformou-se numa nascente d’água. Jorrou da fonte água cristalina e fresca e as crianças beberam dela. E a água matou a sede das crianças. E os filhos de Ewá sobreviveram. Mataram a sede com a água de Ewá.A fonte continuou jorrando e as águas se juntaram e formaram uma lagoa. A lagoa extravasou e as águas mais adiante originaram um novo rio.Era o rio Ewá, o Odô Ewá.

Oriki:
Ejo Ejo Ewà
(cobra , cobra é Ewà)
Idã Idã Ewà
Ewà ô
(salve Ewà)
Ossumarè olowo gbanigbà
( salve Ossumarè dono das riquezas imensas)
Ossumarè o njo nile
(Ossumarè está dançando em nossa casa)
Ewá yá mi orissà njo nile Ossumarè
( minha mãe Ewà está dançando com Ossumarè em nossa casa)
Ewà ô
(salve Ewá)
Ewà Ibà re ô
(Ewá nós te saudamos)
Ewà mojubà
(Ewá seja benvinda)
Ewà ja mi, ko kerè, ko kerè
( nossa mãe Ewà não é pequena)
Orubatà!
( ela é imensa) 



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Babalorixa Ricardo de Laalu.
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terça-feira, 29 de maio de 2012

ÒXÙMARÈ




Òsùmàrè na África

É a cobra-arco-íris em nagô, é a mobilidade, a atividade, uma de suas funções é a de dirigir as forças que dirigem o movimento. Ele é o senhor de tudo que é alongado. O cordão umbilical que está sob o seu controle, é enterrado, geralmente com a placenta, sob uma palmeira que se torna propriedade do recém-nascido, cuja saúde dependerá da boa conservação dessa árvore.
Ele representa também a riqueza e a fortuna, um dos benefícios mais apreciados no mundo dos iorubás. Em alguns pontos se confunde com o Vodun Dan da região dos Mahi.



É o símbolo da continuidade e da permanência, algumas vezes, é representado por uma serpente que morde a própria cauda. Òsùmàrè é um orixá completamente masculino, porém algumas pessoas acreditam que ele seja macho e fêmea, porém o orixá feminino que se iguala a Oxumarê é Ewá sua irmã gêmea que tem dominios parecidos com o dele. Enrola-se em volta da terra para impedí-la de se desagregar. Rege o princípio da multiplicidade da vida, transcurso de múltiplos e variados destinos.
De múltiplas funções, diz-se que é um servidor de Xangô, que seria encarregado de levar as águas da chuva de volta para as nuvens através do arco-íris.
É o segundo filho de Nanã, irmão de Osanyin, Ewá e Obaluayê, que são vinculados ao mistério da morte e do renascimento. Seus filhos usam colares de búzios entrelaçados formando as escamas de uma serpente que tem o nome de Brajá, usam também o Lagdigbá como Nanã e Omolu.
Seu culto provém de território Yewe, este atingiu o seu auge no século XIX, no culto africano (religião africana) foi perdida devido aos poucos que têm seus segredos. Diz-se que ajudou a curar a cegueira de Olodumare, quando ofereceu residir no Orun (Céu).

No Brasil, as pessoas iniciadas a Osùmarê usam colares (fio-de-contas) de missangas ou contas de vidro amarelas e verdes; a terça-feira é o dia da semana que lhe é consagrado. Seus iniciados usam Brajá - longos colares de búzios, enfiados de maneira a parecer escamas de serpente. Quando dançam levam nas mãos pequenas serpentes de metal, apontam o dedo indicador para o céu e para a terra, num movimento alternado. 
Sua nação é o Jeje, onde é considerado como Dan, e tido como rei do povos Djedje (jeje) é uma palavra de origem yorubá que significa estrangeiro, forasteiro e estranho; que recebeu uma conotação pejorativa como “inimigo”, por parte dos povos conquistados pelos reis de Dahomey e seu exército.
Na nação Jeje, sua cor é o amarelo e preto de miçangas rajadas. Já no Ketu, suas cores são o verde e amarelo intercaladas. Porém essas cores definem apenas o fio-de-contas, pois todas as cores do arco-íris lhe pertencem.
Dizem que Oxumaré seria homem e mulher, mas, na verdade, este é mais um ciclo que ele representa: o ciclo da vida, pois da junção entre masculino e feminino é que a vida se perpetua. Osùmaré é um Orixá masculino.
Sua nação é o Jeje, onde é considerado como Dan, e tido como rei do povos Djedje (jeje) é uma palavra de origem yorubá que significa estrangeiro, forasteiro e estranho; que recebeu uma conotação pejorativa como “inimigo”, por parte dos povos conquistados pelos reis de Dahomey e seu exército.
Na nação Jeje, sua cor é o amarelo e preto de miçangas rajadas. Já no Ketu, suas cores são o verde e amarelo intercaladas. Porém essas cores definem apenas o fio-de-contas, pois todas as cores do arco-íris lhe pertencem.
A Suas oferendas são feitas de patos, feijão, milho e camarões cozidos no azeite de dendê.
DIA: Terça-feira
CORES: Amarelo e verde (ou preto) e todas as cores do arco-íris
SÍMBOLOS: Ebiri, serpente, círculo, bradjá.
ELEMENTOS: Céu e terra
DOMÍNIOS: Riqueza, vida longa, ciclos, movimentos constantes.
SAUDAÇÃO: A Run Boboi!!!
Folhas mais usadas: Ìróko ,Folha de ÌrókoMonan, Parietária, brotozinhoBala, TaiobaJamin, CajáAberê-ejó, Pente de Òsúmarè Aferê,  Mutamba Obô   Rama de leiteExibatá, Golfo redondo do monamJacomijé JarrinhaTinim , Folha da neve branca, cana-de-brejo, Peculé, Mariazinha, Tolu-tolu, Papinho-de-peru, bananeira, batata doce, erva de passarinho, erva andorinha, língua de galinha, maria preta, quiabo, tomate e maçã.

 Hungebè Entre os Fon do Benim, existe o hunjevé, que é um colar de miçangas vermelhas normalmente de 12 fios, usado pelos vodunsis dos "voduns vermelhos", ou hunvé, tais como Heviossô, Dan e Loko em certas regiões, e henu-vodun como Agassu, Adjahutó, Bosikpon, Sava, Ohwee, Kpentinkon e outros.
No Brasil pode ser chamado de hunjevé, humjébe ou humjebê, é composto de um único fio de miçangas na cor de ferrugem (entre o vermelho e marrom) intercaladas com contas de coral.
É entregue ao vodunsi (rodante, que entra em transe) do candomblé Jeje na obrigação de sete anos "odu ejé" quando ele passa a ser um sacerdote na entrega do oyê. Somente os vodunsis tem o direito de usá-lo, Em determinadas casas é vetado o uso para ogans e ekedis.
Características dos filhos de Osùmaré
Seus filhos, assim como conta a lenda de Osùmarê, em sua maioria no início passam por muitas dificuldades, quase miseráveis, porém mais tarde, dando a grande volta em seu caminho, se tornando ricos, poderosos, e muitas vezes orgulhosos. São pessoas que tendem à renovação e à mudança. Periodicamente mudam tudo na sua vida (de maneira radical): mudam de casa, de amigos, de religião, de emprego; vivem rompendo com o passado e buscando novas alternativas para o futuro, para cumprir seu ciclo de vida: mutável, incerto, de substituições constantes.  São magras. Como as cobras possuem olhos atentos, salientes, difíceis de encarar, mas ‘não enxergam’. São pessoas que se prendem a valores materiais e adoram ostentar suas riquezas; São orgulhosas, exibicionistas, mas também generosas e desprendidas quando se trata de ajudar alguém.
Extremamente activas e ágeis, estão sempre em movimento e acção, não podem parar. São pessoas pacientes e obstinadas na luta pelos seus objetivos e não medem sacrifícios para alcançá-los. A dualidade do orixá também se manifesta nos seus filhos, principalmente no que se refere às guinadas que dão nas suas vidas, que chegam a ser de 180 graus, indo de um extremo a outro sem a menor dificuldade. Mudam de repente da água para o vinho, assim como Osùmaré, o Grande Deus do Movimento.

Qualidades (epítetos) de Òsùmàrè:
Dan - Corresponde ao nome Jeje de Osùmaré e, no Alakétu, constitui uma qualidade deste último: é a cobra que participou da criação. É uma qualidade benéfica, ligada à chuva, à fertilidade e à abundância; gosta de ovos e de azeite de dendê. Como tipo humano, é generoso e até perdulário. 


Dangbé - É um Osùmaré mais velho que seria o pai de Dan; governa os movimentos dos astros. Menos agitado que Dan, possui uma grande intuição e pode ser um adivinho esperto. 


Becém - Dono do terreiro do Bogun, veste-se de branco e leva uma espada. Becém é um nobre e generoso guerreiro, um tipo ambicioso, combativo de Osùmaré, menos afectado e menos superficial que Dan. Aido Wedo, também é uma qualidade de Osùmaré conhecida no Bogun. 


Azaunodor - É o príncipe de branco que reside no Baobá, relacionado com os antepassados; come frutas e “leva tudo de dois”. 


Frekuen - É  Osùmaré, representado pela Serpente mais venenosa. O Osùmaré é geralmente representado pelo Arco-Íris. 

Outros nomes de lugares e regiões que dão nome a Òsùmàrè:
Akemin, Botibonan, Besserin, Dakemin, Bafun de DEKÁ, Makor, Arrolo, Danbale, Foken, Darrame, Araka, Averecy, Akoledura e Bakilá, KaforiDan.             
Dangbe,Alawe,Odan,Danjegbe,Danjósonú,Danjí,Flé̀kwén ou Kwénkwén,Tókwén, Dokwén, Danko, Danjíkú, Aflónnótó, Gbafónnú, Déká,Akídán ou Agídan, Alókpe,Bosukó, Bosálagbé , Dan Xwevé,  DanAkású, Dan Jasú, Sodán, Dan Wékénó, Dan Jìkun.


Itan (lenda):
Osùmaré era, antigamente, um adivinho (babalaô). O adivinho do rei Oni. Sua única ocupação era ir ao palácio real no dia do segredo; dia que dá início à semana, de quatro dias, dos iorubás. O rei Oni não era um rei generoso. Ele dava apenas, a cada semana, uma quantia irrisória a Oxumaré que, por essa razão vivia na miséria com sua família.
O pai de Osùmaré tinha um belo apelido. Chamavam-no "o proprietário do chale de cores brilhantes". Mas tal como seu filho, ele não tinha poder. As pessoas da cidade não o respeitavam. Osùmaré, magoado por esta triste situação, consultou Ifá. "como tornar-me rico, respeitado, conhecido e admiradopor todos?" Ifá o aconselhou a fazer oferendas. Ele disse-lhe que oferecesse uma faca de bronze, quatro pombos e quatro sacos de búzios da costa.
No momento que Osùmaré fazia estas oferendas, o rei mandou chama-lo. Osùmaré respondeu: "Pois não, chegarei tão logo tenha terminado a cerimônia." O rei, irritado pela espera, humilhou Osùmaré, recriminou-o e negligenciou, até, a remessa de seus pagamentos habituais. Entretanto, voltando à sua casa, Oxumaré recebeu um recado: Olokum, a rainha de um país vizinho, desejava consultá-lo a respeito de seu filho que estava doente. Ele não podia manter-se de pé. Caía, rolava no chão e queimava-se nas cinzas do fogareiro.
Oxumaré dirigiu-se à corte da rainha Olokum e consultou Ifá para ela. Todas as doenças da criança foram curadas. Olokum, encantada por este resultado, recompensou Oxumaré. Ela ofereceu-lhe uma roupa azul, feita de rico tecido. Ela deu-lhe muitas riquezas, servidores e um cavalo, sobre o qual Oxumaré retornou à sua casa em grande estilo. Um escravo fazia rodopiar um guarda sol sobre sua cabeça e músicoa cantavam seus louvores.

Osùmaré foi, assim, saudar o rei. O rei Oni ficou surpreso e disse-lhe: "Oh! De onde vieste? De onde sairam todas estas riquezas?" Oxumaré respondeu-lhe que a rainha Olokum o havia consultado. "Ah! Foi então Olokum que fez tudo isto por voce!" Estimulado pela rivalidade, o rei Oni ofereceu a Oxumaré uma roupa do mais belo vermelho, acompanhada de muitos outros presentes. Oxumaré tornou-se, assim, rico e respeitado. Oxumaré, entretanto, não era amigo de Chuva. Quando Chuva reunia as nuvens, Oxumaré agitava sua faca de bronze e a apontava em direção ao céu, como se riscasse de um lado a outro. O arco-íris aparecia e Chuva fugia. Todos gritavam: "Oxumaré apareceu!" Oxumaré tornou-se, assim, muito célebre. Nesta época, Olodumaré, o deus supremo, aquele que estende a esteira real em casa e caminha na chuva, começou a sofrer da vista e nada mais enxergava. Ele mandou chamar Oxumaré e o mal dos seus olhos foram curados. Depois disso, Olodumaré não deixou mais que Oxumaré retornasse a Terra. Desde esse dia, é no céu que ele mora e só tem permissão para visitar a Terra a cada três anos. É durante estes anos que as pessoas tornam-se ricas e prósperas."

Irmão gêmeo de Ewá e tendo como irmãos mais velhos Osayin e Obaluaê - todos filhos de Nanã - Osùmaré sempre foi franzino , mas dotado de grande inteligência e capacidade. Um dia frente à frente com OLOKUM, mãe de Yemonjá, perguntou-lhe como poderia achar pedras brilhantes, preciosas. Osùmaré pensou e respondeu: - Senhora dos Oceanos, é preciso que faças um investimento, me dando seis mil búzios (moeda corrente)". "Sim respondeu, Olokum". Osùmaré apontou para a própria casa de Olokum, o mar , explicando-lhe que nas partes rasas poderia encontrar o que procurava.Olokum ficou tão feliz que deu à ele , além dos seis mil búzios , a capacidade de transformar-se em serpente e poder , com a ponta do rabo tocar a terra e com a cabeça tocar o céu. Com tal poder Osùmaré transformou-se em serpente esticou-se até a terra de Olorum, no céu e com os seus seis mil búzios falou ao criador: -"Pai cheguei até o Senhor. Tive de esticar-me demais para pedir-lhe ajuda, para fazer de mim aquele que tem capacidade de dobrar tudo que tem". E Olorum dobrou o número de búzios de seis para doze mil.Daí pra frente Oxumaré passou a ser consultado sobre os grandes negócios. Sangô fez dele seu consultor e grande conselheiro, aumentando sua riqueza de Deus do Trovão, ao mesmo tempo que a do próprio Osùmaré. Este poder de se transformar em serpente e ir até o céu deu origem à um Oriki (Poema) muito bonito: "Osùmaré egó bejirin fonná diwó - O Arco -Íris que se desloca com a chuva e guarda o fogo no punho!

Oriki:
Òsùmàrè A Gbe Orun Li Apa Ira
Ile Libi Jin Ojo O Pon Iyun Pon Nana
 O Fi Oro Kan Idawo Luku Wo 
O Se Li Oju Oba Ne Oluwo Li Awa Rese Mesi 
Eko Ajaya Baba Nwa Li Ode Ki Awa Gba Ki A Pupo Bi Orun
 Olobi Awa Je Kan Yo 
O De Igbo Kùn Bi Ojo Okó Ijoku Igbo Elu 
Ko Li Égùn Okó Ijoku Dudu Oju E A Fi Wo Ran

Oxumare ele permanece no Céu que faz a chuva cair na terra
Ele busca os corais, ele busca as contas nana 
Com uma palavra ele examina Luku
Ele faz isso perante seu rei 
Chefe a quem adoramos 
O pai vem ao pátio para que cresçamos e tenhamos vida 
Ele é vasto como o céu
Senhor do Obi, basta a gente comer um deles para ficar satisfeito 
Ele chega à floresta e faz barulho como se fosse a chuva 
Esposo de Ijo, a mata de anil não tem espinhos 
Esposo de Ijoku, que observa as coisas com seus olhos negro
Osumare permanece no Céu que ele atravessa com o braço 
Axè!!




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Danças do Candomblé!

O candomblé é uma religião afro-brasileira que cultua os orixás, divindades da natureza. A dança é uma forma de expressão e devoção aos ori...