terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Explorando a Influência de Ogum nos Cultos Afro-Brasileiros e Nigerianos!

 


Explorando a Influência de Ogum nos Cultos Afro-Brasileiros e Nigerianos

No vasto e intrigante cenário dos cultos afro-brasileiros e nigerianos, a figura imponente de Ogum se destaca como uma deidade de profunda relevância e poder. Este texto propõe uma análise mais aprofundada, buscando desvendar as complexidades e similaridades presentes nos cultos dedicados a Ogum. O objetivo é destacar a significância do culto ao Orixá Ogum e sua conexão intrínseca com o culto a Exu, transcendendo as misturas de práticas religiosas. Vamos mergulhar mais fundo nesse fascinante universo que ultrapassa as fronteiras geográficas.]

 

Ogum é o orixá do ferro, da guerra, da tecnologia e dos caminhos. Ele é o protetor dos guerreiros, dos trabalhadores, dos viajantes e dos desbravadores. Ele é o senhor da ordem, da justiça, da coragem e da vitória. Ele é o pai dos exus, os mensageiros entre os homens e os deuses, os guardiões das encruzilhadas, os senhores do movimento e da comunicação. Ogum e Exu são irmãos inseparáveis, que atuam em conjunto para garantir o equilíbrio e a harmonia do mundo.

 

Nos cultos afro-brasileiros, Ogum é sincretizado com diversos santos católicos, como São Jorge, Santo Antônio, São Pedro e São Sebastião. Ele é saudado com o grito "Ogunhê" ou "Patacori", que significa "salve Ogum" ou "viva Ogum". Ele recebe oferendas de alimentos, bebidas, velas, flores, moedas, ferramentas e armas. Ele se manifesta nos terreiros de umbanda e candomblé, através dos médiuns incorporados, que dançam, cantam, tocam, benzem e aconselham os fiéis.

 

Nos cultos nigerianos, Ogum é cultuado principalmente pelos iorubás, que o chamam de Ogun, e pelos edos, que o chamam de Ogu. Ele é um dos principais orixás do panteão iorubá, que conta com mais de 400 divindades. Ele é o filho mais velho de Oduduwa, o criador do mundo, e o irmão mais velho de Xangô, o rei dos orixás. Ele é o esposo de Iansã, a deusa dos ventos e dos raios, e de Oiá, a deusa dos rios.

Ogum é reverenciado em diversos festivais, rituais e cerimônias, que celebram a sua força, a sua proteção e a sua bênção. Ele é invocado para afastar os inimigos, os obstáculos, as doenças e as energias negativas. Ele é agradecido pelas conquistas, pelos progressos, pelos trabalhos e pelos caminhos abertos. Ele é homenageado com cânticos, danças, tambores, sacrifícios e libações. Ele é representado por símbolos como o ferro, a espada, a lança, o machado, o escudo, o capacete, o arado, a enxada, o martelo, a bigorna, a corrente, o carro, a moto, o trem, o avião, o foguete, o computador, o celular e o satélite.

Ogum é um orixá de múltiplas facetas, que se adapta às diferentes culturas, épocas e situações. Ele é um orixá de transformação, que usa o ferro para moldar o mundo e a sociedade. Ele é um orixá de inovação, que traz o progresso e a tecnologia para a humanidade. Ele é um orixá de libertação, que rompe as barreiras e as fronteiras que limitam os homens. Ele é um orixá de inspiração, que desperta a coragem e a determinação nos seus filhos e seguidores. Ele é Ogum, o guerreiro divino, o senhor do ferro, o dono dos caminhos, o pai dos exus. Ogunhê! Patacori!

Ogum nos Diversos Cultos Brasileiros


No Brasil, Ogum é reverenciado em diversas religiões afro-brasileiras, sendo notável sua presença marcante no Candomblé e na Umbanda. Originado nas tradições yorubás da Nigéria, Ogum encontrou solo fértil nessas terras tropicais, adaptando-se e integrando-se às práticas religiosas locais.

No Candomblé, Ogum é muitas vezes cultuado como um guerreiro poderoso, associado à força, coragem e determinação. Sua presença nos rituais enriquece a atmosfera com uma energia vigorosa, destacando-se como um protetor e defensor dos devotos. Ogum é muitas vezes representado com uma espada, símbolo de sua determinação inabalável.

Na Umbanda, Ogum é igualmente venerado, mas sua essência é moldada de maneira distinta. Aqui, ele é considerado um guia espiritual, oferecendo orientação e força interior. Sua representação como um líder militar é balanceada pela compaixão e compreensão presentes nessa vertente religiosa.

 

Em ambos os cultos, Ogum é sincretizado com São Jorge, o santo católico que venceu o dragão e se tornou um mártir da fé cristã. Essa associação se deve à semelhança entre os atributos de Ogum e São Jorge, ambos guerreiros, corajosos e vitoriosos. O dia de Ogum é celebrado em 23 de abril, mesma data dedicada a São Jorge. Nesse dia, os fiéis prestam homenagens ao orixá, oferecendo-lhe velas, flores, frutas, bebidas, moedas e objetos de metal. Também cantam, dançam e tocam tambores em sua honra.

 

Ogum tem uma forte ligação com Exu, o orixá mensageiro, guardião das encruzilhadas e senhor do movimento. Exu é o filho mais novo de Ogum, e juntos eles formam uma dupla dinâmica, que abre os caminhos, remove os obstáculos e facilita a comunicação entre os homens e os deuses. Ogum e Exu são irmãos inseparáveis, que atuam em conjunto para garantir o equilíbrio e a harmonia do mundo.

 

Ogum também se relaciona com outras divindades, como Oxum, a deusa das águas doces, do amor e da beleza, que foi sua esposa e o seduziu com sua dança e seu canto. Ogum se apaixonou por Oxum e voltou a trabalhar como ferreiro, depois de um período de isolamento na floresta. Ogum também foi casado com Iansã, a deusa dos ventos, dos raios e das tempestades, que o abandonou por Xangô, o orixá do fogo, do trovão e da justiça. Ogum também foi traído por Obá, outra de suas esposas, que também se envolveu com Xangô.

 

Ogum é um orixá de múltiplas facetas, que se adapta às diferentes culturas, épocas e situações. Ele é um orixá de transformação, que usa o metal para moldar o mundo e a sociedade. Ele é um orixá de inovação, que traz o progresso e a tecnologia para a humanidade. Ele é um orixá de libertação, que rompe as barreiras e as fronteiras que limitam os homens. Ele é um orixá de inspiração, que desperta a coragem e a determinação nos seus filhos e seguidores.

Ogum na Nigéria: Raízes Profundas    


Nas terras nigerianas, Ogum é parte integrante das tradições iorubás. Assim como no Brasil, Ogum é adorado como um Orixá guerreiro, com influência marcante em diversos cultos e práticas religiosas. Suas raízes profundas na Nigéria testemunham sua atemporalidade e importância cultural.

Ogum é frequentemente invocado como um protetor e líder militar nos rituais iorubás, destacando-se como uma figura central na mitologia e espiritualidade dessas comunidades. Sua influência ressoa em diferentes expressões religiosas, demonstrando que, independentemente da geografia, Ogum permanece como uma força espiritual unificadora.]

 

Na Nigéria, Ogum é cultuado principalmente pelos iorubás, que o chamam de Ogun, e pelos edos, que o chamam de Ogu. Ele é um dos principais orixás do panteão iorubá, que conta com mais de 400 divindades. Ele é o filho mais velho de Oduduwa, o criador do mundo, e o irmão mais velho de Xangô, o rei dos orixás.

Ogum é reverenciado em diversos festivais, rituais e cerimônias, que celebram a sua força, a sua proteção e a sua bênção. Ele é invocado para afastar os inimigos, os obstáculos, as doenças e as energias negativas. Ele é agradecido pelas conquistas, pelos progressos, pelos trabalhos e pelos caminhos abertos. Ele é homenageado com cânticos, danças, tambores, sacrifícios e libações. Ele é representado por símbolos como o ferro, a espada, a lança, o machado, o escudo, o capacete, o arado, a enxada, o martelo, a bigorna, a corrente, o carro, a moto, o trem, o avião, o foguete, o computador, o celular e o satélite.

 

Ogum também tem uma forte presença no estado de Ogun, que leva o seu nome, na região sudoeste da Nigéria. O estado foi criado em 1976, a partir da divisão do antigo estado de Lagos. Sua capital é Abeocutá, que significa "sob a pedra", em referência à formação rochosa que abriga o palácio do Alake, o rei tradicional dos egbas, um dos subgrupos iorubás. O estado de Ogun é conhecido por sua riqueza mineral, sua produção agrícola e sua indústria. O estado também é famoso por ser o berço de personalidades ilustres, como o escritor Wole Soyinka, o primeiro africano a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura, em 1986, e o ativista Ken Saro-Wiwa, que lutou pelos direitos do povo Ogoni, uma minoria étnica do delta do Níger, e foi executado pelo regime militar nigeriano, em 1995².

 

Ogum é um orixá de múltiplas facetas, que se adapta às diferentes culturas, épocas e situações. Ele é um orixá de transformação, que usa o ferro para moldar o mundo e a sociedade. Ele é um orixá de inovação, que traz o progresso e a tecnologia para a humanidade. Ele é um orixá de libertação, que rompe as barreiras e as fronteiras que limitam os homens. Ele é um orixá de inspiração, que desperta a coragem e a determinação nos seus filhos e seguidores.

A Flexibilidade do Culto a Ogum

Assim como Exu, Ogum é uma deidade cujo culto transcende fronteiras e se adapta a diferentes contextos culturais. A flexibilidade inerente ao culto a Ogum não apenas permite a aceitação de diferentes práticas, mas também a harmonização de elementos contrastantes.

Seja nos rituais fervorosos do Candomblé ou nas cerimônias mais contemplativas da Umbanda, Ogum se revela como uma presença dinâmica que se adapta às nuances específicas de cada tradição. Sua capacidade de integrar variados aspectos, desde oferendas até cânticos, contribui para a riqueza e coesão das experiências espirituais.

O Culto ao Orixá Exu como Fio Condutor

Por trás da diversidade de práticas e representações de Ogum, o fio condutor continua sendo o culto dedicado ao Orixá Exu. Independentemente das diferenças nas abordagens culturais e religiosas, a verdadeira essência espiritual é encontrada na devoção fervorosa a Exu.

A mensagem que ressoa nos cultos a Ogum é a de que a espiritualidade é intrinsecamente inclusiva. A conexão com Exu não apenas une as diversas manifestações de Ogum, mas também destaca a importância de compreender e aceitar além das diferenças culturais e geográficas.

Conclusão: A Perenidade do Culto a Ogum

Ao explorar os cultos a Ogum no Brasil e na Nigéria, testemunhamos uma trama rica de tradições espirituais. A diversidade de expressões culturais em torno de Ogum destaca sua influência duradoura. Independentemente das misturas de cultos, a verdadeira essência reside no culto ao Orixá Ogum, uma deidade que transcende fronteiras e ilumina os caminhos espirituais de seus devotos. Que possamos continuar a explorar e celebrar a profundidade desse culto, honrando a singularidade de Ogum em toda a sua glória.

 Ò dábò!

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