domingo, 8 de julho de 2012

XANGÔ



Xangô, Shango ou Sango, é Orixá, de origem Yorubá. Seu mito conta que foi Rei da cidade de Oyo, identificado no jogo do merindilogun pelos odu obará, ejilaxebora e representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba Sango.
Pierre Verger dá como resultado de suas pesquisas que: Shango ou Xangô, como todos os outros imolè (orixás e ebora), pode ser descrito sob dois aspectos: histórico e divino.
Como personagem histórico, Sangô teria sido o terceiro Aláàfìn Òyó, "Rei de Oyo", filho de Oranian eTorosi, a filha de Elempê, rei dos tapás, aquele que havia firmado uma aliança com Oranian.
Como Divino: Sango erá um mortal filho de um Semi-deus ( Oranian) com uma mortal Torosi sendo assim era altivo e garboso fazendo assim uma Orisa se apaixonar perdidamente por ele, OYA assim que viu o garboso Obá se apaixonou e lhe deu  os segredos dos Raios, Trovões e do Fogo, e no dia que Sango Bebado e brincando com seus novos poderes matou todos de sua aldeia com o fogo que saiu de sua boca e narinas, desesperado Sango se matou e foi para o mundo dos mortos, OYA sabendo disso ficou desesperada e foi se consultar com Orunmila e lhe pediu como fazia para trazer Sango de volta Orunmila disse que não seria possivel então ela se encantou e foi buscar Sango no mundo dos mortos e tranformalo em um Orisa e juntos foram para o Orun.( POR ISSO ALGUNS ANTIGOS DISSEM QUE SANGO TAMBÉM E UM BABA EGUN).
OYA e até hoje a unica ESPOSA DE SANGO!!
Shango Orisá dos raios, trovões, grandes cargas elétricas e do fogo. É viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Por esse motivo, a morte pelo raio é considerada infamante. Da mesma forma, uma casa atingida por um raio é uma casa marcada pela cólera de Sango. Sango é o Orisa do Poder, ele é a representação máxima do poder de Olorum.
  •  Sacerdote de Sango - Magba
     Sacerdotisa de Sango - Iya Magbá
      Atabaque de Sango - Ilu batá
      Toque favorito - Alujá
      Fruto favorito - Orogbo
      Bichos - Akunko (GALO), Agutan(CARNEIRO),bodes (Òbúko), Ajapá(tartaruga), Falcão, Águia e Leão.
      Comida – Amalá
      Saudação: Kawó-Kabiesilé Saudação é a forma com que os Orixas são reverenciados;
      Cores: Vermelho e Branco ou Vermelho e Marrom ou Marrom e Preto ou Marrom e Branco ou somente Marrom ou vermelho.As cores representam os Orixás, e podem variar segundo a linha religiosa;
      Dia da Semana: Quarta-Feira
      Elementos: Fogo, Vulcões, Tempestades, Sol, Trovões, Terremotos, Raios, criador do Culto de Egungun, senhor dos mortos, desertos e formações rochosas;
      Elemento Livro: os livros representam Sangô porque este orixá está ligado as questões da razão, do conhecimento e do intelecto. Bem como a Justiça e o Direito;
      Ferramenta: Oxê, machado duplo de dois cortes laterais feito e esculpido em madeira ou metal;
      Pedra: Meteorito;
      Domínios: Justiça, Poder Estatal, Questões Jurídicas, Pedreiras;
      Oferendas: Amalá, cágado, carneiro, e algumas vezes cabrito. Gosta de Orobô, mas recusa Obi(noz de cola), ao contrário dos demais Orixás;
      
    Folhas mais usada: aroeira branca, alfavaca, abacateiro, bredo, cambará, cajueiro, camboatá, cruzeirinho, caruru da Bahia, cansação do leite,crista de galo, capim de burro, carrapeta, capim limão, desata-nó, erva de S.João, erva tostão, folha da fortuna, folha de fogo,flamboyant, golfo de flor (qualquer que seja a cor), gerâniocheiroso, imbaúba, ingá, jaqueira, jitirana vermelha, esponjeira,milho, mandioca, laranja, manjerona, nega mina, orobô, quiabo,romanzeiro, pimenta macaco, salsaparrilha, tamarineiro,urucum, veludo, vinagreira e maçã.
      DançaAlujá, a roda de Sangô. São vários toques que falam de suas conquistas, seus feitos, suas mulheres e seu poder e domínio como Orixá.

Foi ele quem criou o culto de Egungun, sendo ele o único Orixá que exerce poder sobre os mortos. Sango é a roupa da morte, por este motivo não deve faltar nos Egbòs de Ikù e Egun, o vermelho que lhe pertence. Ao se manifestar nos Candomblés, não deve faltar em sua vestimenta uma espécie de saieta, com cores variadas e fortes, que representam as vestes dos Eguns.

Sango criador de Culto a Egungun

Sango é o fundador do culto aos Eguns, somente ele tem o poder de controlá-los, como diz um trecho de um Itã:
"Em um dia muito importante, em que os homens estavam prestando culto aos ancestrais, com Sango a frente, as Iyámi Ajé fizeram roupas iguais as de Egungun, vestiram-na e tentaram assustar os homens que participavam do culto, todos correram mas Sangô não o fez, ficou e as enfrentou desafiando os supostos espíritos. As Iyámis ficaram furiosas com Sango e juraram vingança, em um certo momento em que Sango estava distraído atendendo seus súditos, sua filha brincava alegremente, subiu em um pé de Obi, e foi aí que as Iyámis Ajé atacaram, derrubaram a Adubaiyani filha de Sango que ele mais adorava. Sango ficou desesperado, não conseguia mais governar seu reino que até então era muito próspero, foi até Orunmilá, que lhe disse que Iyami é quem havia matado sua filha, Sango quis saber o que poderia fazer para ver sua filha só mais uma vez, e Orunmilá lhe disse para fazer oferendas ao Orixá Iku (Oniborun), o guardião da entrada do mundo dos mortos, assim Sango fez, seguindo a risca os preceitos de Orunmilá.
Sango conseguiu rever sua filha e pegou para sí o controle absoluto dos mistérios de Egungun (ancestrais), estando agora sob domínio dos homens este culto e as vestimentas dos Eguns, e se tornando estritamente proibida a participação de mulheres neste culto, caso essa regra seja desrespeitada provocará a ira de Olorun. Sango , Iku e dos próprios Eguns, este foi o preço que as mulheres tiveram que pagar pela maldade de suas ancestrais."
Sango foi o quarto rei lendário de Oyo (Nigéria, África), tornado Orixá de caráter violento e vingativo, cuja manifestação são o fogo, o Sol, os Raios, as Tempestades e os trovões. Filho de Oranian, teve várias esposas sendo as mais conhecidas: Oyá, Osun e Obá. Sango é viril e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Sua ferramenta é o Oxê: machado de dois gumes. Sango é o Orisa do Poder, ele é a representação máxima do poder de Olorun.
Enquanto Osòosi é considerado o Rei da nação de ketu, Sango é considerado o rei de todo o povo yorubá. Orixá do fogo, dos raios e das tempestades, Sango foi um grande rei que unificou todo um povo. Foi ele quem criou o culto de Egungun, muitos Orixás possuem relação com os Egunguns mas, ele é o único Orixá que, verdadeiramente, exerce poder sobre os mortos, Egungun. Sango é a roupa da morte, Axó Iku, por este motivo não deve faltar nos Egbòs de Ikù e Egun, o vermelho que lhe pertence. Ao se manifestar nos Candomblés, não deve faltar em sua vestimenta uma espécie de saieta, com cores variadas e fortes, que representam as vestes dos Eguns
Sango era forte, valente, destemido e justo. Era temido, e ao mesmo tempo adorado. Comportou-se em algumas vezes como tirano, devido a sua ânsia de poder, chegando até mesmo a destronar seu próprio irmão, para satisfazer seu desejo. Filho de Yamasse (Torosi) e de Oranian, foi o regente mais poderoso do povo yorubá. Ele também tem uma ligação muito forte com as árvores e a natureza, vindo daí os objetos que ele mais aprecia, o pilão e a gamela; o pilão de Sango deve ter duas bocas, que representam a livre passagem entre os mundos, sendo Sango um ancestral (Egungun). Da natureza, ele conseguiu profundos conhecimentos e poderes de feitiçaria, que somente eram usados quando necessário. Tem também uma forte ligação com Osumaré, considerado por ele como seu fiel escudeiro.
Sango é cultuado no Brasil, sob 12 (doze) Epítetos. Vale salientar, que muitos seguem cegamente as ditas qualidades de Sango da Bahia, e não é bem assim, por exemplo, Airá é um outro Orixá que não se dá com Sango.Reza a lenda que Ayra era muito próximo de Sango, e quando Osalufã, em visita ao reino de Sango, foi erroneamente confundido com um ladrão, teve suas pernas quebradas e foi preso. Uma vez Sango percebendo o engano, mandou que o tirassem da prisão, o limpassem e dessem a ele vestimentas condizentes com a grandiosidade de Osalufã, porém Osalufã estava viajando e teria ainda outros lugares para ir. Por ser muito velho e agora com as pernas tendo sido quebradas, a locomoção havia sido afetada, fazendo que Oxalufã andasse curvado e muito vagarosamente. Sango então mandou que Ayrá levasse Osalufã nas costas até a próxima cidade. Ayrá, percebendo ali a sua grande oportunidade, durante o caminho se voltou contra Sango, falando a Osalufã que Sango sabia que ele estava preso, acabando por ganhar a confiança de Osalufã, que o tomou para si; razão pela qual Ayrá usa branco, mas nao é um fun-fun. Sango que nao suporta traições se irritou com a atitude de Ayrá cortando relações com ele, desde então eles jamais devem ser cultuados juntos ou mantidos na mesma casa.

Os Epitetos  de Sango:
  • Afonjá - Afonjá, o Balé (governante)da cidade de Ilorin. Afonjá era também Are-Ona-Kaka-n-fo, quer dizer líder do exército do império. Segundo a história de Oió, no início do século dezenove, Oió era governada pelo rei Aolé, ele possuía aliados que eram espécies de Generais, que lhe davam todo o tipo de apoio mantendo assim o podes absoluto sobre o Reino Iorubá e os reinos anexados. Mas um dia um desses generais resolveu se rebelar contra Oió e se unir com os inimigos, esse general se chamava Afonjá que era conhecido como Kakanfo de Ilorin. Declarou-se independente de Oió. Com isso o Rei de Oió Aolé se envenenou para não ver o desmembramento do Império. Afonjá traíu o Império Iorubá, mas quando os rebeldes assumiram o poder Afonjá foi decaptado pelo seu novo aliado. Este alegou que se um homem traíu seu antigo rei ele voltaria a trair tantos outros.
  • Obá Kosso - Título que Sango recebe ao fundar a cidade de Kossô nos arredores de Oió, tornando-se seu Rei. Título dado também a Aganju, irmão gêmeo de Sango quando de sua chegada em Oió foi aclamado como o Rei Não se Enforcou, Obá Kô Sô.
  • Obá Lubê - Título de Sango que faz referência a todo o seu poder e riqueza, pode ser traduzido como Senhor Abastado.
  • Obá Irù ou Barù - Título dado a Sango logo após chegar ao apogeu do império, quando cria o culto de Egungun, é aclamado como a forma humana do Deus primordial Jakutá sobre a terra,senhor dos raios, tempestades, do Sol e do fogo em todas as suas formas. Ele acaba por destroir a capital do Reino numa crise de cólera e depois arrependido, se suicida , adentrando na terra.
  • Obá Ajakà - Também intitulado Bayaniym," O pai me escolheu ", que faz referência a ele por ser o filho mais velho de Oraniã, e ter por direito que assumir o trono, irmão mais velho de Xangô.
  • Obá Aganjù - Aganju representa tudo que é explosivo, que não tem controle, ele é a personificação dos Vulcões.
  • Obá Orungã - Filho de Aganju Solá e Iemanjá, Orungan é dono da atmosfera é o ar que respiramos, dono da camada que protege a Terra. Ver mais abaixo.
  • Obá Ogodô - Muito falado também, é apenas o que se diz sobre Sango, pois, Ogodô é o verbo bocejar. Então, quando está trovejando, o que se diz é que Sango está bocejando. Dai Sango Ogodô, é apenas um título de Sango.
  • Jakutà ou Djakutà - Jakutá, é a representação da justiça e da ira de Olorun, míticamente Sango foi iniciado para este Orixá sendo considerado como a forma divina primordial do mesmo. Ele foi enviado em sua forma divina por Olorun para estabelecer a ordem e submeter Oduduá e Oxalá aos planos da criação durante um momento de conflito entre as divindades. É o próprio Xangô.
  • Obá Arainã - Oroinã e Oraniã - Personificação do fogo, o magma do centro da terra é o pai de Sango e de Aganju em sua forma humana.
  • Olookê - Orixá dono das montanha, em algumas lendas é um dos filho de Oraniã, foi casado com Yemanjá.


O MINISTÉRIO DE SANGÔ

O conselho divino de Sangô está representado por 12 Obás - sendo seis à direita e seis à esquerda - todos descendentes de Alafins. Tudo nesse tribunal divino será julgado por eles em nome do Deus do trovão. Sangô, no Brasil é aclamado como o Deus da justiça e da verdade. O número 12 equivale ao equilíbrio de Sangô. São eles:
Os ministros da direita:
Obá Abiodum
Onikoyi - rei de Ikoyi
Aresá - rei de Iresá
Onanxokum
Otaleta
Olugbon - rei de Ogbon

Os ministros da esquerda:
Arè ou Arè Onankakanfo
Otun Onikoyi - braço direito de Xangô e segunda pessoa
Otun Onanxokum
Oji Onikoyi - braço esquerdo de Xangô 
Eko Kankafo - general de armada, chefe das tropas.


Relação de todos os Alafins de Oyó:

1. Oranmiyan

2. Ajaka - foi destronado
3. Sango - tornou-se divinizado como o deus do trovão e relâmpago
4. Ajaka - re-instalado
5. Aganju
6. Kori
7. Oluaso
8. Onigbogi - evacuação realizada de Oyo-Ile, provavelmente por volta do
século 16 "Havia 36 outros reis após Onigbogi.
9. Ofiran - construiu a cidade de Shaki
11. Egunoju - fundador do Oyo Igboho
12. Orompoto - especula-se ser uma mulher
13. Ajiboyede -
14. ABIPA - 1570-1580
15.Obalokun - 1580-1600
16. Oluodo - Ele não foi sepultado em BARA (The Royal cemitério, daí o seu nome foi suprimido)
17. Ajagbo - 1600-1658
18.Odaranwu - 1658-1660
19. Kanran - 1660-1665
20. Jayin - (Nomeado o Awuyale primeiro Ijebu Ode) 1655-1670
21. Ayibi - 1678-1690
22. Osiyango - 1690-1698
23. Ojigi - 1698-1732
24. Gbaru - 1732-1738
25. Amuniwaye - 1738-1742
26. Onisile - 1742-1750
27. Labisi - 1750
28. Awonbioju - 1750
29. Agboluaje - (Festival Bere Celebrado) 1750-1772
30. Majeogbe - 1772-1775
31. Abiodun - (Festival Bere Celebrado) 1755-1805
32. AOLE
33. Adebo
34. Maku - 1802-1830
35. Majotu - (Ilorin dimensionada pelos Fulani)
36. Amodo - 1830
37. Oluewu - (queda de Oyo antigo) 1833-1834
38. Abiodun Atiba - (Fundador de Oyo atual, celebrada Bere Festival) 1837-1859
39. Adelu - 1858-1875
40. Adeyemi I - 1875-1905
41. Lawani Agogoija - 1905-1911
42. Ladigbolu - 15 de janeiro de 1911-dezembro 19, 1944
43. Adeniran Adeyemi II - 05 de janeiro de 1945-setembro 20, 1955
44. Bello Gbadegesin - (Ladigbolu II) 20 de julho de 1956-1968
45. Adeyemi III - (Presente Alaafin de Oyo e Chefe de terra iorubá) 14 de janeiro de 1971 até à data vigente.

Características dos filhos de Sango
É muito fácil reconhecer um filho de Sango apenas por sua estrutura física, pois seu corpo é quase sempre muito forte, com uma quantidade razoável de gordura, apontando a sua tendência à obesidade; mas a sua boa constituição óssea suporta o seu físico avantajado. Há também os magros e muito elegantes.
Com forte dose de energia e auto-estima, os filhos de Sango têm consciência de que são importantes e respeitáveis, portanto quando emitem sua opinião é para encerrar definitivamente o assunto. Sua postura é sempre nobre, com a dignidade de um rei. Sempre andam acompanhados de grandes comitivas; embora nunca estejam sós, a solidão é um de seus estigmas.
Conscientemente são incapazes de ser injustos com alguém, mas um certo egoísmo faz parte de seu arquétipo. São extremamente austeros (para não dizer sovinas), portanto não é por acaso que Sango dança alujá com a mão fechada. Gostam do poder e do saber, que são os grandes objectos de sua vaidade.
São amantes vigorosos, em seu lado negativo, pobre das mulheres cujos maridos são de Sango. Um filho de Sango está sempre cercado por amigos, auxiliares, no caso de governantes, empresários, mas a tendência é que aqueles que decidem ao seu lado sejam sempre homens.
Os filhos de Sango são obstinados, agem com estratégia e conseguem o que querem. Tudo que fazem marca de alguma forma sua presença; fazem questão de viver ao lado de muita gente e têm pavor de ser esquecido, pois, sempre presentes na memória de todos, sabem que continuarão vivos após a sua ‘retirada estratégica’.
Itan:
Sango era filho de Oranian, valoroso guerreiro,
cujo corpo era preto à direita e branco à esquerda.
Homem valente à direita,
homem valente à esquerda.
Homem valente em casa,
homem valente na guerra.
Oranian foi o fundador do Reino de Oyó, na terra dos iorubas.
Durante suas guerras, ele passava sempre por Empê,
em território Tapá, também chamado Nupê.
Elempê, o rei do lugar, fez uma aliança com Oranian
e deu-lhe, também, sua filha em casamento.
Desta união nasceu este filho vigoroso e forte, chamado Sango.
Durante sua infância em Tapá, Sango só pensava em encrenca.
Encolerizava-se facilmente, era impaciente,
adorava dar ordens e não tolerava reclamação.
Sango só gostava de brincadeira de guerra e de briga.
Comandando os pivetes da cidade, ele ia roubar os frutos das árvores.
Crescido, seu caráter valente o levou a partir em busca de aventuras gloriosas.
Sango tinha um Oxé - machado de duas lâminas;
tinha, também, um saco de couro, pendurado no seu ombro esquerdo.
Nele encontravam-se os elementos do seu poder ou axé:
aquilo que ele engolia para cuspir fogo e amedrontar, assim, seus adversários,
e a pedra de raio com as quais ele destruía as casas de seus inimigos.
O primeiro lugar que Sango visitou chamava-se Kossô.
Aí chegando, as pessoas assustadas disseram:
"Quem é este perigoso personagem?"
"Ele é brutal e petulante demais!"
"Não o queremos entre nós!"
"Ele vai atormentar-nos!"
"Ele vai maltratar-nos!"
"Ele vai espalhar a desordem na cidade!"
"Não o queremos entre nós!"
"Mas Sango os ameaçou com seu oxé.

Sua respiração virou fogo
e ele destruiu algumas casas com suas pedras de raio.
Todo mundo de Kossô veio pedir-lhe clemência, gritando:

Kabiyei Sango, Kawo Kabiyei Sango Obá Kossô!
"Vamos todos ver e saudar Xangô, Rei de Kossô!"

Quando Sango tornou-se rei de Kossô, ele pos-se à obra.
Contrariamente ao que as pessoas desconfiavam e temiam,
Sango fazia as coisas com alma e dignidade.
Ele realizava trabalhos úteis à comunidade.
Mas esta vida calma não convinha a Sango.
Ele adorava as viagens e as aventuras.
Assim, partiu novamente e chegou à cidade de Irê, onde morava Ogum.
Ogum o terrível guerreiro,
Ogum o poderoso ferreiro.
Ogum estava casado com Iansã, senhora dos ventos e das tempestades.
Ela ajudava Ogum em suas atividades.
Toda manhã, Iansã o acompanhava à forja
e o ajudava, carregando suas ferramentas.
Era ela, ainda, que acionava os sopradores para atiçar o fogo.
O vento soprava e fazia: fuku, fuku, fuku.
E Ogum batia sobre a bigorna: beng, beng, beng...
Sango gostava de sentar-se ao lado da forja para ver Ogum trabalhar.
Vez por outra, ele olhava para Iansã.
Iansã, também, espiava furtivamente Sango.
Sango era vaidoso e cuidava muito da sua aparência,
a ponto de trançar seus cabelos como os de uma mulher.
Ele fizera furos nos lobos de suas orelhas, onde pendurava argolas.
Usava braceletes e colares de contas vermelhas e brancas.
Que elegância!
Muito impressionada pela distinção e pelo brilho de Sango,
Iansã fugiu com ele e tornou-se sua primeira mulher.
Sango voltou por pouco tempo a Kossô,
seguindo depois, com seus súditos, para o reino de Oyó,
o reino fundado, antigamente, por seu pai Oranian.
O trono estava ocupado por um meio-irmão de Sango, mais velho que ele,
chamado Dadá-Ajaká - rei pacífico, que amava a beleza e a arte.
Sango instalou-se em Oyó, num novo bairro que chamou de Kossô.
E conservou, assim, seu título de Obá Kossô - "Rei de Kossô".
Sango guerreava para seu irmão Dadá.
O reino de Oyó expandia-se para os quatro cantos do mundo.
Ele se estendeu para o Norte.
Ele se estendeu para o Sul.
Ele se estendeu para o Leste e ele se estendeu para o Oeste.
Sango, então, destronou seu irmão Dadá-Ajaká e fez-se Rei em seu lugar.


"Viva o Rei Sango, dono do palácio de Oyó e Senhor do Mundo!"

Sango construiu um palácio de cem colunas de bronze.
Ele tinha um exército de cem mil cavaleiros.
Vivia entre suas mulheres e seus filhos.
Iansã, sua primeira mulher, era bonita e ciumenta.
Osun, sua segunda mulher, era coquete e dengosa.
Obá, sua terceira mulher, era robusta e trabalhadora.
Sete anos mais tarde, foi o fim do seu reino:
Sango, acompanhado de Iansã, subira à colina Igbeti,
cuja vista dominava seu palácio de cem colunas de bronze.
Ele queria experimentar uma nova fórmula que inventara para lançar raios.

Baoummm!!!

A fórmula era tão boa que destruiu todo o seu palácio!
Adeus mulheres, crianças, servos, riquezas, cavalos, bois e carneiros.
Tudo havia desaparecido fulminado, espalhado e reduzido a cinzas.
Sango, desesperado, seguido apenas de Iansã, voltou para Tapá.
Entretanto, chegando a Kossô, seu coração não suportou tanta tristeza.
Sango bateu violentamente com os pés no chão e afundou-se terra adentro.
Iansã, solidária, fez o mesmo em Irá.
Osun e Obá transformaram-se em rios
e todos tornaram-se orixás.

Oriki

Sángiri-làgiri, 
Que racha e lasca paredes
Olàgiri-kàkààkà-kí Igba Edun Bò 
Ele deixou a parede bem rachada e pôs ali duzentas pedras de raio
O Jajú Mó Ni Kó Tó Pa Ni Je 
Ele olha assustadoramente para as pessoas antes de castigá-las
Ó Ké Kàrà, Ké Kòró 
Ele fala com todo o corpo
S' Olórò Dí Jínjìnnì 
Ele faz com que a pessoa poderosa fique com medo
Eléyinjú Iná 
Seus olhos são vermelhos como brasas
Abá Won Jà Mà Jèbi 
Aquele que briga com as pessoas sem ser condenado porque nunca brigak injustamente
Iwo Ní Mo Sá Di O 
É em ti que busco meu refúgio.
Sango Ona Mogba
Bi E Tu Bá Wó Ile 
Se um antílope entrar na casa
Jejene Ni Mú Ewure 
A cabra sentirá medo.
Bi Sango Bá Wó Ile 
Se Sango entra na casa
Jejene Ni Mú Osa Gbogbo 
Todos os Orisa sentirão medo.


Kabiyesi Obá mi Sàngó.
(Eu lhe saúdo meu rei Xangô)
Erikú elemele, oko Oyá 
(Divindade imortal, esposo de Oyá)
Ogírí ekun olojú iná
(Leopardo dos olhos de fogo)
Okunrin alagbara inu afefe
(Homem poderoso que vive dentro do furacão)
Okunrin ege, onilé olá, elerin ojobo
(Homem sensual, dono da casa da fortuna, famoso por seu bom humor)
Orisá warawere bi ategun
(Orixá ágil como o vento)
Otá opurò
(Inimigo dos mentirosos)
Iwo ni mo sá di ò!
(Em tí busco o meu refúgio)



 ÀDÚRÀ TI SÒNGÓ

Oba ìrú l’òkó
O Rei lançou uma pedra.
Oba ìrú l’òkó
O Rei lançou uma pedra.
Yámasé kun kò  wà ira òje
Iyámasse cavou ao pé de uma grande árvore e encontrou
(Aganju/Ogodo/Afonjá) ko  má  nje  lekan
(Aganju/Ogodo/Afonjá) vai brilhar, então , mais uma vez como trovão
Árá   l´okò  láàyá
Lançou uma pedra com força (coragem)
Tobi fori òrìsà
O Grande Orixá do orum (terra dos ancestrais) vigia.
Oba sorun alá alàgba òje
Rei que conversa no céu e que possui a honra dos Òje
Oba sorun alá alàgba òje
Rei que conversa no céu e que possui a honra dos Òje.
Ó níìka,  ó Níìka 
Ele é cruel, ele é cruel(o trovão ).
Áwè  jè  atètú 
Eu jejuo para o punidor.Badé,  badé  ìyá Tèmi 
Badé, badé, meu espírito sofreÓ  níìka,  ó  níìka  árá  ìn  álàde  o 
Ele é cruel, o trovão é cruel sim. O dono da coroa é cruel.
Ó  níìka  àwe  jé  atètu
Ele é cruel, ele é cruel(o trovão )Eu jejuo para o punidor.
Aira  ma  sá  re  awo,  ariwo,  ale  odó 
Airá(o trovão), verdadeiramente voa e cai ruidosamente.
Ma  sè 
Forte como um pilão, como um tambor ( barulho ).
Aira  ma  sá  re  awo,  ariwo,  ale  odó
Airá(o trovão), verdadeiramente voa e cai ruidosamente.
Ma  sè  
Forte como um pilão, como um tambor ( barulho ).
Yèyé,  kèrè-kèrè  lo  ni  joko  ayagba 
O pássaro vagarosamente senta e chora para as grandes mães.
Ale  odó  ma  sè 
Forte como um pilão, como um tambor ( barulho ).


Roda de Xangô


Ó níìka, ó Níìka Ele é cruel, ele é cruel(o trovão ).
Áwè jè atètú Eu jejuo para o punidor.
Badé, badé ìyá Tèmi Badé, badé, meu espírito sofre
Ó níìka, ó níìka árá ìn álàde o Ele é cruel, o trovão é cruel sim. O dono da coroa é cruel.
Ó níìka àwe jé atètu Ele é cruel, ele é cruel(o trovão )Eu jejuo para o punidor.
Aira ma sá re awo, ariwo, ale odó Airá(o trovão), verdadeiramente voa e cai ruidosamente.
Ma sè Forte como um pilão, como um tambor ( barulho ).
Aira ma sá re awo, ariwo, ale odó Airá(o trovão), verdadeiramente voa e cai ruidosamente.
Ma sè Forte como um pilão, como um tambor ( barulho ).
Yèyé, kèrè-kèrè lo ni joko ayagba O pássaro vagarosamente senta e chora para as grandes mães.
Ale odó ma sè Forte como um pilão, como um tambor ( barulho ).

Oba ìrú l´òkò O Rei lançou uma pedra.
Oba ìrú l´òkò O Rei lançou uma pedra.
Ìyámasse kò wà Iyámasse cavou ao pé de uma grande
Ìrà oje árvore e encontrou.
Aganju ko má nje lekan Aganju vai brilhar, então , mais uma vez como trovão.
Árá l´okò láàyá Lançou uma pedra com força (coragem)
Tóbi òrìsà, O Grande Orixá do orum (terra dos ancestrais) vigia.
Oba só òrun O Rei dos trovões, está no pé
Árá oba oje de uma grande árvore ( pedra de raio )


Béè ni je a! pá bo Sim, comer(amalá)dentro(de uma gamela) com satisfação, de uma só vez, adorando.
Je bí o o ni a! pá bo Comer, nascer dele, dentro(de uma gamela)com satisfação, de uma só vez, adorando.

E ni pá léèrín àdá bá lài Cortado muitas vezes(o quiabo),sempre com cutelo, dentro da gamela

Ìmó wá mònà mòwé Procurar conhecimento,
Kó je nà mímò àsé certamente torna inteligente.
Kó je nà mímò àsé A comida (amalá) faz adquirir
Kó je nà mímò àsé e aumenta o conhecimento do Axé.

Àwa dúpé ó oba dodé Nós agradecemos a presença do Rei que chegou.
A dúpé ó oba dodé Nós agradecemos a presença do Rei que chegou.

A dupé ni mòn oba e kú alé
A dupé ni mòn oba e kú alé Nós agradecemos por conhecer o Rei, boa noite a vossa majestade.
Ó wá , wá nilè Ele veio, está na terra.
A dupé ni mòn oba e kú alé

Fé lè fé lè Ele quer poder…ele quer poder ( vir )
Yemonja wé okun Iemanjá banha (lava) com água do mar
Yemonja wé okun Dê-nos licença para vermos através dos
Àgó firè mòn seus olhos e conhecer-mos…
Àgó firè mòn Dê-nos licença…
Ajaká igba ru , igba ru Ajaká traz na cabeça, traz na cabeça ( água do mar )
Ó wá e Então estas de volta.

Sàngbá sàngbá Ele executou feitos maravilhosos, feitos maravilhosos.
Didè ó ní Ígbòdo Pairou sobre Igbodo,
Ode ni mó os caçadores
Syìí ní, òní ó sabem disto.

Òní Dàda , àgò lá rí Senhor Dadá, permita-nos vê-lo !!
Òní Dàda , àgò lá rí Senhor Dadá, permita-nos vê-lo !!

Dàda má sokun mò
Dàda má sokun mò Dadá não chore mais.
Ò feere ó ní feere É franco tolerante,
Ó bgé l´orun ele vive no orun,
Bàbá kíní l´onòn da rí é o pai que olha por nós nos caminhos.

Báyànni gìdigìdi , Báyànni olà
Báyànni gidigidi , Báyànni olà Baiani ( Ajaká ) é forte como um animal e muito , muito rico.
Báyànni adé , Báyànni òwò A coroa de Baiani é honrosa e muito rica.
Báyànni adé , Báyànni òwò
Fura ti ´ná, Fura ti ´ná e , Fura ti ´ná, Desconfie do fogo, desconfie do fogo.
Àrá lò si sá jó O raio é a certeza de que ele queimará.
Fura ti ´ná, Fura ti ´ná e , Fura ti ´ná, Desconfie do fogo, desconfie do fogo.
Àrá lò si sá jó O raio é a certeza de que ele queimará.

O cântico chama a atenção para que os descuidados, não tenham a devida cautela e respeito com o fogo.
Este elemento, fundamental na vida do homem, pode lhe proporcionar conforto, mas quando sem controle, pode significar a morte. O raio é a certeza de que ele queimará, pois seu direcionamento é incerto.

Ìbà òrìsà
Ìbà Onílè Abenção dos orixás,
Onílè mo júbà o Abenção do Senhor da terra,
Ìbà òrìsà , Ìbà Onílè Ao Senhor da terra (Onilê)
Onílè mo júbà o minhas saudações.

O cântico saúda Onilê o “Senhor da terra”, nas cerimônias dedicadas aXangô, oferendas são destinadas á terra, para que este orixá permita sobre seu templo, “A Terra” ser acesa a fogueira de Xangô.

Òràn in a lóòde o Sim, a circunstância o colocou de fora.
Bara enì já, ènia rò ko O mausoléu real quebrou ( não foi usado )
Oba nù Ko´so nù rè lé o O homem não se pendurou.
Bara enì já, ènia rò ko O rei sumiu, não se enforcou, sumiu no chão e reapareceu.
Ó níìka wòn bò lórun kéréjé O mausoléu real quebrou ( não foi usado )
Ó níìka wòn bò lórun O homem não se pendurou.
Kéréjé àgùtòn Ele é cruel, olhou, retornou para o rum,
Ìtenú pàdé wá lóna deu um grito enganando ( seus inimigos ).
Í níìka si relé O carneiro mansamente procura e encontra o caminho
Ibo si òràn in a lóòde o Ele é cruel contra os que humilham.
Bara enì já, ènia rò ko A consulta ao oráculo foi negativa.
Oní máa, ni wó èjé O verdadeiro senhor é contra juras ( falsas ) .
Bara enì já, ènia rò ko Sim, a circunstância o colocou de fora. O homem não se pendurou.

Oba sérée la fèhinti Incline-se o rei do xere salvou-se
Oba sérée la fèhinti Incline-se o rei do xere salvou-se
Oba ni wá ìyé bè l´órun Suplique ao rei que existe e vive no orum.
Oba sérée la fèhinti Incline-se o rei do xere salvou-se

Eye kékéré O pequeno pássaro na cabeça, é da esquerda,
Adó Òsi arálé é parente da mãe do rio , mase.
Ìyá l´odó mase
Eye ko kéré lánú Apanhou com gentileza, o pequeno e sofrido pássaro
Soko ìyágba l´odò mase a grande mãe do rio , mase.

A níwà wúre Nós temos a existência e a boa sorte.
A wúre níwà Nós temos a boa sorte e a existência
A níwà wúre Nós temos a existência e a boa sorte.
A wúre níwà Nós temos a boa sorte e a existência
Oba lùgbé obaladó O rei afugentou ( os maus feitores ) o rei do pilão.
Obaladó rí sò O rei do pilão olha e arremessa ( os raios )
Obaladó O rei do pilão.
Olówó Abastado Senhor, aquele que definitivamente
Kó mà bò , mà bò dá proteção, dá proteção.
Kó mà bò Aquele que definitivamente dá proteção.
Olówó Abastado Senhor, aquele que definitivamente
Kó mà bò , mà bò dá proteção, dá proteção.
Aláààfín òrìsà Senhor do palácio e orixá.

Omo àsìkó Bèrè Os filhos , com o tempo, iniciaram o ( culto do )
Èkó inón, Èkó inón fogo de Ékó ( lagos ), o culto do fogo de Ékó.
Omo àsìkó Bèrè Os filhos , com o tempo, iniciaram o ( culto do )
Èkó inón, Lóòde roko fogo de Ékó, ao redor das plantações.
Omo àsìkó Bèrè Os filhos , com o tempo, iniciaram o ( culto do )
Èkó inón, Èkó inón fogo de Ékó ( lagos ), o culto do fogo de Ékó.
Omo àsìkó Bèrè Os filhos , com o tempo, iniciaram o ( culto do )
Èkó inón, fogo de Ékó,
Èrù njéjé com medo extremo.

Àgó l´óna e Licença no caminho.
Dìde máa dáago Levantem-se, eles estão chegando na hora
Àgo àgo l´óna prevista ( de costume )
E dìde máa yo Levantem-se com alegria habitual
Kórò wà nise o Que o ritual teve trabalho.

Oba ní sà rè lóòkè odó Ele é o rei que pode despedaçá-lo sobre o pilão;
Ó bé rí omon Aquele que cumprimenta como um guerreiro os filhos,
Oba ní sà rè lóòkè odó Ele é o Rei que pode despedaçá-lo sobre o pilão.
Oba kòso ayò O Rei de kosó com alegria.

Máà inón inón
Máà inón wa inón inón Não mande fogo, não mande fogo sobre nós,
Oba Kòso vos pedimos em vosso templo, não mande fogo;
Olóko so aráaye o lavrador pede pela humanidade,
Máà inón inón não mande fogo,
Oba Kòso aráaye rei de Kosó que governa a humanidade
Máà inón inón não mande sefogo,
Oba Kòso aráaye rei de Kosó que governa a humanidade

Aláàkòso e mo júbà O Senhor de Kosó, a vós meus respeitos,
Á ló si oba ènyin nós iremos a vós,
Oba tan jé ló síbè rei a quem iremos
Ló si oba ènyin contar tudo.

A sìn e doba àra Nós vos cultuamos, rei dos raios, que
Àra yìí ló síbè ènyin estes raios vão para (lá)longe de nós.
A sìn e doba àra Nós vos cultuamos, rei dos raios, que
Àra yìí ló síbè ènyin estes raios vão para (lá)longe de nós.

Gbáà yìí l’àse onílá lòkè, baàyònnì Ele possui um axé enorme
Gbáà yìí l’àse senhor da riqueza.
Gbáà yìí l’àse onílá lòkè, baàyònnì Que governa acima das coroas.
Gbáà yìí l’àse

Sàngó e pa bi àrá aáyé aáyé Xangô mata com o raio sobre a terra.
Sàngó e pa bi àrá aáyé aáyé Xangô mata arremessando raios sobre a terra.

Fírí ínón fírí ínón Ele lança rapidamente o fogo, lança rapidamente o fogo
Fírí ínón bàiyìnjó rapidamente o fogo o fogo às vezes fraco(poucas luz)
Máà ínón, máà ínón Não nos mande fogo, não nos mande fogo
Fírí ínón bàiyìnjó Ele lança o fogo às vezes fraco.

Barú de sobo ada Barú faz emboscada em Sobô de facão.
se ké èré, se ké èré Faz gritar e é vitorioso.
de sobo ada

Àjàká máa bè ká wòóo Ajaká não implora nem mesmo ao poderoso Xangô.
Àjàká máa bè ká wòóo Ajaká não implora nem mesmo ao poderoso Xangô.
A e bàbá àjàká máa bè ká wòóo Nosso pai Ajaká
Àjàká máa bè ká wòóo não implora nem mesmo ao poderoso Xangô.
Àjàká máa bè ká wòóo

Àjàká òké Òrìsá O orixá do monte Ájàká.
Àjàká òké Òrìsá O orixá do monte Ájàká.

Ò be ri ó, ní Dàda sókun, Ele existe, eu vi, e é Dada quem chora
Àwa ri ó ó ní Dada sókun. Ele existe, eu vi, e é Dada quem chora

Aé aé ó gbè lê mònsó ojú omon Aê aê ele reconhece pelo olhar seus filhos.
Aé aé ó gbè lê mònsó ojú omon Aê aê ele reconhece pelo olhar seus filhos.
Oba olórí légé ó ni yé oba olórí Chefe dos Reis, fino e agradável
Ilú Àfonjá dé ó, aé aé bé, ri ó Chefe da terra, ele é Àfonjá que chega aê aê
aé aé bé, ri ó aé aé bé, ri ó Ele existe, eu o vi, aê aê ele existe, eu o vi,
Ò bé, ri ó ( ikú kójáàdé-ó kótà èrú) eu o vi, (ele levou a morte para fora – ele vende os medrosos)

Agonjú Órìsá awo Ògbóni Aganjú orixá do culto Ògbóni
Agonjú Órìsá awo Ògbóni Aganjú orixá do culto Ògbóni
Àwúre, Sàngò àwúre Nos dê boa sorte, Xangô, nos dê Boa sorte.
Ògbóni, Ògbóni, Ògbóni Ògbóni, Ògbóni, Ògbóni
Àwúre, Sàngò àwúre Nos dê boa sorte, Xangô, nos dê Boa sorte.

Káwòóo, Káwòóo Sàngò Dàhòmì Vossa Alteza Real,
Káwòóo Ka biyè si e Sua Real Majestade !!
Sàngò Dàhòmì Poderoso Xangô! Proteja-nos das guerras do Dàhòmi.

Oba sérée òwa fé yìí sìn É para o rei que tocamos o xere, e é a este rei que queremos cultuar
Oba sérée òwa fé yìí sìn É para o rei que tocamos o xere, e é a este rei que queremos cultuar
Oba àwa òjòó oro ní oba Nosso rei da tempestade, ele é o rei
Oba sérée oba fé yìí sìn É para o rei que tocamos o xere, e é a este rei que queremos cultuar

Kíní ba, kíní ba, àrá won pè Poderoso Senhor que racha o pilão e oculta-se
Kíní ba, o sérée alado àwúre. Que impõe os raios e os chama de volta, abençoe-nos.
Obaladô é um dos títulos de Xangô significando “o rei que racha o pilão”

Àwúre lê, Àwúre lé kólé Abençoe-nos e traga boa sorte à nossa casa, que ela não seja roubada.
Àwúre lê, Àwúre lé kólé Abençoe-nos e traga boa sorte à nossa casa, que ela não seja roubada.
Àwa bo nyin maá ri àwa jalè Nós que o cultuamos, jamais veremos nossa casa roubada.
Àwúre lê, Àwúre lé kólé Abençoe-nos e traga boa sorte à nossa casa, e que não venham ladrões.

Ó fì làbà, làbà…. Ò fì làbà Ele usa bolsa de couro…
Ó fì làbà, làbà…. Ò fì làbà Ele usa bolsa de couro.

Ó jìgòn àwa lé npé ó jìgòn nlá Ele é imenso, o maior de nossa casa, ele é gigantesco
Jìgòn àwa lé npé ó jìgòn nlá Em nossa casa o chamamos de o maior entre os gigantes.

E kí Yemonjá ago, Tapa Tapa Cumprimentemos Iemanjá pedindo licença a nação Tapa.
E kí Yemonjá ago, Tapa Tapa Cumprimentemos Iemanjá pedindo licença a nação Tapa.

Oba sà rewà ele mi jéé jéé Rei que ama o belo, senhor que me conduz serenamente
Kù tù kù tù awo dé rè sé antes do culto chega com o seu oxê
Oba sà rewà O rei que ama o belo

Sòngó tó rí olá È imensa, é imensa a riqueza que eu vi
Tó e tó rí olá tó Xangô, é imensa a riqueza que eu vi
Sòngó tó rí olá
Tó e tó rí olá to

Ofó de Xangô:

Arirá
Bambi
Olu Oió
Atobajayê o

Tradução

O rápido relâmpado
O renascido
Senhor de Oió
Aquele que é suficiente para sustentar o universo.


Ò dábò!

JOGO DE BÚZIOS;
LIGUE AGORA E AGENDE UMA CONSULTA!!
sigilo absoluto!!
Babalorixa Ricardo de Laalu.
F:055-11-96787.9019 - Whattsapp
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Skype: Ricardo de Laalu




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