domingo, 8 de julho de 2012

AIRA/ÁIYRÁ


Áiyrà ou Airá



Normalmente confundido com Sango, no Brasil, na verdade é uma divindade à parte, que não pertence à família de Sango. Airá é uma divindade da região de Savé muito embora não existam registros de iniciação para ele nessas terras, seu culto está restrito ao seu templo em Savé, Nigéria. No Brasil, sacerdotes desinformados e sem discernimento criam inúmeras lendas a seu respeito, até dizem que ele seria irmão gêmeo de Sango, o que é verdadeiramente um absurdo.
Segundo as casas de culto ao orixá, este orixá veste-se de branco e tem profundas ligações com Osalá. Airá não usa coroa, mas um eketé branco. Suas comidas votivas não são temperadas com dendê, nem com sal e sim com banha de ori africana. Comeria quiabos, assim como Sango e Iroko.
Airá era um Orixá no fundamento de Sango, Airá era considerado um de seus servos de confiança e segundo uma de suas lendas, Airá, tentou instaurar um atrito entre Osalá e Sango, graças a isso Airá deve ser tratado de forma diferente de Sango e seu assentamento deve ficar na casa de Osalá. Por essa rivalidade com Sango, não se deve coloca-los juntos jamais na mesma casa nem podendo Airá ser posto em cima do pilão de duas bocas, pois provoca a ira de Sango. Sua cor é o branco e seus ornamentos são prateados.
Airá é um Orixá relacionado a família do raio mas pode ser relacionado ao vento, seu nome pode ser traduzido como redemoinho, redemoinho é o fenômeno que mais se assemelha a um furacão em território Africano. Airá então pode ser louvado como a divindade que rege o encontro dos ventos. Em território africano, não existe registro ou relatos de pessoas regidas ou iniciadas para ele, onde ele é cultuado, o culto predominante é o de Nanã e de Obaluaiê, já que Savé é uma região que fica em território Jeje. Pouco se sabe sobre o nascimento ou surgimento de Airá e por esta razão muitos atribuem sua filiação à Iemanjá e a Oraniã, assim como Sango e Aganjú.
No Brasil, Airá é visto, erroneamente, como uma qualidade de Xangô. Airá seria uma face mais amena e pacífica de Sango. Hoje, com a falta de conhecimento, muitos zeladores preferem iniciar uma pessoas de Airá do que de Sango, na realidade está cada vez mais difícil encontrarmos filhos de Sango, em sua grande maioria, os filhos de Sango estão sendo iniciados em outros Orixás.
Ao contrário de Sango, Airá não é um Orixá rei nem possui o carácter, punitivo como Sango.
Airá zela pela paz e pela justiça de forma incondicional, ao contrário de Osalá que representa a paz, Airá estabelece a paz e possui uma ação mais imediata em suas funções, Airá pode ser qualificado como um sentinela de Osalá, ou melhor, de Osalufã é seria ele quem estabelece sua vontade.
Em relação a Aira, a poucos detalhes na África. Em Kéto, ele é conhecido sob a designação de Agbonan ou Aira Igbonan. Dizem que é originário de Sabé (Savé*) e que é o irmão mais velho de Sango.
Diz também que seu tempo principal ficava em Dassa-Zoumé em Vedji perto ao de Sanponná. Diz que que havia duas informações contraditórias - Uma dizia que ele originário da região de Oyo, segundo outros de Abomé, onde era confundido com Sobô.
Airá ( filho forte o Senhor do Redemoinho)é um Deus relacionado a família do raio mas também é relacionado ao vento, seu nome pode ser traduzido como Redemoinho, vale lembrar que o redemoinho é o fenômeno que mais se assemelha a um furacão em território Africano. Airá então deve ser louvado como a divindade que rege o encontro dos ventos.
Em território africano, não existem registros ou relatos de pessoas iniciadas para Ele. Seu culto é proveniente da região de Savé que faz parte do território Jejê, nesta região os cultos predominantes são os de Nanã, Obaluaiê, Omolu e Osumarê. Pouco se sabe sobre o nascimento ou surgimento de Airá e por esta razão muitos atribuem sua filiação à Iemanjá e a Oraniã, assim como sango e Aganjú. Por este motivo alguns sacerdotes sem conhecimento chegam a afirmar que Airá seria irmão de Sango, quando não há nada que fundamente esta afirmação.
No Brasil, Airá é visto, erroneamente, como uma qualidade de Xangô. Airá é visto como uma face mais amena e pacífica de Sango. Hoje, com a falta de conhecimento, muitos zeladores preferem iniciar uma pessoas de Airá do que para Sango, na realidade está cada vez mais difícil encontrarmos filhos de Sango. Ao contrário de Sango, Airá não é o Orisá rei nem possui o carácter punitivo e colérico. Esta característica mais amena de Airá, pode ser evidenciada em uma de suas cantigas que diz:
"A chuva de Airá apenas limpa e faz barulho, como um tambor". 
Airá possui uma ligação muito grande com Osalá, na verdade tudo o que for oferecido a Ele não deve conter sal e dendê. Suas comidas votivas não são temperadas com dendê e sim azeite de oliva ou banha de ori. 
Airá zela pela paz e pela justiça de forma incondicional, ao contrário de Osalá que representa a paz, Airá a estabelece e possui uma ação muito mais direta em sua imposição, Airá pode ser qualificado como uma sentinela de Osalá, ou melhor, de Osalufã e seria Ele, Airá, quem estabelece sua vontade.
Folhas:

Agrião do Pará  (awere pẹ́pẹ́) Bilreiro  (ipẹ̀san) Caruru  (ewé tẹ̀tẹ̀) Manjericão Roxo.



Epítetos:
 Intilé - É um título de Airá, Intilé quer dizer Senhor da Terra.
Igbonã - É um título que significa  floresta de fogo, ou simplesmente quente.
Lojô - Título que faz referência à chuva.
Osi - É o eterno companheiro de Ooguian. Um dia, passando Ooguian pelas terras onde vivia Ayrá Osi, despertou no jovem grande entusiasmo por seu porte de guerreiro e vencedor de batalhas. 



Segundo um mito, criado no Brasil, Osalá permaneceu injustamente preso durante sete anos no reino de seu filho, Sango, sem que este soubesse do fato. Grandes calamidades ocorreram em todo o reino devido a essa injustiça e quando Sango finalmente descobriu o que havia acontecido com o próprio pai, resgatou-o da prisão e ordenou que fossem organizadas grandes festas em todo o reino, em sua homenagem. No entanto, Osalá estava muito entristecido. Apesar de toda a atenção que recebeu, a única coisa que desejava era retornar ao seu próprio reino, em Ifé, onde sua esposa Iemanjá o aguardava. Sango não podia acompanhá-lo e pediu que Airá o fizesse em seu lugar, foi assim que Airá tornou-se companheiro de Osalá. Durante o dia, eles caminhavam. À noite, Osalá sentia frio e precisava descansar, assim, Airá passava longas horas contando-lhe histórias do povo de Oió ao redor de uma fogueira.
Observação: No Brasil, devido aos festejos de São João, criou-se uma tradição de se acender uma fogueira em homenajem a Sango e a Airá. Na realidade esse ato não existe na África isso foi absorvido dos festejos de Juninos. A cerimônia que ocorre na África é o Ajerê de Sango, cerimônia em que o iniciado de Sango em Oió carrega um jarro com inúneros orifícios, dentro deste jarro é posto fogo e assim iniciado carrega o fardo ardente sobre sua cabeça. O Oxé de Sango é uma representação do ajerê, as lâminas duplas representam as chamas que se espalham.

Ritual da Fogueira de Ayrá 

O ritual mais conhecido por toda comunidade dos Candomblé do Brasil. em homenagem a este Orisá e sua fogueira, a qual queima durante toda festividade, e para quando o grande rei se fizer presente ali se forma um tapete vermelho com brasas vivas, diz nos cultos a este Orisá quem ainda não viu Sango caminhar sobre brasas vivas não conhece a força deste Orisá.
Este bem como o ritual do
Ajere, nome dado ao pote que este Orisá carrega na cabeça com azeite de dende em chamas, está tambem seguida de um ritual chamado de Akará, quando este Orisá em companhia de Oiyá, engole pequenas tochas de fogo. 
O momento principal é a "Roda de Sango" - que por falar nisso é a único Orisá que se faz roda dentro do culto ... Mais sem querer ofender niguem, Já existe roda de todos os Orisás. 
Neste ritual são homenagiado todos os Orisás de sua corte, ou seja toda a corte de Oiyó, para a grande consagração do grande Rei Sango: Baayani, Iyá Masé, Dada, Ajaka, Ayrá Ntylé. 
As ofertas preferidas de Sango vêm nas cantigas a este Orisá: o Cagado (Ajapá) e o Carneiro (agbo Akutan). O Ecoar do Sere faz com que nós lembramos de uma grande tempestade, e todos são muito gratos, pois ali esta seu rei junto de seus súditos. 
O grito de guerra do grande rei de Oyó vem como um trovão na tempestade de séré e comunica a todos da comunidade que só este rei é poderoso, é quem faz a sua própria coroa, um rei que tem coroa. 
para este Orisá o azeite de dende é como água, e e justamente o "Epo-pupa, que apazigua Sango, então este elemento nunca pode faltar em todas as oferendas ao rei Sango. E tudo relativo a este Orisá deve ser oferecido quente, ele não aceita nada frio, (por isso Sango não fica onde tem pessoas mortas, por estarem totalmentes frias, e, erroniamente muitas pessoas dizem que ele tem medo da morte). 
Bem como o sangue em seu Igbá deve ser direto ou seja quente, pois trata-se de vida. A única coisa em sua vida que Sango aceite que tem sangue frio é o "Ajapá", animal este de sangue frio, mais aceita este animal pelo seu poder de longevidade. 
Este Orisá ainda bem peculiar so aceite o Orogbó e nunca Obi, e em todas as oferendas a este orisá deve conter seu fruto predileto "Orogbó". Seu feitixe principal é o machado duplo (Osé) que alem de uma de sua armas de guerra, é é o único instrumento que simboliza a verdade a justiça, pois suas duplas laminas cortam para os dois lados, não fazendo destinção. 
Em seu Labá Sango guarda as pedras poderosas de raio, e seus poderosos chocalhos de cobre ou ainda em sua cabaça de cabo bem alongado, e com grande quantidade "Edu-Ara e Seré". Em Africa costumam dizer os antigos que Sango se iniciado se Edu-Ara não tem Sango por perto.E perto do assentamento de Sango nunca podera faltar a presença de "Iyá-Mase", Oiyá, Osún e Obá, seu Igbá é feito dentro de gamela. Onumero 12 esta relacionado a Sango, pois 12 são seus ministros, e tambem 12 são seus caminhos. 
alguns caminhos de Sango esta relacionado a Osáálá como: Ayrá Igboná, Ayra e Ayrá Ntyle, pois são eles conciderados os mais velhos, relacionamento direto com o poder da criação, ou seja Osáálá, é por este único motivo e principal ultilizam-se da cor branca e usa sigi azul que substitui o da cor vermelha em sua contas. 
Diz a cultura Yorubá que quem tem este Orisá a seu lado nada teme, pois ele é o rei que tira da boca e coloca na boca dos seus. 



Arquétipo - Os filhos de Airá, são autoritários, voluntariosos, enérgicos, calmos, teimosos, orgulhosos e guerreiros. Pessoas elegantes e corteses, risonhos, possuem um misto de severidade e benevolência, possuem um senso elevado de justiça, possuem consciência de sua importância, são dotados de bom coração, não sabem guardar segredos, faladores, fofoqueiros, apegados a família, sinceros, altivos e sensíveis. Não são vaidosos.
Oriki:
Òlò áwá la wulú

Olodó òlò odó

Oyá walé ni ilè Irá

Sangò walé ni Kosó.


Senhor do som do trovão

Senhor do pilão

Oiá desaparece na terra de Irá

Xangô desaparece na terra de Cossô


Ò dábò!

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Babalorixa Ricardo de Laalu.
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