"O trono ou a cadeira do Sacerdote (que se confunde com a cadeira de seu Orixá), é símbolo máximo de poder no Candomblé.
Mais que isso, símbolo sagrado, diante do qual os filhos se
prostram, em cumprimento e respeito. Um Pai ou Mãe-de-santo, quando é
confirmado no cargo, é sentado na cadeira, como os reis e rainhas.
(Iniciado senios) que têm cargo no terreiro.
A confirmação de qualquer um desses cargos se faz numa
cerimônia pública em que o novo Oloiê é sentado em sua cadeira, sob aplausos
dos presentes. Assim, sentam-se os Ogãs, as Ekedis e outras autoridades.
A cadeira de cada um, é individual em tudo, de modo que nos
terreiros pode coexistir uma profusão de cadeiras de todas as formas, materiais
e acabamentos. Como o espaço do Barracão é essencial para as danças, muitos
terreiros preferem recolher as cadeiras de cargo e manter apenas algumas delas,
para que os Egbomis possam se sentar.
Mas seu uso é mais generalizado, podendo ser observado como
prática que vai desde os povos mais antigos até, instituições do mundo
ocidental moderno.
Na sucessão, é importante o critério de senioridade dos candidatos, seu grau iniciático, seu nível de conhecimento sacerdotal. Mas isso não é suficiente.
O resultado da escolha depende da tradição sucessória da casa, do jogo político das facções, de pessoas e grupos que pleiteiam o trono da Yalorixá/Babalorixa, da situação jurídica do terreiro, da sucessão civil sobre o espólio material, isto é, a propriedade imobiliária do terreiro, da posição assumida por possíveis herdeiros legais, que podem fazer parte ou não do grupo de culto etc.
Tem sido assim desde que o Candomblé é Candomblé. Em alguns terreiros, a sucessão se faz preferencialmente em linha familiar de sangue. Em outros, a nova Mãe ou novo Pai-de-santo é escolhido entre membros da alta hierarquia da casa, independente de laços de sangue.
Escolhido o sucessor ou sucessora que guiará os destinos do terreiro, deve-se providenciar imediatamente, uma cadeira nova em que se sentará o novo titular do posto mais alto da casa.
A cadeira do falecido será guardada em ambiente sagrado para reverências eventuais, ou recolhida ao museu da casa, onde poderá ser apreciada pelos curiosos e interessados, como ocorre no Axé Opô Afonjá de Salvador e em outras casas tradicionais. Rei morto, rei posto. Uma nova cadeira será o centro do novo poder."
sigilo absoluto!!
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