segunda-feira, 1 de julho de 2024

Candomblé: Um ato de Resistência

 O Candomblé, uma religião afro-brasileira profundamente enraizada na resistência e na resiliência dos povos africanos trazidos para o Brasil como escravizados, é um testemunho vivo da luta pela preservação da identidade cultural e espiritual. Este e-book pretende ser uma janela para a alma desta religião fascinante, guiando-o através da rica tapeçaria de sua história, desde as suas origens na África até os dias atuais no Brasil.

A jornada começa na África, onde exploraremos as raízes ancestrais do Candomblé e a diversidade de tradições e crenças que contribuíram para a sua formação. A partir daí, navegaremos pelos mares turbulentos da história, acompanhando os africanos que foram arrancados de suas terras natais e trazidos para o Brasil.

No Brasil, apesar da opressão e da tentativa de erradicação de suas práticas religiosas, esses africanos encontraram maneiras de manter viva sua fé. Eles criaram o Candomblé, uma fusão de suas várias tradições e crenças, como uma forma de resistência cultural e espiritual.

Hoje, o Candomblé é uma parte vibrante e vital da tapeçaria cultural brasileira, uma religião que continua a crescer e a evoluir, ao mesmo tempo em que mantém suas raízes firmemente plantadas na herança africana.

Origens Africanas

 


O Candomblé, uma religião profundamente enraizada nas tradições dos povos Yorubá, Fon e Bantu da África Ocidental, é um testemunho vibrante da rica tapeçaria cultural da África. Cada um desses grupos contribuiu com elementos únicos para a formação do Candomblé, criando uma síntese de opiniõespráticas que perduram até hoje.

O povo Yoruba é um dos três maiores grupos étnicos da Nigéria. Eles estão localizados na parte sudoeste da Nigéria e em grupos menores dispersos no Benin, Gana, Costa do Marfim e norte do Togo. São uma das tribos mais proeminentes da África Ocidental, com mais de 30 milhões de pessoas e muito mais na diáspora.

Assim como a maioria das culturas do planeta, a cultura Yoruba inclui um mundo de mitos, alegorias, poesia e o amor e a sabedoria do sistema de adivinhação Ifa. Eles ajudam a lembrar ao povo iorubá seu passado e costumes que sobreviveram ao longo da história pela tradição oral e ajudaram a moldar sua filosofia, literatura e religião como a vemos hoje.

A mitologia iorubá envolve a presença do ser supremo e de outros "deuses" ou "espíritos" menores, conhecidos como orixás (que são masculinos e femininos). O número exato de orixás não é conhecido, mas diz-se que é cerca de 400. Algumas fontes afirmam que são 700, 1440 ou mesmo incontáveis. De qualquer forma, os Orixás são espíritos enviados pelo deus supremo para ajudar a humanidade a ter sucesso na terra e ensinar-lhes tudo o que precisam saber espiritualmente.

Diz-se que a maioria dos orixás vem do reino espiritual para encarnar como humanos na terra. Eles viveram como humanos normais, mas tiveram grande sabedoria e poder durante sua existência. Por outro lado, alguns praticantes acreditam que os Orixás eram humanos comuns que foram divinizados após morrerem devido à maneira como conduziam suas vidas e a de outras pessoas, física e espiritualmente.

“Para entender melhor o que ou quem é um orixá, o estudioso da religião iorubá, JO Awolalu divide o orixá em três categorias; divindades primordiais, ancestrais deificados e forças e fenômenos naturais personificados. Em alguns casos, essas categorias podem se sobrepor.”

 

 

 


 O Ser Supremo

O ser supremo na religião iorubá é onipotente, transcendente, único, onisciente do bem e do mal. É a fonte definitiva de todas as coisas no universo.

Ele não está diretamente envolvido em assuntos terrenos, mas permite que o Orixá responda às preocupações humanas através de adivinhação, possessão e sacrifício. É por isso que os Yorubá o adoram através do orisa, e não há santuários ou sacrifícios feitos diretamente em seu nome. Porém, os Yorubás o invocam quando os orixás parecem relutantes ou incapazes de ajudar.

O ser supremo possui três manifestações que carregam nomes diferentes. Eles são Olodumare, Olorun e Olofi.

Olodumaré/Eledumaré

Esta é uma das manifestações do ser supremo. E o nome é derivado da frase iorubá “O ní odù mà rè”, que significa “o dono da fonte da criação que não se esvazia” ou “o Todo-Suficiente”.

Isso mostra fé em sua capacidade como criador de tudo no universo e sustentador de todas as coisas. Olodumare também simboliza uma entidade divina sem pai ou mãe, e que simultaneamente está e não está limitada pelo espaço, tempo e dimensão.

Olorun

Este nome é derivado da frase iorubá "Oni Orun", que vem das palavras oní (que significa dono ou governante) e ọ̀run (que significa os céus ou lar dos espíritos). Então, significa “O dono ou governante dos céus”.

Olófi

Este é o nome de uma das três manifestações do ser Supremo. Olofi é o governante da terra e é conhecido como o canal entre Orún (Céu) e Ayé (Terra).

Olodumare (Olorun/Olofin) origina a virtude e a mortalidade e concede o conhecimento das coisas a todas as pessoas nascidas. Os iorubás acreditam que Olodumare criou todas as outras forças do universo para ajudar a continuar a evolução do universo.

 Ireoo!!



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Babalorixa Ricardo de Laalu.
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